O BALÃO PUBLICITÁRIO DAS TROPAS PÁRA-QUEDISTAS
Por Miguel Machado • 29 Jan , 2017 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE PrintA divulgação pública para obter voluntários esteve na origem da aquisição do primeiro balão de ar quente pelo Corpo de Tropas Pára-quedistas em 1993. Vinte e quatro anos depois este objectivo mantém um balão a voar! Significativo ainda o contributo da instituição e de um punhado de boinas verdes, para o desenvolvimento do balonismo em Portugal. Também aqui os pára-quedistas portugueses foram pioneiros e ajudam a manter a ligação das Forças Armadas à sociedade civil.
Como nota prévia, assinala-se que o presente texto pretende sobretudo deixar testemunho de episódios ligados ao inicio desta actividade nas Tropas Pára-quedistas, contados por quem os viveu e ilustrados pelas fotografias de Alfredo Serrano Rosa, que tem acompanhado esta actividade nos pára-quedistas desde o seu inicio. É um contributo para a história do balonismo em Portugal e não a sua história, essa merece certamente um livro e não um artigo!
A motivação: divulgação das Tropas Pára-quedistas
No inicio dos anos de 1990, o então comandante do Corpo de Tropas Pára-quedistas da Força Aérea Portuguesa, Brigadeiro José Ferreira Pinto, andava preocupado com a questão do recrutamento. Esta força que sempre viveu exclusivamente de voluntários, mesmo no tempo da Guerra do Ultramar, mantinha muita atenção para as questões ligadas à divulgação das suas actividades e tentava chegar aos jovens de diferentes modos. Uma das vertentes desta acção de informação permanente, consistia na realização de demonstrações de pára-quedismo em todo o país. Na realidade saltos de demonstração em queda-livre eram realizados praticamente todos os fins-de-semana, usando ou um helicóptero Alouette III ou um C-212 Aviocar da Força Aérea, regra geral partindo de Tancos ou de S. Jacinto, para as mais remotas localidades de Portugal, muitas vezes aproveitando festividades locais que não raramente atraíam milhares de visitantes. Nas principais cidades também se realizavam saltos de demonstração em eventos de grande visibilidade.
As equipas de pára-quedismo das unidades – BETP; BOTP 1; BOTP2 – sendo a mais conhecida e profissional, os “Falcões Negros” (que também merecem um livro!), corriam o país a saltar, aproveitando-se muitas destas sessões de saltos para, em simultâneo, realizar outras acções de divulgação das Tropas Pára-quedistas.
Recorda o hoje major-general na reforma, José Ferreira Pinto: “A Força Aérea começou a cortar-nos as horas de voo para estas actividades, isto no inicio dos anos 90, parece-me que passou apenas a atribuir meios aéreos 2 vezes por mês para este efeito, o que reduzia bastante as demonstrações. Andava a magicar como poderíamos manter uma presença regular em zonas alvo para o recrutamento, uma visibilidade dos pára-quedistas junto dos potenciais voluntários, sobretudo no interior do país“.
Por esta altura, Ferreira Pinto no decurso de uma viagem à Suíça em conjunto com o Coronel Pára-quedista Terras Marques, aconteceu algo inesperado que acabou com as indecisões! “O Terras Marques bateu-me à porta do quarto e chamou-me para ver um verdadeiro espectáculo, balões de ar quente a voar, mesmo ao cair do dia, com o cenário dos Alpes, uma imagem que ainda hoje lembro como maravilhosa! Recordo que na altura pensei, ‘balão, é isso mesmo, se os primeiros saltos em pára-quedas em Portugal aconteceram a partir de um balão, porque não utilizar um balão’, agora não para saltar, mas para chamar a atenção para a causa do ar e do pára-quedismo“? Em conversa com o coronel Terras Marques, nasceu assim a ideia que no regresso a Portugal ia ganhar forma.
Não havendo à data as “ferramentas de informação” que hoje temos, não foi tarefa fácil descobrir como se obtinha um balão! Continua Ferreira Pinto, “Bem procurávamos mas nada, até que um dia, já não sei quem, disse-nos que havia no Alentejo um inglês que tinha um balão“. Estava encontrada a pista que haveria de conduzir ao primeiro balão de ar quente das tropas pára-quedistas.
E foi assim, através desse cidadão britânico, que tinha contactos com um fabricante no Reino Unido, que se deu o “nascimento” do que viria a ser o 1.º Balão do Corpo de Tropas Pára-quedistas.
“Na altura o brigadeiro Ferreira Pinto encarregou-me de ir falar com David Chipping, inglês que residia – e reside! – em Évora e tinha um balão de ar quente”, recorda o então Major Casaca Ferreira, à data chefe de gabinete do comandante do CTP e hoje Tenente-Coronel na Reforma. “E além disso transmitiu-me o que pensava para o emprego do balão e elaborei um estudo que lhe foi submetido e transformado numa directiva que acabou por dar origem a esta actividade”. Casaca Ferreira, muito ligado às actividades aeroterrestres militares e também ao pára-quedismo desportivo, dentro e fora da instituição militar, além dos contactos com David Chipping, iniciou internamente o “recrutamento” daqueles que viriam a ser os primeiros pilotos do balão de ar quente das tropas pára-quedistas e os primeiros portugueses a obter uma licença válida em Portugal, os primeiros-sargentos Aníbal Soares e João Rodrigues.
Os balões militares e a ausência de legislação civil
A história do balonismo em Portugal tem antecedentes longínquos, e mesmo não falando da “Passarola” de Bartolomeu de Gusmão, saltando para o século XIX, temos uma referência em Tancos no ano de 1888, com um balão de hidrogénio adquirido em França pelo Exército, mas que fracassou. Em 1907 com novo material realizaram-se então várias ascensões com balão cativo (também com este gás). Foi mesmo criada na Escola de Engenharia uma Escola de Aerostação Militar. Esta especialização manteve-se com muitas alterações e peripécias ao longo dos anos, sucessivas reorganizações, até que em 1937 foi extinto o Batalhão de Aerosteiros e a Escola Militar de Aeroestação, que por esta altura funcionava em Alverca, depois de ter passado por Tancos e Vila Nova da Rainha. Nos anos da 2.ª Guerra Mundial ainda foi criado um Batalhão de Balões de Barragem, para defesa de Lisboa, mas extinto findo o conflito. Tudo balões cativos e cheios com gás, muito diferentes dos balões de ar-quente.
De assinalar a 6 de Outubro de 1922, em Alverca, teve lugar o primeiro salto em pára-quedas efectuado por portugueses em Portugal. Realizado a partir de um balão cheio de hidrogénio, cativo, pelos observadores aeronáuticos da Arma de Engenharia, Capitão Mário Costa França e Tenente José Machado de Barros, respectivamente, comandante e 2.º comandante da Companhia de Aerosteiros.
Informações sobre a existência de um balão de ar quente, civil, que a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho teria em Portugal, algures nos anos 60, foram-nos impossíveis de confirmar.
Em 1981, Isabel Bandeira de Melo (Rilvas), a primeira pára-quedista portuguesa (brevet civil em 1956/França), obteve uma licença de voo em balão de ar quente. Diz-nos Isabel Rilvas, pioneira do pára-quedismo feminino em Portugal (e na Península Ibérica) que também esteve na génese do corpo de Enfermeiras Pára-quedistas: “estava nos EUA, o meu marido era diplomata, e tirei o brevet de piloto de balão de ar-quente, no Twin Pine Airport em New Jersey, a 10 de Março de 1981. De regresso a Portugal tentei junto da Direcção-Geral da Aeronáutica Civil obter uma equivalência, uma licença portuguesa, mas foi impossível, não tínhamos legislação para balões de ar-quente. Em Portugal aliás não havia um único destes balões“.
Por incrível que possa parecer a questão da legislação continua com grandes lacunas. Sendo certo que os registos do material / matrículas e as reservas de espaço aéreo por exemplo, funcionam com a Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN), também é verdade que não há uma licença portuguesa para pilotos de balão de ar-quente. Os pilotos nacionais têm licenças que são passadas ou por portugueses credenciados como examinadores – apenas dois, significativamente os pioneiros desta actividade nos pára-quedistas – ou por estrangeiros nas mesmas circunstâncias, mas sempre sob a tutela de autoridades aeronáuticas estrangeiras, regra geral a do Reino Unido ou França que têm jurisdição para toda a Europa. A de Espanha pode passar títulos válidos para este país e Portugal. Também a certificação dos balões tem que ser feita nos respectivos fabricantes ou pelos fabricantes deslocando-se a Portugal, sendo depois validada pela AAN.
O primeiro balão
Prossegue o major-general José Ferreira Pinto: “David Chipping veio a nosso convite a Tancos à Base Escola de Tropas Pára-quedistas com o seu balão e aí fiz o meu primeiro voo. Descolamos da BETP voamos até à Golegã e Arrepiado e de facto fiquei rendido a esta actividade, tinha realmente potencial, sem dúvida. Houve logo um problema ‘legal’ com a Força Aérea por causa do espaço aéreo da Base Aérea 3, parece que Chipping não pediu a ninguém autorização para realizar o voo, e isso deu origem a um problema ‘de tráfego aéreo’ que lá acabou sanado, mas ainda deu muito que falar”.
“Da conversa com Chipping ficamos a saber que ele conhecia o fabricante no Reino Unido, e iniciaram-se os contactos com vista à aquisição de um balão, tudo centralizado no gabinete do comandante do CTP, como aliás depois a sua actividade de divulgação também era coordenada por nós, mesmo que os pilotos e o material (balão, viatura, etc) estivessem em Tancos, primeiro na BETP e depois, já no Exército, no Comando das Tropas Aerotransportadas, na antiga BA 3”, lembra Casaca Ferreira.
“Recordo que as cores escolhidas foram o verde, vermelho e amarelo, – as cores nacionais – e que este inglês esteve ligado à formação dos nossos primeiros pilotos. Antes do nosso balão chegar, Chipping, foi com o dele ao Algarve, a Vilamoura, apresentar esta actividade no decurso do 15.º Campeonato Nacional de Pára-quedismo que o Pára-Clube Nacional ‘Os Boinas Verdes’ ali realizou em Junho de 1992”, diz-nos Ferreira Pinto que também esclarece, “Nunca tivemos intenção de utilizar o balão para saltar, apenas para fazer publicidade aos pára-quedistas através da sua ligação às actividades aéreas e levava o nosso brevet que também o identificava, assim como os pilotos, que actuavam sempre fardados e, além do diploma que passavam a quem realizava um voo, distribuíam publicidade dos pára-quedistas”.
Em Maio de 1993 o balão publicitário do Corpo de Tropas Pára-quedistas já se exibiu no decurso do II Campeonato Internacional de Pára-quedismo em Vilamoura e teve honras de capa no Boina Verde n.º 166 (Jul/Set 1993). No decurso do exercício “Júpiter 93”, no distrito de Castelo Branco, em Novembro desse ano, o Balão integrou pela primeira vez as actividades complementares – divulgação das tropas pára-quedistas e relações públicas – e fez voos em várias localidades da região. A sua capacidade de atrair público foi uma evidência, cumpria a missão para que tinha sido pensado!
Mais tarde um incidente danificou o 1.º balão, foi reparado, mas voltou a ter problemas e acabou inoperacional por ter atingido a saturação do material devido ao uso. Já no Exército foi adquirido um novo balão e, mais tarde, um terceiro, o actual (ver características no final do artigo), que também está próximo do “prazo de validade”.
Pilotos
A escolha dos pilotos recaiu em dois sargentos pára-quedistas do quadro permanente, Aníbal Soares e João Rodrigues, ambos instrutores de pára-quedismo, Soares com uma sólida carreira aeroterrestre (SOGA, Precursor, Instrutor Comando), Rodrigues mais ligado a áreas técnicas como explosivos, minas e armadilhas.
O estágio/curso decorreu em Évora com David Chipping, que ministrou formação mas não estava habilitado a fazer o exame final. Assim, veio de Inglaterra um examinador credenciado pela Civil Aviation Authority, o qual fez o exame aos pilotos portugueses que obtiveram licença válida para na Europa, não havendo à data, em Portugal, (como não há hoje!) essa certificação nacional.
De assinalar que a actividade como pilotos do balão era – como hoje! – em acumulação de funções, ou seja, além da sua actividade militar normal num determinado sector da unidade, os dois primeiros-sargentos faziam “balonismo” como um “extra”!
Estes dois pilotos de balão formaram-se mais tarde como instrutores e mesmo depois de deixarem o serviço activo – João Rodrigues em 2001 e Aníbal Soares em 2007 – continuaram a apoiar a formação das gerações seguintes de pilotos, agora já no Exército, Ramo que manteve o seu apoio a esta actividade e a usa em muitas ocasiões.
Como se pode ver no quadro acima, 11 militares pára-quedistas receberam formação como pilotos de balão, os dois últimos em 2014 e 2015, os Primeiros-Sargentos Luís Vinagre e Marco Teopisto (neste momento em missão no Mali), a quem cabe hoje a operação do Balão Publicitário das Tropas Pára-quedistas e do Exército Português.
O impacto no balonismo civil em Portugal
Quando se começa a investigar este percurso do balonismo como vector de divulgação militar, salta à vista o tremendo impacto que os militares pára-quedistas acabaram por ter no desenvolvimento desta actividade no meio civil. Na realidade esta foi uma actividade que cativou muitos dos militares que a ela estiveram ligados, desde logo os dois primeiros pilotos, Aníbal Soares e João Rodrigues. Tendo constituído uma firma para explorar as vertentes turísticas e desportivas desta actividade aérea, e bem assim como a formação, foram também aqui pioneiros e a eles se deve em grande medida a realização dos Festivais Internacionais de Balões de Ar Quente em Portugal, que este ano de 2016, em Alter do Chão teve a sua 20.ª edição. Notável!
Outro aspecto que nos parece não ser de menor importância para esta evolução, o facto de algumas autarquias, em diversos momentos, terem apoiado esta actividade. Inicialmente Vila Nova da Barquinha, junto a Tancos, dadas as suas ligações às Tropas Pára-quedistas até chegou a adquirir um balão – com fundos europeus para apoio às actividades turísticas e que era pilotado pelos militares pára-quedistas –, e depois, com maior consistência e abrangência, autarquias como Fronteira e Alter do Chão, áreas por excelência para a operação deste meios aéreos. Geridas por antigos militares pára-quedistas, agora autarcas, viram no balonismo (como em outras actividades de carácter desportivo) um forte potencial na atracção de turistas à região.
Julgamos não ser exagero afirmar que, quer através de antigos militares nas empresas ligadas ao balonismo e nas autarquias quer com o seu próprio balão, as tropas pára-quedistas, além de cumprirem a sua actividade de divulgação, deram e dão um contributo importante no desenvolvimento do balonismo em Portugal e no Alentejo em particular. Um verdadeiro serviço público em prol do desenvolvimento do interior do país.
Sabendo que em 1993 quando o CTP comprou o seu balão havia uma destas aeronaves em Portugal, e que hoje cerca de 60 balões de ar quente estão aqui registados, que em termos empresariais, passou-se do zero para 5 empresas nos dias de hoje que exploram esta actividade em termos turísticos, não há dúvida que se está perante uma evolução que não sendo sempre rápida tem sido consistente. Acresce que já no ano transacto – e certamente este não vai ser diferente – se notou um grande acréscimo da vertente turística desta actividade, ao que não será estranho o desvio de fluxos turísticos de países onde o balonismo tinha forte expressão, como a Turquia e o Norte de África.
Em permanente actividade
O número de missões do balão operado pelo Regimento de Paraquedistas (RParas) depende naturalmente de muitos factores a que não serão estranhas as dotações orçamentais. Em 2002 por exemplo realizaram-se sensivelmente o dobro das missões deste ano de 2016 que terminou. Ainda assim, para se ter uma ideia da actividade do Balão do RParas, no ano transacto foram cumpridas 32 missões, 15 das quais somando 23 horas de voo livre e 17 missões em voo “estático”, ou seja, ligado por um cabo ao solo.
O RParas tem entre as suas competências legais “Efetuar ações no âmbito da divulgação do serviço militar” e nesse sentido o balão está inserido na sua estrutura orgânica, no estado-maior da unidade, “Equipa de Divulgação das Tropas Paraquedistas”, chefiada pelo sargento piloto, neste momento o Primeiro-Sargento Vinagre. Este militar desempenha primariamente as funções de Auxiliar do Adjunto do Comandante da Companhia de Formação Terrestre (vulgo Sargento de Materiais) e os militares que o auxiliam no transporte e operação do balão (regra geral 4 soldados), são de nomeação ah-hoc.
As verbas necessárias à operação do Balão são garantidas pela Direção de Material e Transportes (combustível), pela Direção de Finanças (inspeções, revisões, manutenção, inscrições em festivais e seguro) e pelo Regimento de Paraquedistas.
Um pouco por todo o continente – e até nos Açores, onde esteve em 2015 – o Balão cumpre a sua missão de divulgar as Tropas Pára-quedistas e o Exército, nos mais diversos locais, de escolas a feiras de gastronomia, de actividades desportivas e religiosas a dias da unidade, passando por eventos ligados ao balonismo. Milhares são os portugueses, nomeadamente os mais novos, que um dia no Balão tiveram o seu baptismo de voo e receberam o respectivo “diploma”. Olharam para os militares fardados, boina verde, mostrando destreza e desembaraço.
A ligação das Forças Armadas com a sociedade civil também do Balão recebe a sua parte, com os pilotos, sempre verdadeiros relações públicas como também são os militares da equipa de pára-quedismo Falcões Negros, a dar o seu contributo para que o voluntariado para as Tropas Pára-quedistas conheça melhores dias.
1.º Balão: matricula CS – BAE, Modelo COLT 90-A, fabricado pela Thander & Colt, Ldª “Balão Livre” (como os seguintes). Certificado de Matrícula passado pela Direcção-Geral da Aviação Civil de 28NOV1995 ao CTAT – Tancos – inscrito no Registo Aeronáutico Nacional. Operou de Novembro de 1993 a Março 1999 (total 239 horas). Proprietário, CTP e CTAT
2.º Balão: matricula CS – BBB, Modelo Ultramagic SA M90. Certificado de Matrícula passado pela Direcção-Geral da Aviação Civil de 22ABR1999 ao CTAT – Tancos – inscrito no Registo Aeronáutico Nacional. Operou de Abril de 1999 a Outubro de 2004. Proprietário – CTAT
3.º Balão: matricula CS – BBK, Modelo Ultramagic SA M90. Certificado de Matrícula passado pelo Instituto Nacional da Aviação Civil de 14FEV2007 à ETP – Tancos – inscrito no Registo Aeronáutico Nacional. Opera desde Novembro de 2004 e tem 440 horas de voo averbadas. Proprietário – Escola Tropas Pára-Quedistas, hoje Regimento de Paraquedistas
O Certificado de Navegabilidade foi passado em Espanha (Direcção Geral de Aeronáutica Civil – Espanha), e homologado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (2007), aeronave pronta para voo.
A Licença de Estação de Aeronave, foi passado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (2007) à Escola de Tropas Paraquedistas e define, entre outras coisas, as faixas de frequências rádio que pode utilizar.
DADOS TÉCNICOS BALÃO MODELO – M-90
VOLUME – 2550 M3 / 77000 Feet; CAPACIDADE – 04 Pessoas; PESO DO EQUIPAMENTO – 244 Kg; PESO MAX DESCOLAGEM – 880 Kg; SISTEMA ALIMENTAÇÃO – Tema 3820; COMBUSTIVEL – Gás Propano Liquido (GPL)
COMPOSIÇÃO DO BALÃO: Cesto / Basket – C10 (130cm x 110cm x 120cm); Queimador / Burner – MK 21 (DoubleBurner); Envelope–Tecido (Diâmetro 17,4 mts x Altura 21,6mts).
O equipamento é insuflado a frio com recurso a um ventilador Honda de 4cv, posteriormente é alimentado por depósitos de gás de acordo com a missão de voo em que todo este equipamento é transportado num atrelado rebocado por uma Viatura Land Rover Defender110.
Fontes consultadas:
História Da Força Aérea Portuguesa. Edgar Pereira da Costa Cardoso (Volume 1 – 1981)
História das Transmissões Militares, Blogue da Comissão da História das Transmissões
Entrevistas:
Major-General (REF) José Agostinho de Melo Ferreira Pinto, Isabel Bandeira de Melo (Rilvas), Nuno Esteves da Silva, Tenente-Coronel (REF) Alexandre José Casaca Ferreira, Sargento-Chefe (REF) Aníbal Soares.
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