O programa “Linha da Frente” da Radio Televisão Portuguesa, emitiu Sábado, 11 de Julho de 2015, uma excelente reportagem, “RENASCIDO EM COMBATE”, que tem como protagonista principal o Cabo-Adjunto Comando Horácio Mourão, gravemente ferido no Afeganistão em 2005 e a sua recuperação física e psicológica. Este trabalho levanta no entanto outras questões, algumas expressamente outras subentendidas, que merecem ser referidas.

O 8.º Contingente Nacional no Afeganistão – designação da última Força Nacional Destacada que Portugal ali empenhou – publicou um interessante livro, retrospectiva de toda a participação militar portuguesa na International Security Assistance Force desde 2002, uma obra que resume bem o que foi esta longa missão para 3.200 militares portugueses.

No fim da missão da International Security Assistance Force – ISAF – esta força elaborou pequenos resumos vídeo daquilo a que chamou, “O Impacto das Nações da NATO no Afeganistão”. Aqui fica o dedicado pela ISAF a Portugal, naturalmente centrado na actualidade mas com alusão e imagens de toda a nossa participação nas operações no Afeganistão.

Por ocasião da cerimónia que assinalou o final da participação portuguesa na missão da NATO no Afeganistão, abriu ao público uma exposição subordinada ao título “Testemunhos de um Tempo, Forças Armadas Portuguesas no Afeganistão – International Security Assistance Force”. O Operacional foi ver.

THE UNSEEN ENEMY, Improvised Explosive Devices and their impact: First-hand accounts from Afghanistan, foi o tema de uma interessante exposição que esteve patente no National Army Museum, em Londres. O assunto tem características dramáticas, bem o sabem muitos militares portugueses que foram vítimas deste tipo de artefactos sobretudo na guerra do antigo Ultramar mas também nas missões de apoio à paz, e esta abordagem ao tema, especialmente na parte respeitante ao impacto nas pessoas, é no mínimo, inovadora.

É quase uma rotina mas escapam a muita gente: as revistas editadas pelas Forças Nacionais Destacadas. E isto porque a divulgação deste tipo de publicação, da qual hoje disponibilizamos uma na íntegra, costuma limitar-se aos militares que integraram a força em causa e alguma, pouca, distribuição interna nas Forças Armadas.

Regressam hoje a Portugal militares que estiveram a cumprir uma missão de 6 meses no Afeganistão. Certamente terão à chegada muitos familiares, chefes militares e, talvez, representantes do poder político. Receberão abraços emocionados e os tradicionais agradecimentos. Com sorte algum canal de televisão fará um apontamento de reportagem e no dia seguinte uma ou outra foto será publicada num jornal diário.

O “Operacional” esteve de visita ao exercício “Kabul 122” da Brigada de Reacção Rápida, bem perto do final da fase de preparação do 5.º Contingente Nacional para a ISAF – International Security Assistance Force – a força da NATO que actua no Afeganistão.

Porque estamos no Afeganistão? Neste artigo o Coronel Pára-quedista Frederico Assoreira Almendra, recém chegado de Cabul, responde a esta e a outras questões pertinentes sobre a participação portuguesa nesta missão e os resultados que a Aliança Atlântica, Portugal incluido, ali vão alcançando.

Foi agora oficialmente publicada a organização do Contingente Nacional no Afeganistão para fazer face às novas obrigações que Portugal acordou com a NATO, as quais já estão em parte reflectidas na força que partiu para o Afeganistão este Abril de 2012, o 4.º Contingente Nacional.