FORÇAS ARMADAS APOIAM COMBATE A INCÊNDIOS
Por Miguel Machado • 10 Ago , 2016 • Categoria: 01. NOTÍCIAS PrintNão sendo infelizmente novidade, Portugal está a ser assolado por uma tremenda vaga de incêndios florestais no Continente e na Região Autónoma da Madeira, aqui com especial perigosidade mesmo em meio urbano. As Forças Armadas, mais uma vez e muito bem, foram chamadas a apoiar as autoridades civis nesta luta, num momento em que o combate já exige medidas de excepção e mesmo apoio internacional.
Perante a situação nunca é de mais relembrar, exactamente agora, que determinados meios, navais, aéreos e terrestres, e pessoal habilitado para os operar, assim como infra-estruturas – por exemplo, o quartel do Regimento de Guarnição n.º 3 da Zona Militar da Madeira – ou existem e estão disponíveis a todo o tempo, ou em caso de crise/catástrofe, não há possibilidade de “ir à pressa arranjar”. Mais uma vez…
Pela relevância no delicado momento que se vive no nosso país em relação ao combate a incêndios no Continente e na Madeira, transcrevemos na íntegra o comunicado do Estado-Maior General das Forças Armadas, que informa qual é neste momento a súmula do empenhamento das Forças Armadas no apoio às autoridades civis.
«No âmbito do “Plano Lira”, e em resposta às várias solicitações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o dispositivo das Forças Armadas (FFAA) em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira respondeu nos dias 1 a 10 de agosto de 2016 com o empenhamento de militares, equipamentos e viaturas de engenharia, na proteção e salvaguarda de pessoas e bens e operações de vigilância, patrulhamento e rescaldo pós-incêndio florestal.
Para esta missão, e no período considerado, foram empenhados em Portugal Continental um total de 624 militares e de 119 viaturas, distribuídos pelos distritos de Aveiro, Viana do Castelo, Viseu, Porto, Vila Real, Braga, e Faro, para onde seguiram militares de diversas unidades provenientes de norte a sul do país.
De entre os meios empregues destacam-se os 5 Destacamentos de Engenharia equipados com máquinas de rasto provenientes, em especial, do Regimento de Engenharia nº3, bem como do, Regimento de Engenharia nº 1 e da Companhia de Engenharia de Combate Pesada da Brigada Mecanizada, os quais estiveram envolvidos em ações de abertura de faixas de gestão de combustível, e no melhoramento de itinerários.
Já na Região Autónoma da Madeira, após ativação do Plano Regional de Emergência, e uma vez mais por solicitação do Serviço Regional de Proteção Civil da Região Autónoma da Madeira, as Forças Armadas encontram-se desde a madrugada de dia 9 de agosto a prestar apoio sanitário de emergência, alimentação, fornecimento de água, evacuação de desalojados, patrulhamento e vigilância dos incêndios que deflagraram nas zonas altas do Funchal.
Ao momento encontram-se a ser empenhados em ações de apoio logístico à população da Madeira cerca de 400 militares, correspondente à totalidade das guarnições do Regimento de Guarnição nº3, do Comando Operacional da Madeira e do Quartel-General da Zona Militar da Madeira.
O apoio centra-se, em particular, nos 512 civis que se encontram ao momento no Regimento de Guarnição nº3, correspondentes a 132 doentes desalojados do Hospital dos Marmeleiros, 320 desalojados, 30 técnicos de apoio a doentes e 30 técnicos de apoio aos desalojados pertencentes à Cruz Vermelha, à Segurança Social, bem como alguns voluntários, prevendo-se ainda a chegada de 120 bombeiros provenientes do continente.
Destaca-se ainda o apoio da Força Aérea aos incêndios que assolam a Ilha da Madeira, através da realização de 4 voos a partir da Base Aérea do Montijo, recorrendo a quatro aeronaves C-295-M, entre a noite de dia 9 de agosto e a manhã de hoje, dia 10 de agosto, assegurando o transporte de 119 elementos de apoio e de material diverso pertencente à ANPC e às Forças Armadas, bem como na evacuação médica urgente de um queimado grave do Funchal para Lisboa com recurso a uma aeronave Falcon 50.»
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