TROPAS PARAQUEDISTAS PORTUGUESAS: MEDALHA COMEMORATIVA DO 60º ANIVERSÁRIO
Por Miguel Machado • 20 Mai , 2016 • Categoria: 10. DISTINTIVOS, INSÍGNIAS E CONDECORAÇÕES PrintO Regimento de Paraquedistas assinala em 23 de Maio o Dia da Unidade, comemorando este ano o 60.º aniversário da inauguração do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas, a primeira unidade das Tropas Paraquedistas Portuguesas. O logotipo criado para a efeméride já está gravado no bronze!
Momento ideal para o lançamento desta medalha que agora apresentamos, obra de um grupo de colecionadores de memorabilia das Tropas Paraquedistas – ao qual está ligado o António Sucena do Carmo, um dos fundadores do Operacional – que assim homenageiam os boinas verdes portugueses e a sua “Casa-Mãe”.
Os actos comemorativos, e são vários, decorrem durante todos este ano, mas sem dúvida que o ponto alto tem lugar a 23 de Maio, dia em que anualmente milhares de actuais e antigos boinas verdes acorrem a Tancos para se juntarem às celebrações.
De acordo com o dicionário português, “…medalhística é o campo dos eventos ou comemorações por excelência embora remeta a valores monetários pela sua etimologia. É o estudo das medalhas do latim metalla metal, diferenciou-se de óbolo ou moeda na idade média por não ser um objeto de troca comercial. Como medalha, as suas caraterísticas técnicas mais comuns são representadas pelo material utilizado, a forma, o seu peso e as dimensões. Ao seu cunho recorrem instituições seja elas oficiais ou não, e abrangem os mais variados temas com especial incidência para eventos ou acontecimentos que marcam uma data: históricos, políticos, militares, económicos e culturais. A medalha pretende representar um acontecimento, transformando-o em símbolo e constitui um importante documento para a compreensão de uma cultura.”
A Medalha “TROPAS PARAQUEDISTAS – 1956-2016”
Tendo presente os elevados custos do projeto, e com a finalidade de a tornar menos onerosa e mais acessível aos colecionadores, sem nunca perder de vista o bom gosto e a inovação que sempre acompanhou os paraquedistas militares, optou-se pela seguinte construção:
ANVERSO: em destaque (centrado) o Brasão de Armas do REGIMENTO DE PARAQUEDISTAS com esmalte sintético. Na orla superior a legenda REGIMENTO DE PARAQUEDISTAS (nova designação oficial da unidade militar).
REVERSO: ao centro, o logotipo oficial evocativo do 60º Aniversário das TROPAS PARAQUEDISTAS, gravado em baixo relevo.
Outras caraterísticas da medalha:
– diâmetro: 80mm;
– espessura: 4,4mm;
– material: bronze.
Estamos assim perante uma peça que certamente materializará para muitos paraquedistas este ano de 2016 como mais um marco na história dos boinas verdes portugueses, e mais ainda este dia 23 de Maio, permanecendo, exposta ou guardada, como memória do 60.º aniversário.
A criação de um símbolo
O desenho que deu origem a este “logótipo oficial” das comemorações dos 60 anos – que saiu muito bem, diga-se! – tem um autor: o Tenente Paraquedista Sérgio Pinto, oficial em Regime de Contrato. Acaba aliás de passar à disponibilidade depois de ter estado 6 anos ao serviço das tropas paraquedistas. Segundo o próprio, neste caso em concreto, o seu papel foi “apenas” (as aspas são nossas, porque modestamente quando o questionamos, quis desvalorizar o seu papel!) fazer uma adaptação do logótipo já existente, o dos 50 anos.
Surgiu-nos então a curiosidade de ir à procura da história do original!
Pois decorria o ano de 2005 quando o Comando das Tropas Aerotransportadas, na altura sob o comando do Major-General Eduardo Lima Pinto, e tendo como seu Chefe de Gabinete o Major SG Pára-quedista Álvaro Cunha, respectivamente, Director e Chefe de Redacção da revista “Boina Verde”, lançaram um concurso para a criação do logótipo oficial dos 50 anos da criação das Tropas Pára-quedistas Portuguesas. Este documento obrigava à inclusão de certa simbologia, definia algumas “baias”, e acabou por vencer o concurso a proposta dos então Primeiro-Sargento Pára-quedista Benjamim Feliz e Segundo-Sargento RC Paulo Valado. Benjamim Feliz com a ideia – assente nos pressupostos do concurso – e Paulo Valado dando-lhes forma através das suas capacidades para o desenho e utilização da tecnologia disponível. Ao desenho premiado foi acrescentado pelo Major Álvaro Cunha, com a concordância dos autores, a “Cruz de Cristo”, alusão não só às origens das Tropas Pára-quedistas Portuguesas como às aeronaves que continuam a utilizar na sua actividade identificadora.
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