AZIMUTE
Por Miguel Machado • 3 Fev , 2012 • Categoria: 08. JÁ LEMOS E... PrintA Revista Militar de Infantaria, da Escola Prática de Infantaria, é mais um exemplo de uma boa publicação que uma unidade militar edita e que permite aos leitores interessados tomar conhecimento com matérias raramente disponíveis fora do meio militar.
O “Azimute” tem um percurso longo e como sempre acontece com estas publicações feitas com a “prata da casa” com alguns altos e baixos. Parece-nos que nos últimos anos está a atravessar uma fase boa!
Na realidade o “Azimute” nasceu em 1964, já lá vão quase 50 anos, e sofreu algumas vicissitudes pelo caminho, passando-se mesmo alguns anos sem ser publicado mas sempre recuperando e adaptando-se aos tempos em que ía vivendo. Nesta pequena apresentação não se pretende naturalmente fazer a história da revista, apenas mostrar aos nossos leitores aquilo que o Azimute é hoje, e em concreto o seu último número, a edição n.º 192, de Dezembro de 2011.
Estamos perante uma revista com boa qualidade gráfica, com 104 páginas, quase 30 artigos, com especial atenção aos temas que designam por “Técnicos”. Este é realmente a nosso ver o ponto forte do Azimute, o qual integra também vários outros como os “obrigatórios” num órgão desta natureza, como referências a dias festivos, discursos, e noticias dos eventos mais significativos do período que abrange (esta de Agosto a Dezembro de 2011).
Sobretudo os temas técnicos (e talvez também o “Tema” – o desafio da qualidade e a reforma dos processos de trabalho), são aquilo que muito dificilmente um leitor interessado encontra (em língua portuguesa) sem ser neste tipo de revista e não há muitas assim. Claro que alguns destes assuntos são muito técnicos mesmo e também só interessam a quem está no meio – e para este “público-alvo” se destinam – podendo a um leitor interessado mas menos informado, ser “demasiado” detalhado.
Este número, ao contrário de muitos outros anteriores, não tem uma “componente histórica” em termos de artigos mas de algum modo a capa faz esse apelo às raízes da Infantaria, bem assim como os textos de alguns discursos transcritos. Poder-se-á dizer ainda que de um modo geral os artigos privilegiam o texto e os gráficos explicativos e não há grande preocupação com a fotografia – embora seja profusamente ilustrada e toda a cores – Entre outros aspectos interessantes, inclui artigos de pessoas ligadas à universidade, não em termos históricos, doutrinários ou filosóficos, como costuma ser hábito, mas em temas relativos aos materiais, a novos materiais que interessam à infantaria.
O “Azimute” é assim uma revista que cumpre bem a sua finalidade, chegar aos infantes no activo com artigos que lhes interessem.
Miguel Machado é
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