Os militares portugueses em missões um pouco por todo o mundo deparam-se com acontecimentos, pessoas, locais, que naturalmente fogem ao comum dos seus concidadãos. A maioria guarda-os na memória, alguns partilham fragmentos nas redes sociais, o nosso colaborador Paulo Gonçalves, tenente-coronel da Força Aérea Portuguesa que serviu na missão das Nações Unidas no Afeganistão, decidiu partilhar aqui uma dessas curiosidades que poucos conhecem.

Porque estamos no Afeganistão? Neste artigo o Coronel Pára-quedista Frederico Assoreira Almendra, recém chegado de Cabul, responde a esta e a outras questões pertinentes sobre a participação portuguesa nesta missão e os resultados que a Aliança Atlântica, Portugal incluido, ali vão alcançando.

Foi agora oficialmente publicada a organização do Contingente Nacional no Afeganistão para fazer face às novas obrigações que Portugal acordou com a NATO, as quais já estão em parte reflectidas na força que partiu para o Afeganistão este Abril de 2012, o 4.º Contingente Nacional.

Portugueses e espanhóis têm uma longa história de cooperação militar, mas nas operações reais, no exterior, tal não acontece. Ninguém o admite mas na realidade sempre que se fala da constituição de uma nova força multinacional para actuar num qualquer ponto do planeta, espanhóis e portugueses acabam sempre por ficar sob comandos diferentes…por “acaso”. Mas “no terreno” as coisas acontecem e aqui fica mais um caso, no Afeganistão em 2007.

A entrega do Estandarte Nacional a uma força expedicionária é sempre um momento marcante. Anuncia que a partida está próxima e que uma nova fase na vida dos militares envolvidos e das suas famílias, está a começar. Na maioria dos casos com reflexos positivos, mas infelizmente, e isso faz parte da condição militar tendo que ser aceite com a naturalidade possível, também acontece o seu contrário e por vezes de forma dramática.

Desde 2004 que o número de portugueses em Cabul não era tão reduzido. Reforços vão a caminho? Neste inicio de 2009 o contributo português para a missão da NATO no Afeganistão é de uma OMLT (Operational Mentoring and Liasion Team) de Guarnição e pessoal em funções de estado-maior, num total de pouco mais de 30 […]

Sarajevo em 1996 marcou uma viragem completa no empenhamento nacional nas missões exteriores e abriu um caminho que tardava em ser percorrido. Serviu de padrão para as missões seguintes em vários outros locais mas Cabul em 2005 veio mostrar que a actualização dos meios e procedimentos não se compadece com rotinas.