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KOSOVO: PORTUGUESES IMPULSIONAM NOVO CONCEITO DE EMPREGO TÁCTICO

Por • 11 Set , 2011 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE Print Print

No momento em que mais uma força portuguesa parte para o Kosovo, o “Operacional” apresenta aos leitores um conceito de emprego táctico que foi grandemente impulsionado por outro batalhão português no Kosovo: o “Combat Crowd Riot Control” (C-CRC), designação que tomamos a liberdade de traduzir por “Controlo de Tumultos em Combate” ou “Manutenção de Ordem Pública em situação de combate”.

A situação no Kosovo pode evoluir muito rapidamente da mais perfeita normalidade aos confrontos violentos. Os batalhões portugueses têm de estar prontos para responder num curto espaço de tempo.

A situação no Kosovo pode evoluir muito rapidamente da mais perfeita normalidade aos confrontos violentos. Os batalhões portugueses têm de estar prontos para responder num curto espaço de tempo.

Este mês de Setembro de 2011 o Grupo de Autometralhadoras da Brigada de Intervenção, originário do Regimento de Cavalaria n.º 6 em Braga, vai assumir a responsabilidade pela participação portuguesa na força da NATO que opera no Kosovo, a KFOR. Aí chegados passarão a designar-se “KFOR Tactical Reserve Manoeuvre Battalion” (KTM) e terão como missão actuar em todo o Kosovo (e eventualmente na Bósnia-Herzegovina), sob ordens directas do comandante da KFOR.
Recorda-se que Portugal reduziu em Março de 2011 o seu efectivo na KTM na ordem dos 50%, passando de 294 para 157 militares, mas mantendo o comando da força que passou a integrar militares da Hungria.

Crowd Riot Control
Desde o regresso do Exército Português ao Kosovo em 2005(1) que, gradualmente, a actividade de Crowd Riot Control – CRC dos sucessivos batalhões tem vindo a ganhar preponderância sobre outras tarefas que também cumprem mas que agora não vamos abordar(2). E isto porque dada a situação política e de segurança no território se constatou ser a que mais probabilidade de emprego tinha (e tem). Não faltam exemplos de graves alterações da ordem pública que obrigaram as unidades da NATO a intervir, nomeadamente os portugueses.
Assim o ciclo de preparação dos batalhões do Exército em território nacional foi incorporando as lições aprendidas pelos batalhões que operavam no Kosovo. Por sua vez, quando no teatro de operações, uns mais do que outros por força das situações reais que encontraram, alguns batalhões acrescentam algo de substancial ao que existia. Cada força permanece apenas 6 meses no Kosovo, logo é muito importante não só o passar da experiência por quem regressa, como quem parte querer recebe-la! E bem sabe quem anda nestas coisas, por estranho que possa parecer, nem sempre isto funciona como devia.
A necessidade aguça o engenho e por vezes, confrontados com situações novas, a evolução acontece. Novas competências são acrescentadas ao treino e tácticas, técnicas e procedimentos (TTP) são aperfeiçoados, modificações são introduzidas nos equipamentos para melhor responder às situações reais. Há evolução, aqui como em qualquer outro teatro de operações esta é uma das virtualidades do emprego real das Forças Armadas.
O CRC e respectivas TTP, passaram a ter maior importância para as forças da KFOR após os violentos e generalizados confrontos, entre Kosovares Sérvios e Kosovares Albaneses, registados em Março de 2004 e onde foram empenhadas todas as forças da KFOR. Depois deste incidente foram feitos esforços por todos os contingentes nacionais e pela KFOR no sentido de dotar as forças com melhores equipamentos e mais valências no âmbito deste tipo de operações. A própria KFOR passou a organizar regularmente exercícios específicos para adestrar as suas forças nesta actividade. O Exército Português por força da missão da “sua” KTM também dedicou mais atenção ao “controlo de tumultos”.
A 17 de Março de 2008, em Mitrovica (cidade no norte do Kosovo) deram-se os confrontos mais violentos de que há memória neste teatro. Policias das Nações Unidas e militares da KFOR confrontaram-se com uma multidão organizada e preparada para enfrentar as forças da ordem. Neste tumulto foram usados pela primeira vez desde o início da missão da NATO no Kosovo, armas de fogo, granadas e artifícios pirotécnicos, tanto contra o grupo especial de polícia das Nações Unidas como sobre os militares da KFOR. Desta contenda resultou a morte de um polícia das Nações Unidas e diversas baixas em todas as partes envolvidas.

O treino em Portugal antes da missão (nesta foto) é muito baseado na experiência que os batalhões vão trazendo.

O treino em Portugal antes da missão (nesta foto) é muito baseado na experiência que os batalhões vão trazendo.

O 1.º BIPara mal chegou ao Kosovo foi imediatamente empregue numa missão real e viu reconhecido o seu papel no controlo da situação em Mitrovica.

O 1.º BIPara mal chegou ao Kosovo foi imediatamente empregue numa missão real e viu reconhecido o seu papel no controlo da situação em Mitrovica (capa e artigo no interior da revista da KFOR de Maio de 2008).

Apesar da missão ter sido cumprida o 1.º BIPara detectou algumas limitações quer em termos de procedimentos quer nos equipamentos.

Apesar da missão ter sido cumprida o 1.º BIPara detectou algumas limitações quer em termos de procedimentos quer nos equipamentos.

“Combat CRC” no 1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista
A utilização de armas de fogo (AK-47) em grande escala, a utilização de granadas de mão e cocktails Molotov contra unidades da KFOR no terreno, obrigou ao desenvolvimento de novas TTP para enfrentar este tipo de ameaça no quadro do Controlo de Tumultos, mudando-se inclusive o nome para “Combat CRC” de forma a distinguir o ambiente de actuação nesta tipologia de operações, definindo assim especificamente quais as TTP a utilizar.
Tendo o 1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (1BIPara) assumido a missão, em meados de Março 2008, neste teatro, viu-se confrontado com a tarefa de guarnecer e garantir a segurança do tribunal de Mitrovica logo após os confrontos de 17 de Março. A necessidade de garantir o cabal cumprimento da missão em paralelo com o assegurar a protecção da força fez do 1BIPara obreiro e impulsionador do conceito de “Combat CRC“.
Neste conceito, de acordo com o definido pelo batalhão, as operações de “Combat CRC” iniciam-se logo que a força passe a estar sob a ameaça de qualquer arma letal, sejam armas de fogo, artifícios explosivos ou outros.

O treino para os batalhões portugueses no teatro de operações é constante, bem realista...

O treino para os batalhões portugueses no teatro de operações é constante, bem realista...

...permite não só manter as competências já adquiridas como aumentar a proficiência e prontidão do pessoal.

...permite não só manter as competências já adquiridas como aumentar a proficiência e prontidão do pessoal.

As operações com helicópteros conferem uma capacidade de intervenção rápida em qualquer ponto do Kosovo.

As operações com helicópteros conferem uma capacidade de intervenção rápida em qualquer ponto do Kosovo.

A KTM pode ainda intervir na Bósnia-Herzegovina em caso de necessidade. Se as forças no Kosovo não forem suficientes para alguma situação mais grave ou prolongada, há países com forças prontas a reforçar a KFOR.

A KTM pode intervir na Bósnia-Herzegovina em caso de necessidade. Se as forças no Kosovo não forem suficientes para alguma situação mais grave ou prolongada, há países com forças prontas a reforçar a KFOR.

Os "snipers" do Centro de Tropas de Operações Especiais têm um papel importante no C-CRC.

Os "snipers" do Centro de Tropas de Operações Especiais têm um papel importante no C-CRC.

TTP Desenvolvidas
Fazendo uso das lições apreendidas nos confrontos de 17 de Março, o 1BIPara desenvolveu algumas TTP que, no caso do Combat CRC, permitissem à força uma maior capacidade de responder proficientemente. Em linhas gerais, a força adopta a postura que a seguir se indica:
– Na linha da frente são colocadas viaturas blindadas para conferir maior protecção à força apeada;
– Os militares apeados, só saem detrás das viaturas blindadas para efectuar manobras de curta duração, voltando de imediato a tomar posição sob protecção dos veículos referidos;
– O tempo de exposição é o necessário e suficiente para o cumprimento da tarefa, sendo o mesmo minimizado;
– A força em execução de missão de CRC está sempre protegida, à distância, por forças que possam desenvolver acções para impedir ou limitar actos hostis contra as nossas unidades em CRC. Normalmente são utilizadas equipas Sniper e Sharp Shooter para garantir esta protecção imediata.
– Desenvolvem-se acções para separar os manifestantes ou desordeiros, que utilizam meios letais, do resto da multidão.
– São desenvolvidas acções de modo a suprimir / eliminar a ameaça, tendo sempre em consideração o preconizado nas regras de empenhamento.
Para poder por em prática as TTP do “Combat CRC“, foi necessário inovar e improvisar algumas alterações no material e equipamento que a nossas forças têm ao seu dispor no Kosovo.
– Assim o 1BIPara, concebeu uma placa em aço colocada na frente das viaturas blindadas, de modo a evitar que as granadas de mão, ou outros engenhos, sejam lançados por baixo e deflagrem nas costas dos militares (este método foi utilizado pelos desordeiros durante os confrontos em Mitrovica).
– Foi reforçada uma viatura táctica média, de modo a que esta pudesse aproximar-se da linha de confrontação para fazer a evacuação de militares feridos, com alguma segurança e protecção.
– Foram ainda colocadas nas viaturas, rolos de arame farpado de modo a impedir os manifestantes de subir para cima das mesmas.
A utilização de equipas sniper, como atrás referido, é um factor muito importante pois conferem uma protecção eficaz à força, detectando e eliminando as ameaças de uma forma selectiva. Os desordeiros que utilizem armas de fogo ou artifícios incendiários são detectados e neutralizados oportunamente.
A utilização de meios heli para transporte de tropas para o local dos confrontos já se fazia antes dos confrontos de 17MAR08, tendo apenas sido efectuadas alguns ajustes de forma a garantir maior segurança para as aeronaves e seus ocupantes. Esta técnica de transporte permite colocar num curto espaço de tempo, a grandes distâncias, efectivos suficientes para estabilizar a situação pelo menos numa primeira fase, podendo a força helitransportada ser posteriormente reforçada por terra, se necessário.

O arame farpado (aqui aplicado num Chaimite V-200) destina-se a dificultar a eventual subida de manifestantes para cima das viaturas. A Iveco 40.10 da foto

O arame farpado (aqui aplicado num Chaimite V-200) destina-se a dificultar a eventual subida de manifestantes para cima das viaturas. A Iveco na foto é a 40.10 ambulância "blindada", adaptada localmente pelo 1.º BIPara.

Ao constatarem em Mitrovica que as suas ambulâncias não dispunham de segurança superior, os páras trataram de "chapear" uma. Pelo menos passou a proteger dos muitos objectos que são arremeçados nestas ocasiões (Revista da KFOR , Juho 2008).

Ao constatarem em Mitrovica que as suas ambulâncias não dispunham de segurança superior, os páras trataram de "chapear" uma. Pelo menos passou a proteger dos muitos objectos que são arremessados nestas ocasiões (Revista da KFOR , Juho 2008).

M-11 com protecção frontal (versão inicial) para evitar que objectos ou explosivs sejam arremeçados para baixo da viatura ou mesmo para atingir o pessoal que vem na sua retaguarda.

M-11 Panhard com protecção frontal (versão inicial) para evitar que objectos ou explosivos sejam arremessados para baixo da viatura ou mesmo para atingir o pessoal que vem na sua retaguarda.

M-11 Panhard com nova versão do dispositivo anterior, para conferir maior protecção.

M-11 Panhard com nova versão do dispositivo anterior, para conferir maior protecção.

Integração do contingente Húngaro, a nova KTM
Já nesta última missão, em 2011, coube ao 1.º BIPara, que incluía na sua estrutura o Esquadrão de Reconhecimento (ERec) da Brigada de Reacção Rápida, sediado no Regimento de Cavalaria Nº3 (Estremoz), um Pelotão do Regimento de Artilharia Nº4 (Leiria), um Pelotão do Regimento de Guarnição Nº3 (Madeira) e um Destacamento do Centro de Tropas de Operações Especiais (Lamego), a integração dos militares húngaros.
Sendo um processo sempre a necessitar de especiais cuidados, a formação de um contingente multinacional a um nível orgânico tão baixo – o KTM passava a ter uma companhia operacional húngara, bem como elementos no estado-maior do batalhão e na companhia de comando e apoio – correu muito bem. Diz-nos um militar que assistiu ao processo: “O contingente húngaro mudava-se de malas e bagagens para o Campo Português de Slim Lines (Campo Portugal). Assim passamos a ter no nosso campo, elementos húngaros do National Support Element (NSE) e o National Contingent Command(NCC) e os que pertenciam ao KTM. Foi necessário desenvolver acções ao nível logístico para acomodar estes novos elementos, em estreita ligação com Portugal, ao mesmo tempo que desenvolvíamos as operações e exercícios impostos pela QG da KFOR. Foi também necessário preparar e implementar um pacote de treino operacional para adestrar a nova unidade de manobra húngara de modo a que esta estivesse ao nível da nossa e desempenhasse as suas tarefas apoiadas nas nossas tácticas técnicas e procedimentos (TTP). Durante 2 semanas treinamos os nossos “irmãos de armas”.
No exercício de certificação eles mostraram o que tinham aprendido, com garra tenacidade e dedicação. O nosso esforço tinha sido compensado, eles estavam preparados para executar as tarefas do KTM, ombro a ombro com os militares lusos, mantendo a mesma performance que tínhamos habituado os elementos da KFOR. Mais, todos os responsáveis húngaros manifestaram o seu agrado pelo modo como foi conduzido o processo.
No dia 1 de Março de 2011, no nosso campo, realizou-se a cerimónia da integração da unidade húngara no KTM, cerimónia que foi presidida pelo COMKFOR (comandante da KFOR) e onde estiveram varias entidades convidadas, nomeadamente dos comandantes das respectivas forças Terrestres, Tenente-General Amaral Vieira e Brigadeiro-General János Huszár.”

O 1.º BIPara foi o último batalhão português na KFOR na "versão 300 militares". Actualmente o 2.º Batalhão de Infantaria Mecanizado da Brigada Mecanizada já está na "versão 157" sendo o restante efectivo da KTM fornecido pelo Exército Húngaro.da Brigada

O 1.º BIPara foi o último batalhão português na KFOR na "versão 300 militares". Actualmente o 2.º Batalhão de Infantaria Mecanizado da Brigada Mecanizada já está na "versão 157" sendo o restante efectivo da KTM fornecido pelo Exército Húngaro. Portugal mantêm ainda o prestigioso posto de 2.º Comandante da KFOR /Brigadeiro-General Marco Serronha e deixou muito recentemente de ocupar o lugar de comandante do "Joint Logistic Support Group"/Brigadeiro-General José Nunes da Fonseca.

(1) Unidades do Exército que serviram na KFOR
Quartel em Klina
– Brigada Aerotransportada Independente (AGRUPAMENTO BRAVO), Agosto de 1999 a Fevereiro de 2000;
– Brigada Ligeira de Intervenção (AGRUPAMENTO CHARLIE), Fevereiro de 2000 a Agosto de 2000;
– Brigada Mecanizada Independente (AGUPAMENTO DELTA), Agosto de 2000 a Abril de 2001;
Quartel junto a Pristina (3)
– Brigada Ligeira de Intervenção (2º Batalhão de Infantaria / BLI), Janeiro de 2005 a Setembro de 2005;
– Brigada de Reacção Rápida (3º Batalhão de Infantaria Pára-quedista / BAI), Setembro de 2005 a Março de 2006;
– Brigada Mecanizada (1º Batalhão de Infantaria Mecanizado), Março de 2006 a Setembro de 2006;
– Brigada de Reacção Rápida (1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista), Setembro de 2006 a Março de 2007;
– Brigada Mecanizada (2º Batalhão de Infantaria Mecanizado), Março de 2007 a Setembro de 2007;
– Brigada de Intervenção (2º Batalhão de Infantaria), Setembro de 2007 a Março de 2008
– Brigada de Reacção Rápida (1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista), Março de 2008 a Setembro de 2008
– Brigada de Intervenção (Agrupamento MIKE), Setembro de 2008 a Março de 2009;
– Brigada de Intervenção (1º Batalhão de Infantaria), Março de 2009 a Setembro de 2009;
– Brigada Mecanizada (1º Batalhão de Infantaria Mecanizada), Setembro de 2009 a Março de 2010;
– Brigada de Reacção Rápida (2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista), Março de 2010 a Setembro de 2010;
– Brigada de Reacção Rápida (1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista), Setembro de 2010 a Março de 2011;
– Brigada Mecanizada (2º Batalhão de Infantaria Mecanizado), Março de 2011 a Setembro de 2011;
– Brigada de Intervenção (Grupo de Autometralhadoras), Setembro de 2011.

(2) Tarefas da KTM, além do CCRC
– Recolha de informações;
– Interdição e anti-contrabando;
– Vigilância, escolta e protecção;
– Patrulhamentos de área;
– Apoio a operações especiais;
– Apoio a operações de detenção;
– Apoio à luta contra o crime organizado;
– Reserva;
– Resposta a Crises;
– Substituição ou apoio à protecção de Property with Designated
Special Status (PrDSS);
– Operações de segurança;
– Postos de controlo móveis;
Operações de cerco e busca de áreas;
Vigilância de fronteiras/limites;
– Controlo e protecção de itinerários;
– Executar acções de demonstração de força;
– Garantir a segurança dos aquartelamentos, face a ameaças
exteriores;
– Separação de forças.


(3) O quartel português localiza-se junto a Pristina, e é habitualmente identificado como “Slim Lines”. Trata-se de um aquartelamento originalmente do Exército Britânico (edifícios pré-fabricados e contentores) que lhe deu este nome em homenagem a Sir William Joseph Slim (1891-1970), Marechal de Campo, com uma impressionante carreira militar (e de escritor) no decurso da qual combateu na 1.ª e 2.ª guerras mundiais e foi mais tarde governador-geral da Austrália.

Foto do tempo em que o Exército do Reino Unido ainda era responsável pelo aquartelamento. Hoje a designação do quartel é "Campo Portugal" mas em muita documentação oficial o nome do herói inglês ainda se mantém.

Foto do tempo em que o Exército do Reino Unido ainda era responsável pelo aquartelamento. Hoje a designação do quartel é "Campo Portugal", mas em muita documentação oficial - mesmo portuguesa - o nome do herói inglês ainda se mantém.

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