Acaba de chegar ao nosso conhecimento uma interessante publicação do Instituto da Defesa Nacional, destinada aos professores do nosso sistema de ensino no âmbito do Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz para a Educação Pré-Escolar, o Ensino Básico e o Ensino Secundário (RESDP).

Aproxima-se o Natal, especialmente sentido pelos que estão nas missões exteriores, em diversos teatros de operações e seus familiares em Portugal, e mais uma vez com base na informação pública emitida pelo “Estado Mayor de la Defensa” do Reino de Espanha, divulgamos algumas das actividades que os nossos militares desenvolvem em Beshmaya/Iraque. O Operacional aproveita para endereçar a todos os militares, polícias e restantes servidores da causa pública que se encontram em missão fora do território nacional, ao serviço da política externa de Portugal, um forte abraço de solidariedade, extensivo às famílias, e desejos de um bom regresso à Pátria no fim das respectivas missões.

Hoje, mais uma dura experiência de guerra, o primeiro inimigo abatido em combate. Chegamos ao sétimo artigo desta série. Vivências reais de alguém que sentiu necessidade de os contar. São textos curtos que do nosso ponto de vista constituem um grande contributo para se entender muito sobre a guerra, todas as guerras e esta no antigo Ultramar Português em concreto. Quem os escreveu apenas quer ser descrito como “um Primeiro-Cabo Pára-quedista“, e porque o conhecemos há muitos anos, respeitamos isso e aceitamos a publicação, que aliás insistimos para dar a conhecer nestas páginas do Operacional. Os factos foram passados em Angola, com militares do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas n.º 21, nos anos 70 do século XX.

Estamos perante um livro muito interessante, mais do que o título pode deixar antever, porque na realidade o episódio, sem dúvida marcante, foi aproveitado pelos autores para ir mais além, colocam-nos num dos tempos mais conturbados do século XX português.

… Seria Maio do ano de 1970 e eu estava no segundo mês da minha comissão militar em Angola.

Para que não existissem quebras de segurança, nunca sabíamos onde íamos atuar. A coluna foi formada por viaturas Unimog 404. Uma para cada secção, armada e equipada para o combate. Como não nos dirigimos para a Base Aérea nº 9, ficámos a saber que não seriamos colocados na zona de ação por meio aéreo.

Há coisas que devem fazer pensar os nossos decisores políticos sobre o ponto de penúria a que as Forças Armadas podem chegar, e as implicações directas que isso tem na eficácia e segurança dos militares que são empenhados em missões.

O Governo saído das eleições legislativas de 4 de Outubro de 2015 tomou posse no passado dia 26 de Novembro e acaba de divulgar o seu Programa de Governo. Como fizemos em alturas anteriores transcrevemos aqui a parte respeitante à Defesa e Segurança.

.. Quando ouvimos os dois tiros ao longe, na nossa retaguarda, ficamos a saber, que os vestígios da nossa passagem na queimada tinham sido detectados pela sentinela móvel.

Terminado o exercício “Trident Juncture 2015” (TJ 15), deixamos aos nossos leitores algumas curtas reflexões que nos parecem pertinentes e publicamos uma foto-reportagem executada na demonstração final que teve lugar em Portugal. O que fica afinal deste exercício que ocupou espaço considerável na imprensa e entrou em força nas redes sociais?

… Instintivamente levei a arma à cara, preparava-me para disparar, quando não sei porquê, reflecti e não premi o gatilho. Vi então, que o vulto era uma mulher com uma criança ao colo. Dei o alerta e alguém foi buscar a mulher. Caí de joelhos. Ainda bem que não disparei. Não sei se iria superar.