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EM LAMEGO COM AS OPERAÇÕES ESPECIAIS DO EXÉRCITO (I)

Por • 29 Abr , 2018 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE Print Print

Organização, Formação, Armamento e equipamentoAs Operações Especiais do Exército Português estão a passar por um bom momento e isso notou-se na visita que fizemos a Lamego. Destacam-se as novas instalações para praças e o armamento moderno que têm à sua disposição. O Plano de Implementação da Força de Operações Especiais aprovado em 2016 é no entanto bem mais vasto do que estes aspectos que saltam à vista, os novos quadros orgânicos desse mesmo ano adequaram a organização da unidade às exigências actuais e os resultados do trabalho de anos começa a aparecer de modo marcante.

As Operações Especiais do Exército estão a atravessar um bom momento. Em Lamego nem tudo “são rosas” mas encara-se o futuro com confiança e optimismo. Na imagem os militares usam as novas HK 416 5,56mm e o lança-granadas HK 269 40mm.

Em Lamego para ficar!

Vamos tentar mostrar em dois artigos e um pequeno vídeo a realidade actual do Centro de Tropas de Operações Especiais, centrados nos aspectos organizacionais, equipamentos e armamento e, no próximo artigo, nas muitas missões que têm cumprido e nas que se avizinham. Sabemos que áreas importantes como a formação, a qual é naturalmente determinante para a qualidade do militar de operações especiais, será apenas ligeiramente abordada mas…o tempo em Lamego não deu para tudo! 

A presença militar em Lamego remonta a 6 de Setembro de 1839 e iniciou-se com a instalação do Regimento de Infantaria n.º 9 no Convento de Santa Cruz, junto da igreja do mesmo nome (no topo da imagem).

Olhar hoje para a fachada do Comando e Estado-Maior do CTOE pode enganar. Mantendo as linhas exteriores o Convento anexo à Igreja e Santa Cruz está a tornar-se numa unidade com instalações modelo.

A decisão de manter o Centro de Tropas de Operações Especiais em Lamego foi finalmente assumida politicamente há cerca de dois anos e importantes investimentos em infra-estruturas modelo começaram a ser feitos, parte está mesmo concluída e em uso desde este mês de Abril. Permanecer na cidade – e também em Penude nos arredores – é desde logo um aspecto que permite deixar para trás um ingrato tempo de incerteza, planear e investir para o longo prazo, confere estabilidade à unidade e ao seu pessoal, nomeadamente aos oficiais e sargentos dos quadros permanentes. Como é sabido ao longo dos últimos anos houve por várias vezes intenção de “fechar Lamego” e alienar o património do Exército na cidade. Finalmente por decisão militar sustentada pela tutela política e verdadeiro aplauso da autarquia, as Operações Especiais e Lamego vão continuar a sua história comum, a qual já dura desde 1960 – com um interregno entre 1975 e 1981 – numa presença militar na cidade constante desde 1839 quando ali se instalou o Regimento de Infantaria n.º 9.

Aquilo que antes se designava por “camaratas das praças” nas unidades militares é agora a “Messe de Praças” e este edifício é o primeiro que já está ocupado e o modelo para os seguintes.

Não é necessário grandes explicações, as imagens falam por si, todas as condições para viver no quartel segundo parâmetros de conforto e de ocupação dos tempos livres ou estudo.

Organização

O CTOE está hoje organizado com base em quadros orgânicos recentes – 09SET2016 – os quais vieram ao encontro das necessidades de uma unidade de operações especiais – a componente operacional do CTOE é a Força de Operações Especiais – e estão de acordo com a doutrina em vigor na NATO e nos documentos legais nacionais referentes às Forças Armadas.

De salientar que esta tem sido uma luta de sempre das Operações Especiais do Exército, a de adequar a sua organização e actividade operacional àquilo que a doutrina prevê. Ao contrário do que se possa pensar – e isto é verdade nas Operações Especiais mas também noutras forças – nem sempre as unidades operacionais são organizadas e depois empregues de acordo com aquilo que a doutrina – no fundo a teoria – diz, mas muitas vezes por questões de oportunidade ou necessidade, entre outras. Parece assim que quer em aspectos organizacionais quer nos investimentos que estão a ser feitos, e que se vão prolongar com o actual Plano de Implementação da Força de Operações Especiais pelo menos até 2022, as Operações Especiais do Exército estão no bom caminho.

Armamento e equipamento moderno têm chegado ao CTOE nos últimos anos, sendo de destacar uma vasta gama de novas armas, equipamentos individuais e mesmo viaturas . Estas HK 416 A5 estão equipadas com miras Trijicon ACOG, na qual está acoplado um visor RMR (Ruggedized Miniature Reflex) para as distância curtas.

O organograma abaixo ilustra a organização do CTOE – comando de coronel – e da FOE – comando tenente-coronel –  e as SOTU (Special Operations Task Unit) – comando capitão, excepto a SOTU “ALFA1” que tem comando major – todas constituídas por oficias e sargentos dos Quadros Permanentes e em Regime de Contrato e cabos em Regime de Contrato. Na FOE não há praças soldados, só cabos. Cada SOTU tem organicamente 16 elementos.

A inserção do CTOE e da FOE nas estruturas de comando superiores (imagem abaixo) pode ser considerada em duas grandes áreas, o Exército e o Estado-Maior General das Forças Armadas. Enquanto no ramo a que pertence o CTOE está integrado na Brigada de Reacção Rápida (desde 2005), a qual depende do Comando das Forças Terrestres que por sua vez depende directamente do Chefe do Estado-Maior do Exército. Quando o seu emprego operacional é feito ao nível das Forças Armadas, doutrinariamente, a FOE passa a constituir-se como um Special Operations Task Group (SOTG) ou a contribuir para um SOTG Conjunto que seja criado, por exemplo com o Destacamento de Acções Especiais do Corpo de Fuzileiros da Marinha. Neste caso a Célula de Planeamento de Operações Especiais (*) – onde há colocados em permanência oficiais e sargentos de Operações Especiais do Exército – do Comando Conjunto das Operações Militares na dependência directa do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas terá um papel importante a desempenhar não só para apoio no planeamento, integração e sincronização da preparação e emprego das forças de operações especiais como por constituir o núcleo inicial do comando de componente de operações especiais numa operação. Esta célula, onde podem trabalhar militares dos três ramos, é chefiada por um capitão-de-mar-e-guerra ou coronel.

Formação

O Batalhão de Formação localizado em Penude a 4 km do centro da cidade de Lamego, ministra uma série de cursos dos mais elementares como o Curso de Formação Geral Comum de Praças do Exército para os candidatos às Operações Especiais, ao Curso de Operações Especiais do Quadro Permanente, passando pelos: Cursos de Operações Especiais de Praças, Regime de Contrato; Curso de Operações Especiais – Curso de Formação de Oficiais/Curso de Formação de Sargentos Regime de Contrato; Curso de Sniper; Curso de Operações Irregulares; Curso de Patrulhas de Longo Raio de Acção; Curso de Prevenção e Combate a Ameaças Terroristas.

Cerimónia de hastear da Bandeira Nacional em Penude no Batalhão de Formação. A Bandeira Nacional é entregue a dois instruendos para proceder.

Os militares com o Curso de Operações Especiais ficaram conhecidos por “Rangers” (alusão os oficiais portugueses que frequentaram este curso nos EUA), e a generalidade dos que aqui foram formados seguiram para a Guerra do Ultramar – 1961/1974 – para combater integrados nas unidades do Exército (não havia unidades de operações especiais). Mais 50 oficiais e sargentos dos 3.500 mobilizados com o curso de Lamego morreram em combate (a quase totalidade milicianos, neste período o CIOE não formava praças) e aqui estão homenageados em Penude, onde todos os dias a Bandeira Nacional é hasteada e eles são lembrados.

A esta panóplia de cursos ministrados no CTOE os militares das operações especiais frequentam depois em outras unidades do Exército os seguintes cursos: Socorrismo de Combate; Condução; Paraquedismo – Salto de Abertura Automática (actualmente todos os militares da FOE são especializados em pára-quedismo militar, no mínimo com esta qualificação SAA que mantêm em igualdade de condições com as Tropas Pára-quedistas Portuguesas); Saltador Operacional com pára-quedas tipo Asa Automática; Queda Livre Operacional; Sapadores das Armas e Serviços; Transmissões das Armas e Serviços; Defesa NBQ; Operações HUMINT.                        

Na Marinha podem frequentar o Curso de Mergulhador/Nadador de Combate  e na Força Aérea o de Controlador Aéreo Avançado (FAC); ainda em Portugal o de Technical Explotation Operations (TEO), também em Portugal, uma área relativamente nova entre nós que tem a ver com perícias forenses no campo de batalha, detecção de resíduos (droga, explosivos, etc); recolha de elementos biométricos, armazenamento e transferências destes dados, etc.     

No estrangeiro podem frequentar: Special Operations Task Group Operations Planning Course ; Joint Terminal Attack Controller Course; NATO Special Operations Forces Technical Exploitation Operations Coordinator; Special Forces (EUA); Combate a Ameaças Terroristas (EUA); Guerra na Selva (Brasil); Operações Especiais (Espanha).

É aqui em Penude onde hoje forma o Batalhão de Formação e onde permanecerá, que a Força de Operações Especiais vai ter o seu novo quartel, construído de raiz, deixando o actual da Cruz Alta. Também a CCS hoje junto do Comando em Santa Cruz, virá para aqui.

O Código Ranger vai continuar a ser lido em Penude, o Batalhão de Formação vai aqui permanecer, e as infra-estruturas ligadas à formação vão ser melhoradas, como por exemplo a carreira de tiro.

Mais um dia de instrução vai começar. Quando estivemos em Penude havia 42 militares em formação, alguns de Timor-Leste, país que com grande probabilidade irá levantar uma capacidade operações especiais com o apoio de Portugal.

Esta vertente “Formação” da qual aqui apenas damos esta imagem quantitativa tem desde logo aplicação no treino que os exercícios a seguir referidos proporcionam, e mais tarde é na prática das operações reais – ver segunda parte desta reportagem em Lamego – que a qualidade dos operadores das operações especiais portugueses é realmente avaliada.

Para dar uma ideia, durante o ano de 2017 os militares da FOE foram empenhados nos seguintes exercícios: Real Thaw (Lamego e Seia); Serra Branca (Serra da Estrela); Apolo 17 (Tancos e Beja); Leopardo 171 e 172 (Lamego); Cachalote (Ilha Terceira/Açores); Viriato (Lamego); Orion (Beja) e Leopardo 173 (Lamego); Long Precision 17 (Espanha); Lusitano (Ilha Terceira/Açores). Neste 2018 o panorama será semelhante prevendo-se ainda uma deslocação a exercícios na Alemanha, Jordânia e Itália.

Armamento e equipamento

O CTOE tem vindo a receber uma série de armamento e equipamento que já substituiu na Força de Operações Especiais parte importante do que a equipava anteriormente. Em Lamego passou o tempo da HK G-3 7,62mm e da SIG SG 543 5,56mm! E mesmo armas que ali também tiveram o seu tempo como a Franchi SPAS 12mm e as sniper Accuracy L96A1 7,62mm e a Barret M82 12,7mm que serviam por volta do ano 2000, já foram substituídas por armas dos mesmos fabricantes mas mais modernas. Um bom par de anos antes do Plano de Implementação das Forças de Operações Especiais (PIFOE) ser aprovado oficialmente, com base em orçamento da Lei de Programação Militar para a “capacidade operações especiais” , as OE’s começaram a receber, em 2013 as modernas HK-416 5,56mm (a mesma arma que França escolheu e está a distribuir às suas Forças Armadas desde 2017 e as Forças Especiais Holandesas – entre outras – adoptaram este ano). Hoje a panóplia das novas armas Heckler & Koch que está distribuída à FOE é muito significativa: HK 416 5,56mm (várias versões); HK 417 7,62mm; HK G-28 7,62mm; Lança Granadas HK269 40mm. Os snipers da FOE hoje estão equipados com as novas Accuracy International multicalibre (7,62; .308; .338) e as também muito recentes Barret M107A1 .50. No calibre 12 está agora em serviço a FABARM STF 12.

Agora o PIFOE abrange além do armamento, mais 16 áreas! Não vamos ser exaustivos mas não podemos deixar de referir o equipamento para o Joint Terminal Attack Controller (um oficial do CTOE tem formação nesta área ministrada pela Força Aérea Portuguesa e já serviu uns tempos na República Centro Africana integrado na FND, mas esta capacidade ainda não está perfeitamente consolidada), como o Rover 5i; os Sistemas de Comunicações e Sistemas de Informação, alguns nacionais da “família 525 / EID” outros de fabrico estrangeiro como os Harris – RT 1796 e os individuais  PRC 148 JEM da Thales; o equipamento de Vigilância do Campo de Batalha nomeadamente o chamado “kit de reconhecimento” para missões de Reconhecimento Especial e Vigilância; a Mobilidade Táctica com “uma família” de viaturas – o programa ainda não está completo – das quais já estão ao serviço as Polaris Ultraligeira TP 1 (na realidade 2!), Ultraligeira TP 2 com mais capacidade de carga e, para chegar ainda, viaturas de maior capacidade mas, todas, com características Special Operations Vehicle; o equipamento táctico e de protecção da força que já está distribuído em quantidades apreciáveis e inclui fardamento (**), os capacetes tipo Ops-Core, coletes tácticos e placas balísticas, além de vários tipos de mochilas (entre outras as de Assalto – equipamento para 1 noite; Reconhecimento – para 4 a 7 dias; Sniper). Para completar as tais 17 áreas acima mencionadas, estão ainda considerados: Sistemas de Apoio ao Comando e Estado-Maior; Sistemas de Simulação e Treino; Equipamento Sanitário; Viaturas Tácticas (não confundir com Mobilidade Táctica); Equipamento TEO; Equipamento para Operações Anfíbias; Equipamento para Operações em África/Selva; Equipamento para Operações em Montanha; Equipamento para Operações com Meios Aéreos; Equipamento de Sapadores.

Uma das novidades na nova capacidade “Mobilidade Táctica” prevista no Plano de Implementação da FOE, as Polaris TP2, sendo aqui bem visível a sua capacidade de carga.

Estes Special Operations Vehicles (SOV) destinam-se às Equipas TEO, JTAC e Pelotão Sniper (ver organograma Organização acima)

A Polaris TP 1 – na realidade pode transportar 2 militares como na imagem, mas tem bastante menos capacidade de carga que a TP2.

Simulação de uma das utilizações da nova Calibre 12 (FABARM STF) rebentar com fechaduras!

A nova família de espingardas de assalto da Heckler & Koch foi a escolhida para equipar a FOE. Aqui as HK 416 5,56mm, uma delas equipada com o HK269 40mm que também pode ser usado com uma coronha própria sem estar acoplado à espingarda.

Os snipers da FOE têm já longas tradições na unidade e são uma das capacidades mais empregues em missões internacionais (como veremos na segunda parte desta reportagem). Não se vê mas por baixo do “ghillie suit” este usa uma das novas Accuracy International multicalibre o que permite grande versatilidade de emprego. Segundo os seus operadores, esta arma é eficaz contra alvos até aos 900 a 1.100m.

Em cima, posição de dois snipers…a nosso pedido, em baixo, levantaram-se.

Não resistimos à comparação! A última vez que estivemos em reportagem nas OE’s  em Lamego, já lá vão quase 17 anos (o tempo passa!) os snipers usavam a Accuracy International L96A1 em 7,62mm e a Barret M95 em .50 armas excelentes para a época. Agora, além da Accurancy multicalibre anteriormente referida, a FOE usa, à esquerda a HK G-28 7,62mm para distâncias até aos 600 a 800m e a Barret M107A1 até aos…1.600m ou mais!

A pistola 9mm em uso que vimos continua a ser a SigSauer P228.

 

Plano de Implementação, chave do sucesso, exemplo a seguir

O Plano de Implementação das Forças de Operações Especiais, o modo como foi pensado e elaborado ao longo dos anos, a sua aprovação e o apoio político aos factores que dele dependem, e agora a sua criteriosa execução, conduziram as Operações Especiais do Exército ao ponto em que estão. Nem “tudo são rosas em Lamego”, há alguns espinhos como iremos referir nas conclusões a este par de artigos elaborado no CTOE, mas sem a menor dúvida que para bem do Exército, das Forças Armadas e de Portugal, e sem dúvida também para satisfação profissional dos seus quadros e tropas, as Operações Especiais do Exército têm capacidades que as colocam num nível capazes de ser empenhadas em operações reais na sua área de competência ombro a ombro com as suas congéneres dos países aliados.

Clique e veja o filme: Em Lamego com as Operações Especiais do Exército

Leia aqui a segunda parte desta reportagem: EM LAMEGO COM AS OPERAÇÕES ESPECIAIS DO EXÉRCITO (II)

O CTOE não esquece a história das unidades militares que ao longo do tempo fizeram de Lamego a sua casa e cuida desse património histórico e moral, nomeadamente do RI 9. Participou no primeiro conflito mundial, partindo de Portugal em 1917 e regressando a Lamego em 13JUL1919. Em ano de centenário da 1.ª Guerra Mundial, este “Schneider et Canet” 75mm usado pelo Corpo Expedicionário Português em França foi recuperado e recebe quem entra no edifício do Comando do CTOE junto das Armas (heráldicas) da unidade.

 

(*) Substituiu o anterior Quartel-General Conjunto de Operações Especiais / Combine Joint Special Operations Task Force Head Quarters que o governo português decidiu oferecer em 2002 à União Europeia para reforçar a sua componente militar …mas sem o ter. Foi um processo “bem português” com inúmeras dificuldades que foi sendo implementado ao longo dos anos, esteve instalado em Oeiras junto do Comando das Forças Terrestres. Como também é bem típico entre nós, as pessoas envolvidas, muitas das Operações Especiais do Exército, empenharam-se nesta nova capacidade nacional, lutaram por ela. Previsto inicialmente para 2004 só em 2005 um “Núcleo Permanente” para edificar este QG  arrancou e foi sendo dotado com pessoal dos três ramos e algum equipamento de comando e controlo. O QGOE e/ou os seus quadros participaram em vários exercícios nacionais “Lusíada” e em alguns internacionais como o “Stedfast Jaguar” e também em operações como a missão da União Europeia na RD Congo. Em 2009, finalmente, a Lei Orgânica do EMGFA, Decreto-Lei n.º 234/2009 de 15 de Setembro, insere o QGOE na dependência do Comando Operacional Conjunto (COC/EMGFA). Mas em 2014 a nova Lei Orgânica do EMGFA, Decreto-Lei n.º 184/2014 de 29 de Dezembro, acaba com o QGOE e cria a actual Célula de Planeamento de Operações Especiais no Comando Conjunto das Operações Militares em Oeiras (antigo Comando da NATO).

 (**) Aqui as coisas andam devagar e o padrão de camuflado adoptado pelo Exército Português a partir de 1994/96, ainda em uso e previsto no Regulamento de Uniformes (Uniforme n.º 3), convive com vários artigos de um novo apenas distribuído para algumas missões/ocasiões – tipo MultiCam – cujo padrão já é utilizado no equipamento individual, sendo esta uma situação que também se verifica noutras unidades de elite.

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