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ANÁBASE – A EXPEDIÇÃO DOS DEZ MIL

Por • 18 Set , 2009 • Categoria: 08. JÁ LEMOS E... Print Print

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Título: ANÁBASE –  A Expedição dos Dez Mil

Autor: XENOFONTE

Edição/reimpressão: 2008

Páginas: 264

Editora: Sementes de Mudança

Dimensão: 210×138 mm

ISBN: 9789899564831

Preço: €21.00

Desde os anos 60 que o mercado editorial português não dispunha de uma tradução deste histórico clássico de memórias datado de 370 a.C., e escrito por um dos participantes, XENOFONTE, o ateniense.

Estas memórias foram escritas após a epopeia.  E do que trata afinal?

Transcreve-se o resumo da contra-capa:

«…Anábase é a história verdadeira de um grupo de soldados gregos que, no ano 401 a.C., marcharam até ao interior do império persa governado pelo rei Artaxerxes, integrados no exército do seu irmão, Ciro, numa guerra civil entre os dois.

Os exércitos de ambos defrontaram-se em Setembro de 401 a.C. na planície de Cunaxa, perto de Babilónia, no actual Iraque, numa batalha em que, apesar de os gregos saírem vitoriosos, Ciro é morto.

Isolados no meio de território hostil, a milhares de quilómetros das suas casas, os gregos são enganados pelo persa Tissafernes, que captura os seus chefes à traição.

«…cruzando rios, atravessando montanhas, lutando contra persas, contra tribos hostis, aqui encontrando quem os ajudasse, ali forçados a lutar pela sua sobrevivência, até alcançarem o Mar Negro em Trapezunte, a actual Trabzon na Turquia.

A história narra ainda as peripécias dos gregos enquanto se dirigem deste local para a Grécia, tentando regressar a casa, apanhados num conflito de interesses entre as duas potências da época, a Pérsia Aqueménida e Esparta, até que finalmente entram ao serviço da última contra a primeira.»

Esta tradução da autoria de Rui Valente (dada à estampa pela editora Sementes de Mudança) tem sensíveis melhorias, relativamente à outra edição conhecida dos anos 60 (Bertrand, Lisboa, 1960) que registamos com agrado, e de onde se destaca a linguagem acessível, mesmo para um público não especializado.

É de salientar, ainda, o excelente caderno de ilustrações coloridas incrustado entre as páginas 140 e 141.

Sobre o autor – XENOFONTE – algumas breves palavras: filho de Gryllus, foi soldado, mercenário e discípulo de Sócrates (o filósofo….não o cidadão português que actualmente desempenha funções de 1º Ministro). É muito conhecido pelos seus relatos sobre a história do seu próprio tempo, pelos discursos de Sócrates e sobre a Grécia.

É-lhe, também, atribuída a clássica afirmação e/ou pensamento: «Obediência por livre vontade é sempre melhor que obediência forçada».

Uma obra aconselhável nas bibliotecas privadas de militares profissionais e, porque não, na de todos aqueles que apreciam dissertações históricas.

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