DIA DA MARINHA EM PENICHE – ACTIVIDADES E VISITAS A NAVIOS
Por Miguel Machado • 18 Mai , 2018 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE PrintO Operacional desta vez apareceu sem avisar! Fomos até Peniche e juntamo-nos aos visitantes que tomavam contacto com as actividades que a Marinha ali mostrava a quem estivesse interessado – e mostra até domingo próximo. Para um dia de semana e numa pequena cidade, a afluência era maior do que seria de esperar. Aqui ficam as nossas impressões e a foto-reportagem!
Os meios que a Marinha colocou em Peniche eram sobretudo unidades navais ligadas às tarefas de segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar, de vigilância e fiscalização. Sendo certo que todas as missões da Marinha lá estavam representadas, nomeadamente nas exposições estáticas – e estamos a falar dos meios para a defesa militar e apoio à política externa e os que contribuem para o desenvolvimento económico, científico e cultural – na realidade os visitantes podiam tomar contactos, mesmo navegar, sobretudo nos Patrulhas, várias embarcações da Autoridade Marítima e nas viaturas anfíbias LARC-5 dos Fuzileiros.
No Cais da Doca Pesca visitamos os NRP João Roby e o NRP Douro. A visita decorreu acompanhada por um graduado da guarnição, apenas nos espaços exteriores e na ponte de comando. Quer num caso quer no outro a oficial e o sargento que “nos calhou” no grupo em que visitamos estes navios foram competentes e esclareceram todas as dúvidas colocadas pelos visitantes. Sem dúvida que criaram boa impressão quer pelo que disseram, sem C. Estavam bem fardados – de uniforme n.º 1 – e receberam as pessoas com simpatia e educação.
Aqui deixamos a descrição e principais características destas unidades navais:
O NRP Douro é o segundo Navio Patrulha Costeiro da classe Tejo. É um patrulha modelar do tipo STANFLEX 300, construído na Dinamarca em 1994 como navio de combate, sendo um dos 14 navios construídos entre 1985 e 1996. Fazia parte de uma esquadra com capacidades polivalentes, dividida por três séries, consoante o tipo de missão principal a que se destinavam.
O NRP DOURO, construído em fibra, foi aumentado ao efectivo dos navios de guerra em 2015, após ter sido alvo de uma exigente revisão nos estaleiros do Arsenal do Alfeite S.A., o NRP Douro recebeu a sua Bandeira Nacional em 07 de Abril de 2017, tendo sido prontamente empenhado no cumprimento de missões de interesse para o pais, quer em águas nacionais quer em águas internacionais. As principais missões do navio são a fiscalização e controlo das águas sob jurisdição Nacional e a Busca e Salvamento Marítimo.
Deslocamento: 345,8t; Comprimento 54m
PROPULSÃO
2 Motores Diesel 2600hp
GUARNIÇÃO
Oficiais: 4; Sargentos: 4; Praças: 16
ARMAMENTO
Estes navios foram adquiridos sem armamento e foram-lhe aplicadas em Portugal uma metralhadora calibre 12,7mm e várias 7,62mm.
Passagem ao estado de armamento normal do NRP Douro: 12 de maio de 2017.
A corveta João Roby foi construída nos estaleiros da Factoria de Cartagena, sendo o segundo navio da classe Baptista de Andrade, que compreendia quatro unidades. Foi entregue à Marinha em 18 de Março de 1975 sendo, actualmente, o único navio desta classe ao serviço da Marinha Portuguesa. Navio escoltador oceânico ligeiro do tipo “corveta” e desempenha, principalmente, missões de interesse público no âmbito da segurança e autoridade do estado no mar.
Foi construído em Espanha nos estaleiros de Cartagena sobre planos de construção inteiramente nacionais.
Os navios do tipo corveta actualmente enquadram-se no tipo de missões de segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar – os navios efectuam missões de busca e salvamento marítimo numa vasta área marítima, patrulha e vigilância no espaço marítimo sob jurisdição nacional, ZEE (Capacidade Oceânica), missões de Busca e Salvamento (SAR – Search and Rescue), protecção e fiscalização da pesca e dos seus recursos, execução de acções de socorro e assistência em situações de calamidade ou acidente, em colaboração com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, participação em exercícios nacionais e internacionais, conjuntos e combinados e missões e exercícios de combate à poluição.
Deslocamento: 1380t; Comprimento: 85m
PROPULSÃO
Velocidade Máxima: 23 nós
GUARNIÇÃO
Oficiais: 7; Sargentos: 14; Praças: 50
ARMAMENTO
1 peça de 100mm Creusot-Loire; 2 peças Boffors de 40mm/70
EQUIPAMENTOS
1 radar de navegação KH5000 Nucleus; 1 radar de navegação Racal Decca RM 316P
Entrada ao serviço: 18-Mar-1975
Junto à Rampa da Estação Salva-Vidas do Instituto dos Socorros a Náufragos e no Cais da Ribeira, o público podiam embarcar nas Viaturas Anfíbias, Lanchas de Fiscalização e Embarcações de alta Velocidade para uns minutos de navegação que em alguns casos incluía mesmo sair do Porto de Peniche. Muita gente interessada e estes meios não tinham descanso!
Nos Bombeiros Voluntários de Peniche a exposição estática de meios de maiores dimensões ao ar-livre e, em espaço coberto, materiais mais sensíveis e fotografias abrangendo toda a actividade da Marinha. Também aqui nestas duas áreas o pessoal da Marinha com quem contactamos foi prestável e estava devidamente ataviado!
Assim, depois em anos anteriores termos visitado em circunstâncias semelhantes actividades do Exército “DIA DO EXÉRCITO 2012”, NO PARQUE D.CARLOS I (CALDAS DA RAINHA) e da Força Aérea 59.º ANIVERSÁRIO DA FORÇA AÉREA EM SINTRA e DIA DE “BASE ABERTA” EM SINTRA, desta vez viemos visitar a Marinha. Uma Marinha que pelo aquilo que nos foi dado ver, apostou em Peniche na sua vertente Segurança e autoridade do estado.
Miguel Machado é
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