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CHIPMUNK, 60 ANOS NO AR

Por • 22 Fev , 2011 • Categoria: 01. NOTÍCIAS Print Print

Acaba de nos chegar às mãos, via revista “Mais Alto”, este interessante documento, um DVD alusivo aos 60 anos do CHIPMUNK em Portugal.

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Trata-se de um trabalho do Centro de Audiovisuais da Força Aérea (CAVFA) em colaboração com a Academia da Força Aérea (AFA), composto por três partes principais: introdução, filme e o “making off”.
Na introdução, em pouco mais de dois minutos, o major-general Serôdio Fernandes, comandante da AFA, apresenta a motivações que levaram a Força Aérea a assinalar este aniversário, dá uma ideia geral do que são os trabalhos desta aeronave na formação dos pilotos da Força Aérea Portuguesa, com excelentes resultados (sem atrição refere, leia-se, sem reprovações), e presta homenagem ao principal narrador do filme, o major-general Queiroz dos Reis.
O filme, com muitas imagens de arquivo e actuais, percorre durante 37 minutos como nasceu e se desenvolveu o projecto Chipmunk logo após a 2.ª Guerra Mundial, a sua chegada a Portugal quer das primeiras dez unidades fabricadas no Reino Unido, quer a mais de 50 que posteriormente as Oficinas Gerais de Material Aeronáutico fabricaram em Alverca e toda a sua vida operacional entre 1951 os dias de hoje.
O filme, muito bem filmado e montado, tem o narrador principal já referido e engloba várias entrevistas com utilizadores da aeronave ao longo dos anos. O coronel Manuel Duarte, tenente-coronel Bernardo Lima Oliveira, o sargento-ajudante Paulo Moreira, o comandante Júlio Guerra, os aspirantes Rui Andrade e Tiago Alves, dão as suas opiniões sobre a máquina nos seus diferentes aspectos, da segurança à simplicidade dos equipamentos, do motor às características da fuselagem, do prazer de voar aos casos insólitos. Estes últimos vão de aterragens forçadas a contacto com OVNI’s, passando por testes arriscados para armar o avião na perspectiva do seu emprego na Guerra do Ultramar, nas 2ª e 3ª Regiões Aéreas, Angola e Moçambique, respectivamente.

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Imagens e história da passagem do Chipmunk por Sintra, Ota e S. Jacinto, são muito agradáveis dever e os protagonistas encarregam-se de nos fornecer elementos interessantes sobre o que era nas décadas de 60 e 70 o esforço da Força Aérea na formação de pilotos destinados à Guerra em África. Dos números citados, retivemos dois, a formação anual de 210 a 240 pilotos (por volta de 1970) e um pouco antes, em 1963, as 490 horas de voo e 1.570 aterragens mensais que as 39 aeronaves deste tipo faziam na Base Aérea 7 em S. Jacinto, com uma taxa de prontidão entre os 8% e os 95%.
Os aviões que foram chegando à FAP como o T-37-C e muito depois o Epsilon, e as suas implicações na instrução de voo organização desta componente da FAp também não são esquecidas, assim como a desactivação da frota em 1989 (e a oferta de 20 Chipmunks a aeroclubes), e a sua reactivação com novos motores em 1997.
O filme é muito mais do que esta simples súmula, tem muita informação interessante, belas imagens e musica, vê-se bem e recomenda-se!
O texto principal de suporte ao filme pode ser lido na revista “Mais Alto (Jan/Fev2011), no artigo “60 anos, Chipmunk ao serviço da Aeronáutica Militar Portuguesa” do tenente Pedro Ventura e fotos do Serviço de Documentação da Força Aérea/Arquivo Histórico.

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