EXPOSIÇÃO, 100 ANOS GNR
Por Miguel Machado • 29 Mai , 2011 • Categoria: 02. OPINIÃO, 14.TURISMO MILITAR
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Inserida nas comemorações do 1.º Centenário da Guarda Nacional Republicana, está patente ao público até ao final deste mês de Maio de 2011, uma exposição alusiva a esta efeméride. Embora numa passagem rápida o “Operacional” esteve no Quartel do Carmo e não pode deixar de recolher algumas imagens.
No Chiado um militar da Guarda cativa visitantes para a exposição no Quartel do Carmo. É impossível não reparar. Mesmo quem desconheça a farda... a bicicleta "pasteleira" e espingarda Mauser, chamam mesmo a atenção.
Uma primeira nota curiosa para referir um dos modos como a Guarda cativa visitantes: algures pelo Chiado um militar da GNR trajando com um uniforme histórico, a sua bicicleta e espingarda Mauser, distribuía informação sobre a exposição e…pelo menos eu foi assim que soube poder ainda fazer uma visita.
Chegado ao Largo do Carmo, deparo com um turista espanhol, depois de algumas peripécias, empoleirado – não montado! – em cima de um cavalo e, com o animal bem agarrado por um militar da Guarda, lá andava deliciado a dar a sua “voltinha”.
Depois do acesso ao Quartel se fazer com controlo de segurança mas sem demoras, entra-se pela porta por onde um dia um Presidente do Conselho de Ministros saiu para o exílio. No pátio interior estão expostas viaturas que serviram na Guarda ao longo dos anos, duas das quais blindadas e uma destas ainda ao serviço. Nos claustros podemos encontrar algumas peças de dimensões variáveis ligadas a várias épocas, desde bicicletas e motociclos a espadas e estátuas ou artigos de uniforme e ainda algumas “recriações” como um “Gabinete do Comandante do Posto” de meados do século XX, ou uma equipa de salvação de acidentados numa catástrofe natural – terramoto – em acção.
Mais haveria para ver em outros pisos, como “os espaços do 25 de Abril” – salão nobre e varanda do Comando Geral – e a Cisterna subterrânea do antigo Convento do Carmo fundado por D. Nuno Álvares Pereira, mas o tempo para esta visita não deu para tudo!
Uma passagem de despedida pela Capela de N. S.ª do Carmo, Padroeira da Guarda, e de novo de volta ao Largo do Carmo pelo túnel de acesso o qual tem assinalados os marcos mais importantes da História da GNR, desde a criação dos Quadrilheiros em 1383, até 2011, onde segundo este painel, o que há a relevar, são as missões de segurança interna na República Portuguesa e as de carácter humanitário e de apoio à paz no Iraque e em Timor.
Vale bem a pena uma visita e com mais tempo!
Este turista estava deliciado com a sua "aventura" no Largo do Carmo e não se cansava de o dizer a todos os passantes.
A colecção de viaturas históricas da GNR apresenta algumas peças bem interessantes.
A viatura blindada Iveco M40.12/WM/P, que foi adquirida em 2003 para uso no Iraque...
...pode transportar 5 militares (mais condutor) e está armadas com uma metralhadora FN Mag 7,62mm.
Já retirados de serviço, os blindados Shorland Mk III, armados com uma metralhadora ligeira FN Mag 7,62mm...
...tendo a GNR recebido 42. Adquiridos antes do 25 de Abril de 1974 só viriam a actuar depois, no período revolucionário.
Além de bicicletas, usadas pelas patrulhas da GNR nas áreas rurais durante muitos anos, está patente uma interessante colecção de motociclos.
Esta "bomba" da extinta Brigada de Trânsito, um Porche 356 B Cabrio de 1966, foi recebido pela Guarda da também extinta Policia de Viação e Trânsito.
Recriação de um "Gabinete do Comandante de Posto" na primeira metade do século XX.
Equipamento anti-estilhaço e o veículo de controlo remoto Vaguard, este para inactivação e remoção de engenhos explosivos, ambos utilizados pelo Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo da Unidade de Intervenção.
O espaço dedicado aos mais novos também atraía alguns menos novos. Nesta área também era possível adquiri algumas recordações da GNR.
N.ª Sr.ª do Carmo Padroeira da Guarda Nacional Republicana.
A pequeníssima capela está muito bem preservada.
Terminada a visita, com vontade de voltar, a Cavalaria da Guarda continuava a humanizar a instituição, com os turistas agradecidos e indiferentes ao calor que se fazia sentir em Lisboa.
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