SALTOS DE ABERTURA MANUAL EM TANCOS
Por Miguel Machado • 20 Abr , 2010 • Categoria: 03. REPORTAGEM Print
No decurso do exercício “AIRLIFT BLOCK TRAINING 2010” pára-quedistas portugueses e belgas efectuaram centenas de saltos em pára-quedas, parte dos quais de abertura manual. Alfredo Serrano Rosa esteve lá e fez a reportagem fotográfica que se segue. Também falamos do Centro de Excelência Aeroterrestre que o Exército vai criar em Tancos, abrindo caminho para um novo patamar a nível da cooperação internacional nesta área “de ponta” do pára-quedismo militar e das operações especiais.
Os saltos de abertura manual (SAM) – o pára-quedista acciona o seu pára-quedas depois de um certo tempo em queda-livre – são uma capacidade que os militares há muito exploram e que tem conhecido um desenvolvimento tecnológico constante. Em Tancos, na Escola de Tropas Pára-quedistas, seguindo-se o que os nossos aliados fazem neste campo através de várias actividades de intercâmbio internacional, em Portugal e no estrangeiro, tem sido possível, quer a nível da formação do pessoal quer na aquisição dos equipamentos, manter destacamentos de Saltadores Operacionais a Grande Altitude (SOGA) que pouco devem aos seus congéneres de outros países.
Não é o objectivo desta reportagem explorar este assunto, ao qual voltaremos, mas ainda assim note-se que quer no respeitante ao factor humano quer nos aspectos ligados aos materiais e à ligação às esquadras de voo que apoiam esta actividade – a Esquadra 501 / C-130 e a Esquadra 502 /C295M – e também a outras áreas menos conhecidas (mas imprescindíveis como a Secção de Treino Fisiológico do Centro de Medicina Aeronáutica da Força Aérea), a manutenção e desenvolvimento desta capacidade nas Forças Armadas Portuguesas tem sido uma constante sempre aperfeiçoada.
O caminho percorrido não tem sido fácil, altos e baixos têm-se sucedido, mas pode bem ser que em breve o Exército Português disponha de um “Centro de Excelência Aeroterrestre” assente no Aeródromo Militar de Tancos, usufruindo e bem das capacidades da Escola de Tropas Pára-quedistas e do renovado Batalhão Operacional Aeroterrestre (BOAT) da Brigada de Reacção Rápida que ali se encontra. Se tal for alcançado como se acredita, a própria Aliança Atlântica virá a beneficiar – e mesmo apoiar – esta nova capacidade nacional no âmbito das Forças de Operações Especiais, alcançando-se um novo patamar a nível da cooperação internacional nesta área “de ponta” do pára-quedismo militar e das operações especiais.
Aproveitando o “AIRLIFT BLOCK TRAINING 2010” e a disponibilidade de horas de voo providenciadas por meios aéreos belgas e nacionais, o Aeródromo Militar de Tancos viveu mais uns dias de saltos de abertura manual. Alfredo Serrano Rosa esteve lá, fez as fotos, e temos assim oportunidade de mostrar alguns aspectos da preparação que os saltadores operacionais fazem para um SAM, material utilizado e também algumas suaves aterragens, aqui não só dos SOGA.
Veja aqui a reportagem do Operacional sobre o AIRLIFT BLOCK TRAINING 2010 EM PORTUGAL
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