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“ARES 14”, EXÉRCITO E FORÇA AÉREA TREINAM EVACUAÇÃO DE CIDADÃOS PORTUGUESES

Por • 10 Out , 2014 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE Print Print

A generalidade das operações militares da actualidade, um pouco por todo o mundo, envolvem componentes de mais do que um ramo das forças armadas, por vezes mesmo de todos – e de várias nacionalidades – operando sistemas de armas cada vez mais sofisticados, exigindo-se um elevado grau de conhecimento mútuo e interoperabilidade dos meios para que tudo funcione coordenado e se obtenham resultados.

A  capacidade de reacção imediata das Forças Armadas Portuguesas, assenta sobretudo na "dupla", aeronaves de transporte táctico da Força Aérea e tropas pára-quedistas do Exército.

A capacidade de reacção imediata das Forças Armadas Portuguesas assenta sobretudo na “dupla”, aeronaves de transporte táctico da Força Aérea e tropas pára-quedistas do Exército.

Trabalho conjunto

Sendo certo que as Forças Armadas Portuguesas têm grande experiência em operações multinacionais que se podem considerar “de rotina”, isto não as desvaloriza, muitas são exigentes e perigosas, mas há tempo para preparar a força em território nacional, treinar, recolher os últimos ensinamentos da força anterior e rever procedimentos, finalmente partir, com data e hora marcada. Estão neste caso, no momento presente, um Destacamento F-16 na Lituânia e um Destacamento C-130, no Mali, ambos da Força Aérea e este último incluindo um Destacamento Avançado de Abastecimento Aéreo das Tropas Pára-quedistas do Exército; uma unidade do Exército no Kosovo (o 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista) onde constitui parte de um batalhão multinacional com forças da Hungria; um contingente com pessoal dos três ramos no Afeganistão; militares isolados em outras missões internacionais, tudo num total de 372 militares.

Situações inopinadas podem no entanto surgir, e isso já aconteceu – basta recorda as operações de contingência para evacuar cidadãos portugueses e de outras nacionalidades da Guiné-Bissau – aquelas que exigem uma resposta imediata, que pode ter que ser exclusivamente nacional se apenas os nossos compatriotas e interesses estiverem em causa. Mais do que certo, nesta eventualidade, a necessidade de envolver unidades de vários ramos e até mesmo efectivos especializados das forças e serviços de segurança. Nestes casos, onde se exige reacção imediata da força militar a uma ordem do poder político, só há uma maneira de haver grande possibilidade de as coisas correrem bem: haver armamento e equipamento disponível em permanência e ter havido treino em condições tão próximas quanto possível da realidade. As pessoas têm que se conhecer, ter trabalhado juntos no terreno, ter sentido as dificuldades e limitações do material à sua disposição e fazer com que nada disto se torne impeditivo do cumprimento da missão. As lições retiradas destes exercícios devem ser debatidas e transmitidas superiormente pelo canal de comando. Quem decide ao mais alto nível tem obrigação de saber as capacidades de que o país dispõe, quais as missões que pode cumprir com elevada probabilidade de sucesso, e o que se deve fazer para colmatar as lacunas que vão sendo identificadas.

Mesmo pára-quedistas experientes, enquadrados em unidades operacionais, antes de mais um exercício recebem um "refrescamento" de procedimentos e são lembradas as regras de segurança.

Mesmo pára-quedistas experientes enquadrados em unidades operacionais, antes do exercício recebem um “refrescamento” de procedimentos e são lembradas as regras de segurança. Todos os militares que vão saltar assistem.

Os militares do 2BIPara saltaram com todo o armamento e equipamento orgânico, e rações para 3 dias.

Os militares do 2BIPara saltaram com todo o armamento e equipamento orgânico e rações para 3 dias. Em primeiro plano um atirador de metralhadora ligeira.

Embarque no C-295M de mais uma vaga do 2BIPara que vai saltar em Alter do Chão.

Embarque no C-295M de mais uma vaga do 2BIPara que vai saltar em Alter do Chão.

Um elemento do TACP da Força Aérea, não-pára-quedista, foi inserido, com todo o seu equipamento e armamento, através de salto "tandem" efectuado por militar do Batalhão Operacional Aeroterrestre.

Um elemento do TACP da Força Aérea, não-pára-quedista, foi inserido, com todo o seu equipamento e armamento, através de salto “tandem” efectuado por militar do Batalhão Operacional Aeroterrestre.

Precursores do Batalhão Operacional Aeroterrestre, foram inseridos através de salto de abertura manual.

Precursores do Batalhão Operacional Aeroterrestre, todos pára-quedistas altamente especializados nas diferentes técnicas do pára-quedismo militar e de operações em terra muito especificas, foram inseridos através de salto de abertura manual.

Diz-se no curso de pára-quedismo militar que..."a saída é a fase mais emocionante do salto". Na realidade é ali, à porta do avião que, oficiais, sargentos e praças pára-quedistas, com pára-quedas igual, assumem a sua opção voluntária e enfrentam o espaço, confiando no material e no treino recebido.

Diz-se no curso de pára-quedismo militar que…”a saída é a fase mais emocionante do salto”. Na realidade é ali, à porta do avião que oficiais, sargentos e praças pára-quedistas, com pára-quedas igual, assumem a sua opção voluntária e enfrentam o espaço confiando no material e no treino recebido.

Uma das cargas de porta referidas no texto, aqui um morteiro 81mm, no momento em que os largadores o lançam.

Uma das cargas de porta referidas no texto, aqui um morteiro 81mm, no momento em que os largadores o lançam.

“ARES14”

O 2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (2BIPara) da Brigada de Reacção Rápida do Exército realizou de 27 Setembro a 03 de Outubro mais um exercício de treino operacional, o “ARES 14”, o qual decorreu num contexto de intervenção da Força de Reacção Imediata (FRI) do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA). Partindo de uma situação hipotética em que o poder político se decide pela opção militar para resgatar cidadãos nacionais, num país que não se encontra em situação de conseguir garantir a lei e ordem no seu território, o 2BIPara recebe a missão como Componente Terrestre (LCC/FRI: Land Combat Component da Força de Reação Imediata) para executar uma operação de evacuação de não combatentes (NEO: non-combatant evacuation operation)

O LCC é constituído por forças do Exército, na sua maioria pára-quedistas e por outras com valências específicas provenientes de diversas unidades da componente operacional do ramo. Neste exercício participaram o Comando e Estado-Maior do 2BIPara, duas Companhias de Pára-quedistas a dois Pelotões cada, um Pelotão Anticarro, um Pelotão de Morteiros Médios, um Destacamento Aeroterrestre, um Destacamento de Precursores, um Destacamento de Transmissões, um Módulo de Inactivação de Engenhos Explosivo, um Módulo Sanitário, uma Equipa de Cooperação Civil Militar, um Oficial de Apoio Fogos e dois Observadores Avançados, num total de cerca de 260 militares.

Foram considerados os seguintes objectivos de treino:

– Avaliar capacidade de projecção do 2BIPara/LCC/FRI;

– Avaliar a capacidade de comando e controlo do 2BIPara/LCC/FRI;

– Avaliar a capacidade de operações de combate e emprego da força em ambiente operacional incerto;

– Avaliar a capacidade de reacção a situações inopinadas e não planeadas;

– Avaliar a capacidade de execução de operações em situação de relativo isolamento táctico, falta de informações e reabastecimentos;

– Avaliar a execução das Tácticas, Técnicas e Procedimentos das subunidades;

– Avaliar a execução de tiro de combate, e tiro de armas de apoio do 2BIPara;

– Experimentar uma nova proposta de organização do LCC/FRI.

Significativo e de importância vital para o cumprimento destes objectivos, como descrito no inicio deste artigo – sem treino conjunto é difícil que uma operação real conjunta corra bem – foi a participação da Força Aérea Portuguesa no “ARES 14”: aeronaves e tripulações dos C-295M, C-130H-30, F-16AM e ainda uma Equipa Táctica de Controladores Aéreos e uma Equipa da Unidade de Protecção da Força, numa oportunidade de treino operacional conjunto que materializou a capacidade nacional de execução deste tipo de operações.

No Aeródromo Militar de Tancos, elementos da UPF trocam impressões com oficiais marroquinos que acompanharam a participação da esquadra 501 no exercício.

No Aeródromo Militar de Tancos, elementos da UPF trocam impressões com oficiais marroquinos que acompanharam a participação da esquadra 501 no exercício.

Há sempre uma série de questões relativas às missões de lançamento de pára-quedistas ou cargas e outras, mesmo que pré-planeadas, que carecem sempre de acertos nos momentos que as antecedem. Aqui o navegador do "C" recolhe informação de um sargento pára-quedista.

Há sempre uma série de questões relativas às missões de lançamento de pára-quedistas ou cargas e outras, mesmo que pré-planeadas, que carecem de acertos nos momentos que as antecedem. Aqui o navegador do “C” recolhe informação de um sargento pára-quedista.

O conhecimento mutuo entre pára-quedistas e tripulações, por vezes cimentado ao longo de décadas, tende a agilizar procedimentos, não porque se ultrapassem regras estabelecidas mas porque a linguagem é a mesma.

O conhecimento mutuo entre pára-quedistas e tripulações, por vezes cimentado ao longo de décadas, tende a agilizar procedimentos, não porque se ultrapassem regras estabelecidas mas porque a linguagem é a mesma.

Na Esquadra 501 reside a principal capacidade de transporte aéreo táctico de Portugal. E quando necessário estratégico por falta de outras aeronaves mais adequadas.

Na Esquadra 501 reside a principal capacidade de transporte aéreo táctico de Portugal. E quando necessário estratégico por falta de outras aeronaves mais adequadas.

A operação iniciou-se com a convocação das forças que estão com uma elevada prontidão de cinco dias. Nos primeiros dois dias executaram-se os planos de convocação e de transporte da força, do Regimento de Infantaria Nº 10 em S. Jacinto / Aveiro, para uma base de partida materializada na Unidade de Aviação Ligeira do Exército, no Aeródromo Militar de Tancos, onde também está aquartelado o Comando e Estado-Maior da Brigada de Reacção Rápida. Nos três dias seguintes efectuou-se todo o planeamento e preparação da força para execução da missão.

Esta operação (NEO) com utilização intensa de meios aéreos de vários tipos, quer para lançamento de pára-quedistas, de dia e de noite, a baixa e a grande altitude, e de cargas várias, desde as “de porta” até às sofisticadas JPADS (joint precision airdrop system) guiadas por GPS, e a inclusão do apoio aéreo prestado pelos F-16AM com disparos reais de canhão, mostra bem as exigências do treino conjunto.

O destacamento de precursores saltou antes da força principal a partir de C-295M, utilizando pára-quedas de abertura manual, para balizar e garantir a segurança da zona de lançamento, momento também para inserir através de salto “tandem”(*) um dos controladores aéreos avançados (FAC) da Força Aérea, não especializado em pára-quedismo chegou assim ao terreno nos primeiros minutos da operação, numa acção que não é muito vulgar, mas já tem sido efectuada, por exemplo com médicos e outros especialistas não-pára-quedistas.

Lançamento táctico nocturno usando pára-quedas de abertura automática a partir C-295M, tendo saltado as seguintes sub-unidades (por esta ordem): companhia de pára-quedistas n.º 23; posto de comando táctico; pelotão de morteiros; pelotão anti-carro; companhia de pára-quedistas n.º 21; elementos do comando e estado-maior do batalhão. De realçar que foram também lançadas em pára-quedas, as chamadas “cargas de porta” porque as suas dimensões permitem que sejam lançadas em conjunto com a força que está a saltar e…pela porta da aeronave. Neste caso foram lançados sistemas anti-carro Mílan, canhões sem recuo Carl Gustav e morteiros 81, conferindo capacidade acrescida ao batalhão para enfrentar potenciais ameaças no decurso da evacuação. Após reorganização a força deslocou-se para a conquista da chamada “cabeça-de-ponte aérea”, materializada pela pista de aviação do campo militar de Santa Margarida. Garantida a sua segurança foi possível fazer avançar o escalão de seguimento, em C-130H-30, constituído pelos restantes elementos do EM e pelos módulos da FRI (Destacamento Transmissões, Módulo Sanitário, Módulo EOD e Equipa CIMIC), com equipamentos para montagem do Posto de Comando Principal e do Centro de Controle de Evacuados, inseridos através da aterragem da aeronave.

Colocada todo o dispositivo, seguiram-se tarefas que garantiram a liberdade de movimentos da força e escolta em segurança dos cidadãos a evacuar, terminando com a evacuação dos não combatentes para território nacional e retracção da força.

Pista de Santa Margarida. A cabeça-de-ponte aérea já foi conquistada a operação de evacuação vai começar em breve. A UPF garante a segurança imediata à aeronave.

Pista de Santa Margarida, aterra o C-130. A cabeça-de-ponte aérea já foi conquistada, a operação de evacuação vai começar em breve. A UPF garante a segurança imediata à aeronave.

Os elementos da UPF usam, entre outras, espingardas automáticas G-36 (nesta foto) e metralhadoras MG4 5,56mm (na foto anterior).

Os elementos da UPF usam, entre outras, espingardas automáticas G-36 (nesta foto) e metralhadoras MG4 5,56mm (na foto anterior).

Precursores aeroterrestres do Exército e TACP da Força Aérea.

Precursores aeroterrestres do Exército e FAC da Força Aérea. Os controladores aéreos avançados, tiveram a sua primeira operação exterior na Bósnia em 1996, servindo depois no Kosovo e mais tarde no Afeganistão. Neste último teatro de operações tiveram o seu baptismo de fogo.

O 2BIPara forneceu o grosso da força empenhada neste exercício. Estando o 1BIPara no Kosovo, cabe a este batalhão garantir a reacção imediata a uma crise que exija o deslocamento a grande distância em pouco tempo de uma força militar.

O 2BIPara forneceu o grosso da força empenhada neste exercício. Estando o 1BIPara no Kosovo, este é o único batalhão que as Forças Armadas Portuguesas têm  para garantir a reacção imediata a uma crise que exija o deslocamento a grande distância em pouco tempo de uma força militar deste escalão com capacidade para utilizar a terceira dimensão.

Dependendo do tipo de missão e dadas as limitações de uma força ligeira como os batalhões de pára-quedistas, outras unidades do Exército ou da Marinha poderão, ou não, ter que ser empenhadas numa operação de evacuação.

Dependendo do tipo de missão e dadas as limitações de uma força ligeira como os batalhões de pára-quedistas, outras unidades da BrigRR, do Exército e/ou da Marinha poderão, ter que ser empenhadas numa operação de evacuação. Não foi o caso neste exercício.

O morteiro 81mm é a arma de maior alcance dos batalhões de pára-quedistas. O apoio aéreo veio reforçar a capacidade do batalhão para responder às ameaças colocadas à força empenhada e aos civis a evacuar.

O morteiro 81mm é a arma de maior alcance dos batalhões de pára-quedistas. O apoio aéreo veio reforçar a capacidade do batalhão para responder às ameaças colocadas à força empenhada e aos civis a evacuar.

As equipas cinófilas podem ser muito úteis numa operação deste tipo, utilizando-se as capacidades dos canídeos em proveito da segurança da força e dos evacuados.

As equipas cinófilas podem ser muito úteis numa operação deste tipo, utilizando-se as capacidades dos canídeos em proveito da segurança da força e dos evacuados.

Precursor aeroterrestre. está equipado com capacete "spec ops", coletes "molle" (Modular Lightweight Load-carrying Equipment), espingarda automática Galil 5,56mm.

Precursor aeroterrestre. Está equipado com capacete “spec ops”, colete”molle” (Modular Lightweight Load-carrying Equipment), espingarda automática Galil 5,56mm e pistola Pietro Beretta, 9mm. Estes coletes têm a vantagem de poderem ser configurados como cada utilizador pretender.

Estes coletes, em relação aos habitualmente usados têm a vantagem de se poder colocar as bolsas como o utilizador pretenda. Note-se no capacete o sistema de luzes  VIP Signal Light, que são usados, entre outras funções, para operar Zonas de Lançamento.

Militares do 2.º BIPara simulam civis que estão a ser retirados da zona de operações via aérea. Note-se no capacete do Precursor o sistema de luzes VIP Signal Light, que são usados, entre outras funções, para operar Zonas de Lançamento.

Em todos os momentos da operação, foi assegurado apoio aéreo através de F-16AM controlados pelos FAC junto da força pára-quedista. A existência desta capacidade permitiu a execução de acções de combate com fogo real, integrando armas de tiro directo, fogo e manobra com o apoio de fogo de morteiros e das aeronaves, para destruição de forças que ameaçavam os civis a evacuar bem como a própria unidade empenhada. As companhias de pára-quedistas fizeram assim uso das espingardas automáticas Galil 5,56mm, metralhadoras ligeiras MG3 7,62mm e CSR Carl Gustav 84mm, na execução de fogo e movimento. O apoio de fogos indirectos foram garantidos pelos morteiros 81mm e pelos F-16 AM que efectuaram várias passagens de ataque ao solo com o canhão Vulcan.

Esta operação iniciou-se com equipamentos e abastecimentos para três dias de combate. A força foi reabastecida ao fim de dois dias de operações, através de lançamento de cargas pelas aeronaves C-130 e C-295M. Vem a propósito referir que neste momento, a Força Nacional Destacada no Mali, integrando a “United Nations Multidimensional Integrated Stabilization Mission in Mali – MINUSMA”, é composta por um Destacamento C-130 da Força Aérea, o qual inclui um Destacamento Avançado de Abastecimento Aéreo da Escola de Tropas Pára-quedistas, exactamente para acrescentar a capacidade “lançamento de cargas” à força. No passado dia 22 de Setembro, pela primeira vez numa operação exterior, uma força portuguesa realizou o lançamento de cargas de abastecimento aéreo. Foi usado o sistema Cargo Delivery System, em apoio a forças militares aliadas a operar no terreno.

Carregamento de uma carga pela Companhia de Abastecimento Aéreo.

Carregamento de uma carga pela Companhia de Abastecimento Aéreo. Como descrito no artigo a força empenhada foi reabastecida por lançamento de cargas durante a missão.

Nem só com as máquinas se carrega e configura um avião! Uma coisa é certa a carga tem que estar rigorosamente onde deve estar para o perfeito funcionamento de todo o equipamento com segurança.

Nem só com as máquinas se carrega e configura um avião! Uma coisa é certa a carga tem que estar rigorosamente onde deve estar para o perfeito funcionamento de todo o equipamento com segurança.

Preparação de uma carga "JPADS" - Joint Precision AirDrop System.

Preparação de uma carga “JPADS” – Joint Precision AirDrop System. É composto por “unidade de comando”, “pára-quedas”, “controlo remoto” e “kit de planeamento de missão”.

A carga é guiada até  ao ponto de impacto utilizando um sistema GPS, permitindo o abastecimento com precisão em áreas de dificil acesso, ou muito reduzidas.

A carga é guiada até ao ponto de impacto utilizando um sistema GPS, permitindo o abastecimento com precisão em áreas de dificil acesso, ou locais de aterragem de pequenas dimensões.

O controlo remoto da JPADS

O controlo remoto da JPADS operado por um Precursor.

Após a aterragem os precursores recolhem os componentes do JPADS entregando depois a carga ao seu destino!

Após a aterragem os precursores recolhem os componentes do JPADS entregando depois a carga ao seu destino!

É através de exercícios como o “ARES 14”, que exigem sacrifício, competência, total disponibilidade física e mental, que se garante esta importante capacidade de projectar forças capazes de actuar em situações extremas, por forma a garantir a salvaguarda de vidas portuguesas que se possam encontrar em zonas do globo em que se vejam ameaçados.

Esta capacidade não é um “luxo” nem um “capricho”, além de ser evidente a sua necessidade é uma obrigação legal que decorre da aprovação pelos representantes do povo português do Conceito Estratégico Militar (resolução do Conselho de Ministros 26/2013 de 11 de Abril), no qual, a Força de Reacção Imediata é considerada a 1.ª prioridade das Forças Armadas Portuguesas, nestes termos: «…orientada para missões de evacuação de cidadãos nacionais em áreas de crise ou conflito e de resposta nacional autónoma em situações de emergência complexas. Deve estar constituída em elevada prontidão…».

 

 

(*) Um pára-quedista equipado com um pára-quedas de abertura manual especial salta com uma pessoa acoplada a este conjunto.

 

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