BRIGADA DE REAÇÃO RÁPIDA ASSINALA ANIVERSÁRIO EM TOMAR
Por Miguel Machado • 7 Out , 2018 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE PrintEm 29SET2018 o 13.º aniversário da Brigada de Reação Rápida realizou-se em Tomar, cidade que acolhe o Regimento de Infantaria n.º 15, e ficou marcado pelo acto formal da entrega do Estandarte Nacional que acompanhou a 3.ª FND (Conjunta) MINUSCA e a divulgação pública do inédito “louvor” que a Assembleia da República havia aprovado no dia anterior, precisamente destinado a enaltecer os militares portugueses que actuaram e actuam ao serviço das Nações Unidas e da União Europeia na República Centro Africana.
A Brigada de Reação Rápida do Exército (BrigRR) assinalou o seu aniversário na cidade de Tomar, com diversas actividades destinadas à população em 28 de Setembro e terminou com a cerimónia militar no Estádio Municipal a 29 de Setembro, o seu dia festivo, Dia de São Miguel Arcanjo.
Presidido pelo Chefe do Estado-Maior do Exército o evento contou também este ano a presença do Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República, o qual usou mesmo da palavra perante as forças em parada, sobretudo para se referir ao comportamento dos militares portugueses na RCA mas também a aspectos da actualidade militar nacional.
Tratou-se de uma cerimónia militar apenas com forças apeadas, em que estiveram representadas as diferentes unidades da BrigRR com efectivos reduzidos, tanto mais que neste momento forças suas estão destacadas na RCA (2.º Batalhão de Infantaria Paraquedista do Regimento de Infantaria n.º 10) e no Afeganistão (Special Operations Task Group do Centro de Tropas de Operações Especiais).
As Forças em Parada sob o comando do Coronel Tirocinado de Artilharia, Dias Henriques, 2.º Comandante da BrigRR, estiveram assim constituídas:
– Estandarte Nacional, Escolta e Fanfarra;
– Banda do Exército;
– Estandarte Heráldico da BrigRR
– Bloco de Estandartes Heráldicos das unidades pertencentes à BrigRR: Regimento de Infantaria n.º 1; Regimento de Infantaria n.º 10; Regimento de Infantaria n.º 15; Regimento de Comandos; Regimento de Paraquedistas; Centro de Tropas de Operações Especiais; Regimento de Artilharia n.º 4; Regimento de Cavalaria n.º 3.
– Unidade de Escalão Companhia constituída por: Pelotão da Companhia de Engenharia de Combate Ligeira do Regimento de Engenharia n.º 1; Pelotão da Bateria de Artilharia Anti-Aérea do Regimento de Artilharia Anti-Aérea n.º 1; Pelotão do Batalhão Operacional Aeroterrestre do Regimento de Paraquedistas.
– 3.ª Força Nacional Destacada Conjunta/MINUSCA, a qual de Março a Agosto de 2018 constituiu-se como Força de Reação Rápida da Missão das Nações Unidas na República Centro Africana.
– 2.ª Força Nacional Destacada da Branch School Advisory Team que irá actuar no Afeganistão em final de 2018 numa missão de treino às Forças Armadas Afegãs.
– Esquadrão de Reconhecimento do Very High Readiness Joint Task Force/NATO Response Force que actualmente se encontra na fase de “stand-by” até 31DEC2018.
– Special Operations Task Group da Força de Operações Especiais.
– Grupo de Artilharia de Campanha.
– Batalhão de Comandos, a partir do qual em Fevereiro de 2018 se constituirá a 5.ª Força Nacional Destacada Conjunta / MINUSCA.
Depois da apresentação das Forças em Parada ao Chefe do Estado-Maior do Exército, General Rovisco Duarte, teve lugar o momento mais solene da cerimónia, a homenagem aos mortos com o respectivo cerimonial e a chamada simbólica de três militares que morreram ao serviço da Pátria na Guerra do Ultramar:
Capitão Comando, Horácio Valente – Moçambique, 1968;
Segundo-Sargento Paraquedista, António Fróis Ribeiro – Angola, 1962;
Primeiro-Cabo Miliciano de Operações Especiais, Victor Manuel Almeida – Moçambique, 1974.
Seguiram-se os discursos do Comandante da Brigada de Reação Rápida, Brigadeiro-General Coelho Rebelo e do Chefe do Estado-Maior do Exército, General Rovisco Duarte.
Destacamos do que foi dito pelo Brigadeiro-General Coelho Rebelo:
(…)
A Brigada de Reação Rápida, Grande Unidade de carácter eminentemente expedicionário, é detentora de um desenho organizacional ímpar no Exército Português, congregando no seu seio a elite dos Combatentes, consubstanciada nos efetivos das Forças de Comandos, de Operações Especiais, de Para-quedistas e de Reconhecimento, não esquecendo o apoio de fogos através do Grupo de Artilharia de Campanha, unidade pioneira no emprego do sistema AFATDS (Advanced Field Artillery Tactical Data System).
Adicionalmente, e com sede em outras Unidades do Sistema de Forças Nacional, a Brigada pode contar com os restantes apoios de combate, nomeadamente, em Engenharia, por uma Companhia de Engenharia sedeada no Regimento de Engenharia Nº1 e em Defesa Antiaérea, por uma Bateria de Artilharia Anti-Aérea do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Nº1.
A Brigada de Reação Rápida conta ainda com um Batalhão Operacional Aeroterrestre do Regimento de Para-quedistas que proporciona apoio em Equipamento e Abastecimento Aéreo, valências em que se constitui como a única entidade acreditada em Portugal para a configuração de cargas aero-lançáveis.
Todo este acervo operacional de excelência busca a sua sustentação no Comando Completo que exerço sobre as oito Unidades de Escalão Regimental, da Estrutura Fixa do Exército, dispersas de Norte a Sul do País desde Lamego até Tavira.
(…)
a Brigada de Reação Rápida incluir na sua estrutura orgânica três Polos de Formação, designadamente o Regimento de Para-quedistas, o Centro de Tropas de Operações Especiais e o Regimento de Comandos, onde são ministrados os cursos fundamentais para a preparação das respetivas forças, tropas de elite cuja criação remonta a um período da história em que se procedeu à preparação e adaptação das Forças Armadas para um conflito de contrainsurreição que se antecipava no então Ultramar Português.
Ontem, como hoje, tal medida revelou-se acertada, e, se então o curso da guerra se encarregou de o demonstrar, hoje, salvaguardando as diferenças do enquadramento politico da conflitualidade e o grau de tecnologia associados, existe um fio condutor entre os conflitos de outrora e os atuais, que validam a necessidade de dispor de Tropas Especiais altamente treinadas e tecnologicamente equipadas para o emprego nos cenários que se nos deparam, sem dogmas nem lugar para disputas de espaços ou de especialidades, mas sim com o conceito de complementaridade sempre em mente, onde cada um tem o seu espaço próprio por força das suas competências, traduzidas em capacidades, que poderão ser agregadas, articuladas e projetadas em função das missões atribuídas.
(…)
Assim, ao nível do Treino Operacional, e no arco de um ano, a Brigada de Reação Rápida exerceu o seu esforço na obtenção de capacidades numa série de Exercícios, na sua quase totalidade em ambiente Conjunto e em elevada percentagem em ambiente Combinado, que formaram um ciclo de treino operacional que passo a referir em balanço retrospetivo e sucinto:
(…)
No âmbito da Brigada, no Exercício ORION.
No quadro da Força de Reação Imediata (FRI) exercitou a sua Componente Terrestre, no Exercício LUSITANO.
A Brigada desempenhou ainda um papel significativo com a sua participação nos Exercícios REAL THAW 18 da Força Aérea Portuguesa e HOT BLADE 18 da Agência Europeia de Defesa, realizado em Portugal e coordenado pela Força Aérea Portuguesa, onde, no seguimento de uma linha de cooperação mútua já muito consolidada com este Ramo das Forças Armadas, levou a cabo missões táticas de âmbito terrestre e aeroterrestre, com o objetivo principal de, além de conduzir parte do seu treino operacional, materializar o apoio do Exército à plena satisfação dos objetivos desses exercícios.
No âmbito internacional, a Brigada participou, de entre outros, nos seguintes Exercícios:
ARRCADE FUSION 17 destinado a exercitar o Estado-maior da Brigada, no âmbito da afiliação ao Allied Rapid Reaction Corps (ARRC) da NATO;
ARRCADE LIONHEARTH e ARRCADE DRAGON destinado aos “Key Leaders” do QG do ARRC, bem como de Unidades subordinadas e afiliadas;
SWIFT RESPONSE 18, SABER STRIKE 18 e LONE PARATROPPER 18, onde as capacidades das Forças de Para-quedistas são postas à prova;
e o GUERRIERS DE LA MEDITERRANÉE 18 destinado a testar as capacidades dos Operadores da Força de Operações Especiais.
No quadro dos compromissos internacionais com a NATO e da União Europeia, cumpriu-se o aprontamento da NATO Response Force 18 (NRF 18), missão cometida ao Esquadrão de Reconhecimento do Regimento de Cavalaria 3, concomitantemente com o aprontamento de uma Equipa HUMINT – ambas do Agrupamento – ISTAR, encontrando-se simultaneamente num período de “Stand-by”.
No âmbito dos Aprontamentos das Forças Nacionais Destacadas para o Teatro de Operações da República Centro Africana, foi efetuado o aprontamento e projeção das 2ª, 3ª e 4ª FND (conjunta) MINUSCA, missão cometida, respetivamente, ao Batalhão de Comandos, 1º e 2º Batalhões de Infantaria Paraquedista que neste complexo e difícil Teatro de Operações tanto fizeram jus ao lema da Brigada de Reação Rápida: “Se fizeram por Armas tão Subidos”.
Na prossecução dos esforços da consolidação da paz no Afeganistão, no âmbito da Resolute Support Mission da NATO, a Brigada contribuiu com operadores da Força de Operações Especiais para a constituição do Módulo de Segurança “Guardian Angels” da 1ª Branch School Advisory Team (BSAT), encontrando-se neste momento a aprontar a 2ª BSAT com centro de gravidade no nosso Regimento de Artilharia Nº4.
(…)
Os tempos que atravessámos e que se avizinham não se auguram fáceis.
É por demais conhecida a situação difícil que o País atravessa, e a Sociedade Castrense não ficará imune aos sacrifícios exigidos ao País, mas tal facto não configurará qualquer tipo de cedência.
A exiguidade de orçamento, com claros reflexos nos recursos postos diariamente à nossa disposição, é um facto. No entanto, tal não poderá constituir em tempo algum um óbice a que a Brigada de Reação Rápida deixe de cumprir a sua missão. A equação é complexa e exigirá de todos nós uma parcimoniosa e criteriosa gestão de recursos financeiros.
Contudo, manter-nos-emos profundamente empenhados na prossecução de projetos estruturantes que reputo de fundamentais para a manutenção dos nossos níveis de operacionalidade, como o Projeto Sistema de Combate do Soldado, e a aquisição das Viaturas Táticas Ligeiras Blindadas (VTLB 4×4) que irá contribuir para uma significativa melhoria da mobilidade tática terrestre e de proteção da força, imprescindível à diferente tipologia de cenários e missões operacionais atribuídas ao Exército, em particular às Forças Nacionais Destacadas.
As viaturas serão para equipar as unidades de escalão Batalhão de Paraquedistas e Comandos, três equipas Special Operations Task Unit (SOTU) das forças de Operações Especiais e o Módulo de Emergência Médica e Evacuação do Agrupamento Sanitário. Esta capacidade será implementada em 2019/20.
Ao nível das infraestruturas e em termos de necessidades, relevo apenas como mais importantes, a necessidade de investimento e manutenção no equipamento e nas infraestruturas aeroterrestres, fundamentais para a manutenção da capacidade e destaco, no âmbito da segurança, o forte investimento efetuado no que respeita aos sistemas supletivos de videovigilância e o salto qualitativo e indicador de modernidade ao nível das infraestruturas que foi e está a ser efetuado no Centro de Tropas de Operações Especiais (…)
Seguiu-se a alocução do Chefe do EStado-Maior do Exército, General Rovisco Duarte, da qual destacamos:
(…)
Assinalamos hoje, com esta cerimónia militar, o décimo terceiro aniversário da Brigada de Reação Rápida. Sendo uma efeméride já de si relevante, hoje adquire maior significado em resultado da receção do Estandarte Nacional da 3ª Força Nacional Destacada, regressada recentemente do Teatro de Operações da República Centro-Africana.
A participação de forma brilhante de Unidades da Brigada de Reação Rápida, neste caso de Comandos e de Paraquedistas, naquele Teatro de Operações, caracterizado por elevadas exigências no âmbito da sustentação logística, risco e intensa atividade operacional, evidencia bem a qualidade da preparação dos militares da brigada.
A capacidade de gerar e aprontar forças certificadas, em conformidade com os mais elevados padrões internacionais, tem sido e continuará a ser, uma marca do Exército, como referi, há cerca de 7 meses, na cerimónia de entrega do Estandarte Nacional. As provas e os testes realizados à Força, aos diversos níveis, deram-nos a garantia da sua robustez físico psíquica, situação que se veio a confirmar e que nos dá a garantia de estarmos no bom caminho.
(…)
Efetivamente, a 3ª Força Nacional Destacada Conjunta, com militares do Exército e da Força Aérea, mereceram o reconhecimento das mais diversas entidades, estrangeiras e nacionais das quais destaco o voto de congratulação atribuído pela Assembleia da Republica.
É neste contexto que temos perante nós os militares da 3ª Força Nacional Destacada Conjunta, que faz aqui hoje a entrega do seu Estandarte Nacional ao Comandante da Brigada de Reação Rápida.
Nesta ocasião, não posso deixar de endereçar uma palavra de conforto muito especial e de forma sentida às vossas famílias, pelo inquestionável apoio de retaguarda que souberam prestar, comungando assim de um espírito solidário que a missão exigiu, que a condição de militar a todos impõe, e com o qual a família militar tem necessariamente de conviver.
Faz sentido referir, nesta ocasião e em Tomar, que há cerca de 100 anos o 1º Batalhão do Regimento de Infantaria 15, com 1090 homens, partiu para a Flandres para combater na I Guerra Mundial. As dificuldades sentidas à época, bem evidenciadas no livro “Infantaria 15 de Tomar na Flandres,” recentemente editado pelo Regimento, mostram bem que o espírito de sacrifício do Soldado português tem estado sempre presente.
A realidade e as condições atuais são naturalmente diferentes, mas os sentimentos e as emoções sentidas pelos soldados no Teatro de Operações são semelhantes, exigindo bravura e sacrifícios excecionais.
(…)
A formação militar e o treino exigente, alicerçados num forte espírito de corpo, são uma caraterística de todas as forças destacadas para os diversos Teatros de Operações, e por isso, os resultados obtidos comprovam a credibilidade do sistema de formação e aprontamento do Exército.
Tal evidência tem levado o decisor político a reconhecer o padrão de atuação nacional, consubstanciado pela afirmação individual e coletiva das competências militares e dos valores de cada um na defesa dos direitos humanos.
Ciente desta realidade, presto a todos a minha homenagem estendendo-a aos que neste momento, de forma generosa e abnegada, servem fora do território nacional nos mais diversos países ou teatros de operações.
(…)
relevo o trabalho que a Brigada de Reação Rápida tem realizado no âmbito da formação, melhorando processos e consolidando referenciais de curso, trabalho executado em coordenação com a Direção de Formação e a Escola das Armas, que está em permanente atualização e que vos desafio a manter, para que seja garantida a necessária e permanente adaptação dos cursos.
Na prossecução da obtenção de recursos humanos qualificados, motivados e competentes estou convicto, como referi recentemente, que as medidas constantes do Regime de Contrato Especial e a alteração do Regulamento de Incentivos, aliada a uma melhoria continua das condições das infraestruturas destinadas às Praças, irão contribuir significativamente para promover o recrutamento e a retenção dos militares nas fileiras.
No âmbito das infraestruturas quero relevar, no que a esta Brigada diz respeito, a elaboração do Plano Diretor para o Aquartelamento de Tavira, num esforço integrado de utilização das infra-estruturas existentes no Algarve, à semelhança do que está a acontecer com a execução do Plano Diretor de Lamego.
Na área da segurança, saliento o enorme investimento que tem sido realizado nas medidas para a consolidação da segurança Militar no Exército, investimento efetuado em praticamente todas as Unidades, que nos dá a tranquilidade de tudo termos feito no âmbito da segurança dos materiais, dos paióis e paiolins.
(…)
Manifesto o meu apreço pelo trabalho desenvolvido pelo Estado-Maior do Exército o qual tem traçado um plano de modernidade, conforme orientações superiores, a par do esforço colocado na continuidade da execução dos projetos já iniciados, nomeadamente do Sistema de Combate do Soldado, do Armamento Ligeiro, do Sistema de Informações e Comunicações Tático, entre outros.
Neste contexto, saliento, a recente assinatura dos contratos de fornecimento relativos aos programas das Viaturas Táticas Ligeiras Blindadas 4×4 e dos Sistemas Aéreos não Tripulados que começarão a ser rececionados a curto prazo.
(…)
Seguiu-se se a cerimónia de imposição de condecorações a militares e civis da BrigRR tendo recebido as respectivas insígnias os:
MEDALHA DE SERVIÇOS DISTINTOS, GRAU PRATA:
COR MANUEL PAULO DA COSTA SANTOS
TCOR JOÃO ANTÓNIO PALMINHA RODRIGUES HENRIQUES
MEDALHA DE MÉRITO MILITAR, 2ª CLASSE
TCOR PAULO JORGE DO NASCIMENTO FERNANDES
TCOR ARMÉNIO FIGUEIREDO DOS SANTOS
MEDALHA DE MÉRITO MILITAR, 4ª CLASSE
SAJ RUI HÉLIO MOREIRA CORDEIRO DE FIGUEIREDO
SAJ ROSA MARIA OLIVEIRA DA SILVA
SAJ CLÁUDIA DOS SANTOS HEITOR LOPES
1SARG ALEXANDRE JOSÉ CRISPIM PAIXÃO CONDE
MEDALHA DE D. AFONSO HENRIQUES, MÉRITO DO EXÉRCITO, 1ª CLASSE:
COR JOÃO MANUEL DA COSTA LOPES
MEDALHA DE D. AFONSO HENRIQUES, MÉRITO DO EXÉRCITO, 3ª CLASSE:
TEN JORGE DAVID MONTEIRO LEITÃO
MEDALHA DE D. AFONSO HENRIQUES, MÉRITO DO EXÉRCITO, 4ª CLASSE:
SAJ PAULA CRISTINA SIMÕES VIEGAS
1SARG CARLOS MANUEL DIAS FREIRE
CbAdj EURICO JORGE LOPES DOS SANTOS
ASSISTENTE OPERACIONAL JOÃO JOSÉ DE SOUSA MONTEIRO (A TÍTULO PÓSTUMO), recebeu a viúva, Exmª Srª D. MARIA PAULA VICENTE DOS SANTOS DE SOUSA MONTEIRO.
De seguida foi lido o “Voto de congratulação aos militares portugueses na República Centro Africana” aprovado por maioria no plenário de 28SET2018. Tratou-se de uma iniciativa do Partido Social Democrata e do Centro Democrático Social – Partido Popular, votada favoravelmente pelo Partido Socialista e pelo Pessoas Animais Natureza, que recebeu os votos contra do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda e a abstenção do Partido Ecologista “Os Verdes”.
Leia aqui na íntegra: ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA APROVA “VOTO DE CONGRATULAÇÃO AOS MILITARES PORTUGUESES NA RCA”
De modo inédito numa cerimónia militar, usou seguidamente da palavra perante as Forças em Parada o Presidente da Comissão de Defesa da Assembleia da República, Marco António Costa. Na linha do referido no “voto de congratulação” teceu elogios à 3.ª FND e à missão portuguesa na EUTM que tinha visitado na RCA, referiu-se mesmo a algumas das reuniões que manteve nessa ocasião com responsáveis da ONU, EU e da RCA e não deixou de se referir à actual situação militar em Portugal. Afirmou que “Num tempo em que a instituição militar, por episódios bastante circunscritos, tem sido muitas das vezes notícia – naturalmente, porque tudo o que acontece com importância na segurança nacional tem que ser atendido, verificado, investigado e, acima de tudo, tomadas medidas para que, no futuro, não se volte a repetir – é bom que se saiba esta dimensão de respeito e de serviço internacional que a nossa instituição militar presta“. Deixou ainda dito que no seu entender é “um dever da classe política estar ao lado das instituições do Estado, particularmente nos momentos que se possam adivinhar mais difíceis”.
Seguiu-se a cerimónia de entrega pelo Tenente-Coronel João Bernardino do Estandarte Nacional do 1.º Batalhão de Infantaria Paraquedista que acompanhou a 3.ª FND na RCA, ao Brigadeiro-General Coelho Rebelo, comandante da Brigada de Reação Rápida, encerrando-se assim formalmente esta missão.
As Forças em Parada desfilaram em continência perante o General CEME, após o que teve lugar uma actuação da Banda do Exército, seguindo-se sequencialmente três demonstrações:
DEMONSTRAÇÃO DA FORÇA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS, com a execução de um treino com os procedimentos tácticos para executar uma “High Risk Arrest” (o aprisionamento de “terrorista”), acção que incluía a trabalhar integrados na Força de Operações especiais dois binómios caninos do Regimento de Paraquedistas;
DEMONSTRAÇÃO DA FORÇA DE COMANDOS, onde elementos da 2.ª Companhia de Comandos simularam uma intervenção para apoiar uma força das Nações Unidas que se viu confrontada com um ataque de grupos armados, procedendo à sua extracção bem assim como de populares indefesos de uma zona de conflito;
DEMONSTRAÇÃO AEROTERRESTRE, primeiro pelo Batalhão Operacional Aeroterrestre do Regimento de Paraquedistas a partir de um C-295M da Esquadra 501 da Força Aérea Portuguesa, com a realização de um salto de SOGA (Saltadores Operacionais a Grande Altitude) dos Destacamentos Alfa e Charlie da Companhia de Precursores, armados e equipados para combate; depois a equipa de queda-livre “Falcões Negros” realizaram um salto de demonstração de “voo de formação” com quatro militares, seguindo-se um salto com as bandeiras de Tomar, da BrigRR, do Exército e a Bandeira Nacional.
Terminadas as demonstrações estava ainda patente um exposição estática de diverso material, armamento e equipamento que está em uso na BrigRR.
Leia aqui no Operacional artigos referentes a algumas das anteriores cerimónias de aniversário da Brigada de Reação Rápida:
12.º ANIVERSÁRIO DA BRIGADA DE REAÇÃO RÁPIDA
11.º ANIVERSÁRIO DA BRIGADA DE REAÇÃO RÁPIDA
10.º ANIVERSÁRIO DA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA
TEMPO DE BALANÇO NO 9.º ANIVERSÁRIO DA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA
DESFILE MOTORIZADO DO 9.º ANIVERSÁRIO DA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA
BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA COMEMORA 6.º ANIVERSÁRIO
5º ANIVERSÁRIO DA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA
Miguel Machado é
Email deste autor | Todos os posts de Miguel Machado