MONUMENTO EM DOBOJ: NOVO CICLO NAS RELAÇÕES PORTUGAL – BÓSNIA E HERZEGOVINA
Por Miguel Machado • 18 Out , 2016 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE PrintEstá finalmente garantida a manutenção do monumento a Portugal e aos militares portugueses mortos na Bósnia e Herzegovina. Processo longo e complexo, resultante da adulteração naquele memorial em 2007 e da sua entrega ao município de Doboj sem acautelar o futuro, teve agora solução. Iniciou-se um novo ciclo nas relações entre Portugal e a Bósnia e Herzegovina, pela mão da Liga dos Combatentes que assinou um Protocolo com o município bósnio, abrindo-se ainda possibilidades de cooperação com a autarquia de Vila Nova da Barquinha.
Tancos, 6 de Outubro de 2016
Em 6 de Outubro de 2016, no Regimento de Paraquedistas da Brigada de Reacção Rápida, em Tancos, o Tenente-General Joaquim Chito Rodrigues, Presidente da Liga dos Combatentes e Obren Petrović, Presidente do Município de Doboj / Bósnia e Herzegovina, assinaram um Protocolo destinado a “…reunir esforços para conjuntamente recuperar e manter em boas condições o monumento de homenagem aos Militares Portugueses, bem como a área envolvente…”.
Depois da assinatura do documento, na secretária que foi a dos primeiros comandantes da unidade, teve lugar junto ao espaço mais solene do Museu – onde se homenageiam os militares mortos no antigo Ultramar Português e S. Miguel Padroeiro das Tropas Pára-quedistas Portuguesas – a apresentação de Réplica do Monumento de Doboj. A memória dos mortos na Bósnia abre assim caminho para uma futura área do Museu, a dedicada não só aos mortos pára-quedistas nas diferentes missões expedicionárias depois do fim da guerra em África, mas também dedicada às Missões de Paz e Humanitárias, as quais, iniciadas nos anos 90, já levam portanto tempo e efectivo que justifica esse novo espaço museológico.
Presentes no Museu das Tropas Pára-quedistas, onde decorreu o acto de assinatura do documento oficial, várias entidades militares e civis ligadas a este processo – além naturalmente dos intervenientes directos, aqueles que vão agora garantir a sua execução. Desde que o assunto se tornou público no “meio pára-quedista” em 2010, por iniciativa de Miguel Miranda, antigo pára-quedista, emigrado no Reino Unido que serviu na Bósnia e denunciou o caso nas redes sociais, até agora, desenrolou-se um processo com avanços e retrocessos, derrotas e vitórias, incompreensões e calúnias, mas também demonstrações de amizade, camaradagem entre militares de diferentes ramos das Forças Armadas, armas e serviços do Exército, e espírito de corpo, daquele que não verga perante as dificuldades. Perante factos e a sua correcta análise, entidades oficiais em Portugal e na Bósnia, com real poder para resolver o assunto, uns porque não se opuseram à resolução outros porque agiram, permitiram aqui chegar. Respeitam-se quer a memória dos nossos camaradas quer as autoridades e populações de Doboj e até, imagine-se, de algum modo o causador ou causadores desta situação, uma vez que ao monumento não foi retirada a finalidade que abusivamente lhe foi dada em 2007.
Um processo longo e complexo
Entre 1996 e 2004 faleceram na Bósnia e Herzegovina 5 militares portugueses, por sinal todos pára-quedistas:
Primeiro-Cabo Pára-quedista Alcino José Lázaro Mouta (24JAN96)
Primeiro-Cabo Pára-quedista Rui Manuel Reis Tavares (24JAN96)
Primeiro-Cabo Páraquedista José da Ressurreição Barradas (06OUT96)
Soldado Pára-quedista Ricardo Manuel Borges Souto (06OUT96)
Soldado Pára-quedista Ricardo Manuel Pombo Valério (16JUL2004)
Estavam recordados no Monumento localizado no interior do quartel português nos arredores de Doboj até 2007. Nesse ano o monumento foi adulterado pela unidade portuguesa que encerrou esse quartel, a placa com o nome dos mortos enviada para Portugal – encontra-se agora em Tancos à guarda do Regimento de Paraquedistas – e o monumento com outra designação e várias alterações foi oferecido à cidade de Doboj e instalado junto à sede do Câmara Municipal, sem ter havido a preocupação de acautelar o seu “estatuto” para o futuro, que responsabilidades a autarquia local deveria ter na sua manutenção.
Quando em 2010 o assunto é denunciado nas redes sociais, um pequeno grupo de antigos militares pára-quedistas que serviram na Bósnia, indignados como muitos outros com o sucedido, iniciou um “processo” que acabou por designar “Operação Não Os Esquecemos!” e ao qual o Operacional deu apoio, publicando sucessivos artigos sobre o desenrolar dos acontecimentos.
Dada a natureza do tema, alguns aspectos deste processo tiveram que permanecer reservados, até porque estavam envolvidas várias entidades, portuguesas e bósnias, sendo a abordagem ao assunto muito delicada para evitar mal-entendidos que podiam bloquear em definitivo toda e qualquer solução, acabando o monumento em Doboj por ser pura e simplesmente destruído. Isto esteve aliás à beira de acontecer em 2014 quando umas terríveis inundações causaram grande destruição em Doboj, e também danificaram muito o monumento. Só a acção de Pedro Valentim, um antigo pára-quedista que tem família em Doboj e ali se deslocou, evitou o pior e tomou nas suas mãos a missão de o “consertar”.
Na cronologia que abaixo se publica, ficam agora patentes as datas e as acções que registamos durante todo este processo. Como se poderá verificar dessa leitura, muita gente deu o seu contributo, e, além dos expressamente referidos, muitos outros há que também deram o seu apoio a esta causa, parte nem nós sabemos quem são, apenas militares que contactaram com o assunto no decurso das suas funções e que não impediram a sua resolução, bem antes pelo contrário, tudo fizeram para que o assunto tivesse uma solução justa.
Impasse
Em finais de 2014 o pequeno grupo de pára-quedistas que tomou nas suas mãos a luta pela dignificação da memória dos nossos mortos na Bósnia e Herzegovina tinha chegado a um impasse. Em 2012, conseguiram colocar no monumento em Doboj uma placa com o nome dos camaradas mortos, mas nada de resultados palpáveis quanto à manutenção em bom estado de conservação do monumento. Nem na Bósnia nem em Portugal havia instituição que se responsabilizasse por isso, o desinteresse oficial, lá e cá, parecia igual. Muito dificilmente conseguiu-se saber que no município bósnio não havia qualquer documento sobre o tema, ainda se tentou sensibilizar uma associação de combatentes local para o problema, mas as suas próprias dificuldades são enormes, e nada se conseguiu. Em Portugal ninguém queria assumir o encargo, ou por falta de competência legal ou por falta de orçamento ou mesmo de vontade, nada nem ninguém parecia estar disposto a concretizar uma solução. As cheias desse ano de 2014 na Bósnia e muito em especial em Doboj, as condições extremas do clima naquela região que mesmo sem catástrofes naturais já deveria levar a ter cuidados especiais com a sua manutenção, faziam recear a destruição pura e simples.
Solução
Em 2015 começou-se a trabalhar a sério na possibilidade de repatriar o monumento! Se lá acabaria destruído, então a solução poderia passar por fazer aquilo que os seus criadores em 2003, o 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, tinham previsto: após o final da presença portuguesa, o monumento seria desmontado e transportado para Portugal, e por isso a sua versão original tinha sido construída de modo “desmontável”. Era uma solução de recurso, mas em todo o caso, a União Portuguesa de Pára-quedista acolheu a ideia, e tentou estabelecer oficialmente contactos com o município de Doboj. O Comando do Exército nada tinha a opor a esta solução e bem assim como o Comando da Brigada de Reacção Rápida que se predispunha a arranjar um local digno para a sua instalação. Novo “balde de água fria”, a UPP e o município de Doboj não conseguiram estabelecer contacto sobre o assunto.
Entra-se finalmente em 2016 e uma conjugação de factores objectivos, de pessoas certas nos lugares certos, e acima de tudo da vontade de três instituições portuguesas e uma bósnia em resolverem em definitivo este assunto, abrem o caminho para o 6 de Outubro de 2016 em Tancos!
- O Comando do Exército. Primeiro com o General Carlos Jerónimo – que cedo se interessou pelo tema, aliás até antes de ser CEME – e depois de ter terminado funções (06ABR2016), sendo substituído pelo General Rovisco Duarte, mantém o seu apoio a uma solução negociada com a autarquia de Doboj, nos termos propostos pela Brigada de Reacção Rápida;
- A Brigada de Reacção Rápida. Por um lado tinha o seu 2.º Batalhão de Infantaria Paraquedista do Regimento de Infantaria n.º 10, a cumprir uma missão no Kosovo (e Bósnia) em 2016, e por outro o Regimento de Páraquedistas, com o Museu das Tropas Pára-quedistas, local onde se poderia inserir uma de duas hipóteses: ou o monumento repatriado, ou, ficando o monumento em Doboj, um memorial que lembrasse os mortos na Bósnia;
- A Liga dos Combatentes, disponível neste quadro institucional para encontrar uma solução semelhantes à dos monumentos alusivos à 1.ª Guerra Mundial que foram construídos em municípios junto aos campos de batalha em França.
Um dos últimos passos coube ao comandante do 2.º BIPara, por sinal um veterano da 1.ª missão de 1996 na Bósnia que, no decurso de reconhecimento a este país para preparar um exercício programado para a sua unidade, estabeleceu contacto pessoal com as autoridades autárquicas de Doboj e explanou as várias “modalidades de acção”. Foi um momento delicado, mas que o comandante do batalhão, bem conhecedor da situação e das suas particularidades, quer para os veteranos da Bósnia em Portugal quer para as sensibilidades locais, em ligação com o comando do Regimento de Infantaria n.º 10 e o comando da Brigada de Reacção Rápida em Portugal, conseguiram levar a bom porto!
Novo ciclo nas relações Portugal – Bósnia e Herzegovina
A autarquia de Doboj mostrou-se então, a partir dessa altura, claramente interessada em oficializar a permanência do monumento no local onde se encontra, junto ao edifício sede da Câmara Municipal. E mais, predispôs-se a Câmara Municipal de Doboj a incluir no Protocolo (o que se veio a verificar), como responsabilidade sua: “…todos os anos no dia 23 de Maio por ocasião do Dia das Tropas Paraquedistas Portuguesas, serão colocadas flores no monumento pela Cidade de Doboj…”
Em Outubro, o seu responsável máximo, Obren Petrović de visita a Portugal para assinar o referido Protocolo com a Liga dos Combatentes, também encetou contactos com a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, que neste assunto trabalhou em intima ligação com a Brigada de Reação Rápida, havendo identificados vários domínios de interesse comum, que serão objecto de uma inédita cooperação entre municípios.
Este assunto, nascido do interesse de antigos militares pára-quedistas que serviram na Bósnia pela memória dos seus camaradas ali mortos ao serviço da Pátria, acabou assim por resultar também no restabelecimento de relações de amizade entre Portugal e a Bósnia e Herzegovina, claramente quebradas em 2012 quando o poder político em Portugal decidiu abandonar definitivamente a missão da União Europeia e na mesma altura encerrar a representação diplomática em Sarajevo. A Liga dos Combatentes e a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, certamente que apoiadas quer pela Brigada de Reação Rápida quer pelo próprio Exército Português, e claramente por muitos antigos militares que serviram na Bósnia e Herzegovina, iniciam assim uma nova fase deste contributo de Portugal e de milhares de portugueses para a paz na Europa.
Em 23 de Maio de 2017, na cidade de Doboj, é bem possível que as cerimónias patrocinadas pela autarquia junto ao Monumento, contem já com a presença de antigos militares pára-quedistas que se estão a tentar organizar nesse sentido.
Não os Esquecemos!
Cronologia – Monumento Português em Doboj / Bósnia e Herzegovina
24JAN1996 – Morrem em Zetra/Sarajevo os Primeiro-Cabo Pára-quedista Alcino José Lázaro Mouta e Primeiro-Cabo Pára-quedista Rui Manuel Reis Tavares;
06OUT1996 – Morrem em Rudina / Visegrado os Primeiro-Cabo Páraquedista José da Ressurreição Barradas e Soldado Pára-quedista Ricardo Manuel Borges Souto;
Os nomes destes militares foram desde muito cedo colocados em placas de homenagem, várias, quer nos locais das mortes quer nos quartéis portugueses da Bósnia e sempre acompanharam as sucessivas movimentações da força portuguesa.
23MAI2003 – Inauguração no quartel português de Doboj do Monumento de Homenagem aos 4 mortos portugueses. Tratava-se de uma réplica parcial de monumento existente na “Base de S. Jacinto”, incluía a porta de um C-130, em ferro, com inscrições alusivas às Tropas Pára-quedistas – o lema da «casa-mãe » dos pára-quedistas portugueses, “Que Nunca Por Vencidos se Conheçam”, cujo dia da unidade é comemorado exactamente a 23 de Maio, a Cruz de Cristo da Força Aérea Portuguesa – e uma placa de pedra com os nomes dos militares mortos. A construção deste monumento foi trabalho executado pelo Sargento-Ajudante Serviço de Material Pára-quedista Luís do Carmo Dias e um serralheiro bósnio, o senhor Kazim Karalic.
16JUL2004 – Morre em Sevarlije/Doboj o Soldado Pára-quedista Ricardo Manuel Pombo Valério. Na sequência é feita nova placa, agora com os 5 nomes;
24FEV2007 – É inaugurado na cidade de Doboj, junto à Câmara Municipal, um monumento dedicado a “Portugal ao serviço da Paz na Bósnia- Herzegovina”, que mais não é do que o monumento original mas adulterado: a placa com o nome dos mortos foi retirada e enviada para Portugal; o lema dos pára-quedistas trocado pelo do Exército «Em Perigos e Guerras Esforçados». Tratou-se de uma cerimónia organizada pelo último batalhão português na Bósnia (1.º Batalhão de Infantaria da Brigada de Intervenção, e com a presença de autoridades locais e do então Secretário de Estado da Defesa Nacional, João Mira Gomes);
JUNHO2010 – um ex-pára-quedista, Miguel Miranda, coloca uma foto do monumento adulterado na sua página no Facebook e de seguida cria mesmo um Grupo, “Que Nunca Por Vencidos se Conheçam”, para denunciar o facto;
Setembro de 2010 – Artigo do Tenente-Coronel Pára-quedista (REF) Miguel Silva Machado publicado na revista da “Combatente”, da Liga dos Combatentes: A Memória dos Portugueses Mortos na Bósnia e Herzegovina;
03OUT10 – Artigo de Manuel Carlos Freire no “Diário de Notícias”: Exército mudou monumento aos ‘páras’ mortos na Bósnia;
11OUT10: Artigo de Manuel Carlos Freire no “Diário de Notícias”: Exército inaugurou dois monumentos em Doboj;
SETEMBRO2011 – Artigo do Tenente-Coronel Pára-quedista (REF) Miguel Silva Machado publicado na revista “Boina Verde” da Escola de Tropas Pára-quedistas: A Memória dos Portugueses Mortos na Bósnia e Herzegovina;
19OUT2010 – Reunião em Lisboa com o Presidente da Liga dos Combatentes a fim de sensibilizar a instituição pública que tem a responsabilidade de “preservar a memória” dos militares portugueses mortos pelo mundo, a qual termina com promessas de resolução mas sem qualquer desenvolvimento prático;
12JAN2012 – Um grupo de 4 antigos militares pára-quedistas (Miguel Machado, António Amaro, Aquilino Rodrigues, Pedro Valentim) colocam no monumento, em Doboj, uma placa com o nome dos camaradas mortos. Esta que decorreu a título particular (tudo pago pelos próprios), com a concordância do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Luís Araújo e a não oposição do Chefe do Estado-Maior do Exército, General Pina Monteiro, contando no local com o apoio dos dois últimos militares portugueses a sair da Bósnia, o que aconteceu no dia seguinte;
No regresso da Bósnia este grupo de antigos militares dirigiu cartas ao CEMGFA e CEME sobre o assunto, tentando que a questão da manutenção do monumento fosse equacionada oficialmente.
12JAN12 : Artigo de Manuel Carlos Freire no “Diário de Notícias”: Antigos páras homenageiam soldados mortos na Bósnia;
13JAN12: Artigo de Manuel Carlos Freire no “Diário de Notícias”: Bandeira de Portugal arreada em Sarajevo ao fim de 16 anos;
24JAN12: Artigo de Manuel Carlos Freire no “Diário de Notícias”: Primeiros militares morreram na Bósnia há 16 anos;
Maio 2014 – Inundações em Doboj quase destroem o monumento, o qual foi sumariamente recomposto pessoalmente pelo antigo pára-quedista militar Pedro Valentim, com família em Doboj, nesse mesmo mês;
27MAI2014 – Artigo de Manuel Carlos Freire no “Diário de Notícias”: Inundações danificam monumento;
29DEZ2014 – Miguel Silva Machado envia carta para Chefe Casa Militar PR; CEMGFA; CEME a alertar para a degradação do monumento e a apelar a uma solução para o problema, sabendo-se que na Câmara de Doboj não havia qualquer protocolo/acordo sobre a manutenção do monumento. Vários antigos pára-quedistas apelam nas redes sociais a que o monumento se transfira para Portugal;
ABRIL2015 – A União Portuguesa de Pára-quedistas, com o conhecimento do Comando da Brigada de Reacção Rápida e do Comando do Exército, acolhe este assunto e tenta entrar em contacto com a Câmara Municipal de Doboj ( sem sucesso) para se acordar uma solução;
21JUN2016 – O Comandante do 2.º BIPara, tem reunião em Doboj para esclarecer destino a dar ao monumento, acertam-se as linhas gerais do que virá a ser o acordo, envolvendo agora a Liga dos Combatentes de Portugal;
05OUT2016 – Artigo de Manuel Carlos Freire no “Diário de Notícias”: Liga dos Combatentes garante futuro de monumento na Bósnia;
06OUT2016 – Visita ao Regimento de Paraquedistas do Presidente da Câmara de Doboj, assinatura de protocolo com a Liga dos Combatentes para a manutenção do monumento em Doboj pela Câmara Municipal e inauguração de réplica do monumento no Museu das Tropas Pára-quedistas Portuguesas.
O assunto do Monumento de Doboj no Operacional:
22JAN2012 – OPERAÇÃO “NÃO OS ESQUECEMOS!”
24JAN2012 – REGRESSO A SARAJEVO
24MAI2014 – NÃO DESISTIMOS DA LUTA PELA MEMÓRIA DOS PÁRAS MORTOS NA BÓSNIA!
12ABR2015 – MONUMENTO EM DOBOJ/BÓSNIA: A CAMINHO DA SOLUÇÃO?
25ABR2015 – MONUMENTO EM DOBOJ, PASSAGEM DO TESTEMUNHO
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