ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS 1961-2002
Por Antonio Carmo • 19 Ago , 2009 • Categoria: 08. JÁ LEMOS E... PrintENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS
1961 – 2002
Autor: LUÍS A. M. GRÃO
Editora: Prefácio – Editorial de Livros e Revistas, Lda.
(Col. História Militar/Armas de Portugal)
Lisboa, 2006, 169pp., €18.00
(54 fotos a preto e branco; fac-similes; reproduções várias)
«…A presença de mulheres prestando serviços de enfermagem na frente de combate é uma prática relativamente recente. Foi Florence Nightingale durante a “Guerra da Crimeia” (1854-55) que organizou, pela primeira vez, um serviço hospitalar de enfermagem para tratamento dos feridos do Exército britânico.
Anos mais tarde, a França criou um Corpo de enfermeiras pára-quedistas que teve acção humanitária de relevo durante as operações de combate que o seu país travou na Indochina e na Argélia. Em Portugal e contrariando todas as previsões, o Dr. Oliveira Salazar autorizou, em 1961, a constituição de um Quadro de enfermeiras pára-quedistas destinadas, especialmente, a prestar serviços da sua especialidade aos militares em operações no antigo Ultramar Português.»
É com esta síntese expressa na contracapa que este livro apareceu no mercado editorial português, pela pena do Coronel do Serviço-Geral Pára-quedista (REF) António Grão, em 23 de Maio de 2006, durante as cerimónias comemorativas do 50º Aniversário da criação oficial de TROPAS PÁRA-QUEDISTAS nas Forças Armadas Portuguesas.
Relevando aspectos importantes da vida militar deste grupo especial de mulheres, este livro é constituído por dois capítulos e seis anexos (pág.9).
No primeiro capítulo o leitor irá encontrar dados muito interessantes sobre a assistência sanitária em campanha, o papel da mulher na enfermagem e a história das Damas-Enfermeiras Portuguesas.
No segundo capítulo são abordadas as questões relativas à origem das ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS, as ENFERMEIRAS DO AR PORTUGUESAS, os programas de formação de enfermeiras pára-quedistas e todas as vicissitudes que acompanharam este processo inovador e arrojado para a época.
Acompanham estes dois capítulos inúmeras fotografias históricas, assim como dados pessoais dos principais intervenientes.
A finalizar, referência muito especial para os “Anexos A e B” (pág.109 a 122), onde o leitor poderá rever a história do Fardamento, Distintivos e Condecorações que as ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS usaram, nos seus diversos uniformes de 1961 até 2002.
Apesar de não ser a história oficial das ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS, esta obra, escrita numa linguagem simples e objectiva, pela lacuna que preencheu mo mercado editorial nacional, passou a constituir uma referência incontornável para todos aqueles que se dedicam a estudar e conhecer o quotidiano dos militares que um dia tiveram a honra de usar a mítica “boina verde caçador pára-quedista”.
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