Não devemos ser os únicos a ter saudades dos “Asas de Portugal”, a patrulha acrobática da Força Aérea Portuguesa. Assim sendo resolvemos trazer aqui uma modesta reportagem fotográfica dos tempos em que uma nova fase se iniciava na vida deste símbolo da Força Aérea, das Forças Armadas e de Portugal. Apesar de todas as limitações dos tempos presentes, fazemos votos para que tão cedo quanto possível, novos “Asas” voltem a rasgar dos céus!

Este esquema de cores foi criado a partir de 2004 e apresentado oficialmente em 26 de Maio de 2006.

«Mais do que uma marca, os “Asas de Portugal” são uma “national equity”, representado um dos mais altos valores portugueses e constituindo uma referência admirada e respeitada no mundo inteiro… …fazer dos Asas uma referência máxima de ambição e comunicação da Força Aérea e desenvolver as bases para a criação de um património de marca capaz de atrair os melhores valores individuais para a instituição, foram os objectivos principais que a Brandia se propôs atingir neste projecto.» (*)

Em síntese, assim se imaginou esta nova fase dos Asas de Portugal a partir de 2003 e 2004, a qual como se percebe contou com a colaboração de uma firma privada a “Brandia Design” e que foi patrocinado pelo banco Millennium. A reportagem que se segue foi exactamente elaborada quando o resultado deste trabalho, iniciado como se viu a partir de 2004, se preparava para chegar ao grande público. Chegou e durou uns anos, infelizmente poucos, a patrulha foi desactivada em 2010, mas neste período, mais um, os “Asas de Portugal” cumpriram a sua missão.

Na realidade ao contrário do que se possa pensar, patrulhas acrobáticas na Força Aérea Portuguesa, houve muitas, em várias épocas e passando cada uma pelas suas vicissitudes, mas foi uma constante ao longo da história da aviação em Portugal. A história das patrulhas acrobáticas militares portuguesas está aliás muito bem documentada não só no livro de J.Munkelt Gonçalves, «ASAS DE PORTUGAL, História da Maior Patrulha Acrobática Militar Portuguesa», de 2003, como em vários trabalhos de investigação publicados na Revista “Mais Alto”.

As aeronaves Os Dassault/Dornier Alpha-Jet da Força Aérea Portuguesa – nesta reportagem na Base Aérea n.º 1 – estão hoje na mesma Esquadra 103 “Caracóis”, que continua a usar a designação EICPAC  (Esquadra de Instrução Complementar de Pilotagem em Aviões de Combate), mas na Base Aérea n.º 11, em Beja. A história desta esquadra de voo remonta a 1953, dia 28 de Fevereiro, data em que se formou na Base Aérea n.º 2 na Ota, a Esquadra 20, primeira Esquadra de Combate em Aviões a Reacção, que dispunha dos F-84G “Thunder Jet” e dos T-33A “Shooting Star” estes naturalmente destinados à instrução. A história continua, mas foi assim nesta semana de Fevereiro, passam agora 62 anos, que a 103 nasceu!

O presente artigo naturalmente não pretende fazer esta já longa história, apenas e só lembrar os ASAS DE PORTUGAL, estes que vimos e tivemos oportunidade de fotografar em Sintra a 25 de Maio de 2006, no treino que antecedeu a sua apresentação oficial no dia seguinte. Sinceramente desejamos que, mais cedo do que tarde, se volte a verificar a observação do comandante J.Munkelt Gonçalves, «sempre que haja dois aviadores no espaço, a acrobacia em formação é qualquer coisa que consegue espicaçar o brio do piloto mais frio: o desafio que se lhe apresenta de a todo o custo manter a sua posição manter a sua posição na asa do outro piloto».

(*) «Asas de Portugal, reafirmar um património», de Major PILAV Rui Romão e Major PILAV Rui Mendes, in “Mais Alto” n.º 361 (MAI/JUN 2006).

Leia no Operacional mais sobre o Alpha-Jet.

Lei no WalkArounds mais sobre as Patrulhas Acrobáticas.

Veja vídeo SIC elaborado no mesmo dia em que fizemos esta reportagem, aqui.

Veja vídeo SIC sobre os Asas de Portugal em 2008, aqui.