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PÁRAS & PANDUR TREINAM PARA O KOSOVO

Por • 26 Jun , 2014 • Categoria: 03. REPORTAGEM, EM DESTAQUE Print Print

O Operacional esteve um dia com o 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista em Santa Margarida, Alfredo Serrano Rosa acompanhou um exercício com “fogo real” e várias viaturas blindadas, e mostra-lhe algumas novidades. Aproxima-se o momento da rotação da força portuguesa no Kosovo estando por isso a terminar a preparação deste batalhão que ali vai permanecer 6 meses em nome de Portugal.

Ficou mais uma vez patente a versatilidade dos militares pára-quedistas, agora capacitados para emprego operacional com as novas VBR Pandur II.

Santa Margarida, Junho de 2014. Ficou mais uma vez patente a versatilidade dos militares pára-quedistas, agora capacitados para emprego operacional com as novas VBR Pandur II.

Mesmo forças com elevado grau de prontidão, como é o caso do 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (1.º BIPara) que terminou recentemente um período dois anos de intenso treino operacional como Componente Terrestre da Força de Reacção Imediata do Estado-Maior General das Forças Armadas (que aliás no Operacional temos acompanhado com vários artigos), cumprem sempre o chamado “aprontamento” para integrar uma Força Nacional Destacada: unidade militar portuguesa que é projectada para um país estrangeiro, inserida numa força multinacional sob mandato de uma organização como a NATO, ONU ou UE, e ali cumpre (usualmente) seis meses de missão.

Neste momento as Forças Armadas Portuguesas mantêm duas pequenas FND no âmbito da NATO, Kosovo (186 militares*) e Afeganistão (57 militares**, 1 no âmbito ONU) e ainda 1 militar embarcado em navio dinamarquês no Índico (SNGM 1). Já em missões da União Europeia mantemos 1 avião C-195M (e 18 militares) durante este mês de Junho operar no Mediterrâneo a partir da Sicília e de números simbólicos no Mali (4 militares), Somália (4 militares) e 1 militar no Índico embarcado em navio alemão (EUNAVFOR ATALANTA).

(*) Até 2010 a FND no Kosovo era sempre composta por cerca de 300 militares e em 2011 este número foi reduzido para os actuais 186. A KFOR integra 4.880 militares de 31 países.

(**) No primeiro semestre de 2010 a FND no Afeganistão dispunha de 280 militares, sendo depois sucessivamente reduzida até aos 126 em 2013 e 57 actualmente. Tudo indica no final deste ano de 2014 a nossa participação será encerrada. A ISAF é actualmente composta por 50.000 militares de 44 países.

 

Uma sessão de tiro real é mais do que o manuseamento das armas, há questões ligadas à regras definidas pela força multinacional onde os militares vão actuar, que têm que ser estudadas e testadas.

Uma sessão de tiro real é mais do que o manuseamento das armas, há questões ligadas à regras definidas pela força multinacional onde os militares vão actuar, que têm que ser estudadas e testadas.

Morteiros 60mm "long range", aqui a ser utilizados com o "sub-calibre" para exercícios.

Morteiros 60mm “Long Range”, aqui a ser utilizados com o “sub-calibre” para exercícios.

Fogo! A "granada-guia" tem uma velocidade de saída lenta e será recuperada para novos disparos.

Fogo! A “granada-guia” tem uma velocidade de saída lenta e será recuperada para novos disparos.

A MG-3 calibre 7,62mm, arma de apoio em uso nas tropas pára-quedistas, podendo ser empregue como na foto ou em viaturas.

A MG-3 calibre 7,62mm, arma de apoio em uso nas tropas pára-quedistas, podendo ser empregue como na foto ou em viaturas.

A espingarda automática "Galil" calibre 5,56mm é a arma "standart" nas Tropas Pára-quedistas desde 1980. na foto a versão ARM com bipé, pega de transporte e carregador de 50 munições.

A espingarda automática “Galil” calibre 5,56mm é a arma “standart” nas Tropas Pára-quedistas desde 1980. Na foto a versão ARM com bipé, pega de transporte e carregador de 50 munições.

Com o aproximar do empenhamento internacional, o treino de tiro, em várias modalidades, tem que ser acautelado.

Com o aproximar do empenhamento real, o treino de tiro, em várias modalidades, tem que ser acautelado.

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Remuniciar.

Remuniciar.

A avaliação dos resultados é fundamental para corrigir erros e melhorar o desempenho.

A avaliação dos resultados é fundamental para corrigir erros e melhorar o desempenho. Os militares têm armas para fazer uso delas quando necessário e dentro das regras impostas, para atingir os alvos. Sem treino regular tal não é possível e de nada valem as armas.

Terminada a sessão de tiro, as regras de segurança - verificar se não há munições nas espingardas - são rigorosamente cumpridas.

Terminada a sessão de tiro as regras de segurança – verificar se não há munições nas espingardas – são rigorosamente cumpridas.

1BIPara/FND/KFOR

O 1BIPara/FND/KFOR, assim se designa o batalhão para esta missão, irá servir como reserva tática (KTM) do comandante da força multinacional (COMKFOR), à semelhança aliás do que acontece com todas as forças que o antecederam desde 2005. Ou seja, o batalhão é uma unidade de intervenção, mantida em elevado grau de prontidão, para operar em todo o teatro de operações do Kosovo às ordens do comandante máximo da KFOR.

Coube ao Regimento de Infantaria nº15 da Brigada de Reação Rápida (BrigRR), a missão de organizar e aprontar o batalhão, o qual, para esta missão específica vê a sua organização e composição significativamente alterada. Assim o 1BIPara/FND/KFOR foi reforçado por um Módulo de Apoio (ModAp) do Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), um Sargento para o EM e uma Secção de Reconhecimento (SecRec) da Zona Militar dos Açores (ZMA) e quatro condutores de veículos blindados de rodas (VBR) e uma Secção/Módulo de Manutenção de VBR da Brigada de Intervenção (BrigInt). Já no Kosovo o Batalhão terá sob seu comando uma Companhia de Infantaria da Hungria bem como diversos quadros do Exercito Húngaro no Comando e Estado-Maior e na companhia de Apoio.

Aprontamento

O aprontamento da FND/KFOR decorre em três fases: Fase I – Aprontamento Administrativo-Logístico; Fase II – Treino Orientado para a Missão e Fase III – Preparação para a projeção.

No âmbito do Treino Orientado para a Missão e para alem do treino das Operações de Apoio à Paz e do Controlo de Tumultos (Crowd Riot Control – CRC), o tiro real é uma componente fundamental para o desempenho de missões independentemente da sua tipologia. Assim o 1BIPara calendarizou várias sessões de forma a possibilitar a execução de tiro com as respetivas armas orgânicas a todos os seus militares, de forma a prepará-los adequadamente, incrementar a autoconfiança e melhorar a proficiência dos militares na utilização das armas orgânicas, tendo em conta a especificidade da missão no Kosovo, nomeadamente na utilização do armamento disponível com o adequado cumprimento das Regras de Empenhamento (ROE) e dos procedimentos operacionais (Standard Operations Procedures – SOP) que estão superiormente aprovados para a KFOR, no que diz respeito ao uso da força. Para quem não está familiarizado com estas questões poderia parecer que basta o militar saber usar a sua arma do ponto de vista técnico, e chegava. Assim não é como se vê, há uma série de regras e procedimentos que têm que ser cumpridos e isso só é naturalmente possível com o seu exacto conhecimento e com o seu treino.

Comunicações, componente fundamental de qualquer actividade operacional.

Comunicações, componente fundamental de qualquer actividade operacional.

A "Panhard" M11 com torre e metralhadora pesada Browning M2HB calibre 12,7mm, que tem sido intensamente usada pelos vários batalhões do Exército no Kosovo.

A “Panhard” M11 com torre e metralhadora pesada Browning M2HB calibre 12,7mm, que tem sido intensamente usada pelos vários batalhões do Exército no Kosovo.

A "Browning" 12,7mm é um caso raro de longevidade operacional, não só em Portugal - onde por vezes os armamentos são usados mais anos, muito mais, do que deviam - mas nos exércitos mais modernos e bem equipados do mundo. Com pequenas alterações está em uso desde os anos 30 do século XX. Ao Exército Português chegou ainda antes da Guerra do Ultramar.

A “Browning” 12,7mm é um caso raro de longevidade operacional, não só em Portugal – onde por vezes os armamentos são usados mais anos, muito mais, do que deviam – como nos exércitos mais modernos e bem equipados do mundo. Com pequenas alterações está em uso desde os anos 30 do século XX. Ao Exército Português chegou ainda antes da Guerra do Ultramar.

Uma novidade nos Páras, as Pandur!

Esta sessão teve várias particularidades, pois alem de serem utilizados todos os sistemas de armas orgânicos do 1BIPara/FND/KFOR em tiro dinâmico dos escalões Secção e Pelotão, tivemos também a oportunidade de testemunhar a utilização das capacidades das viaturas M11 Panhard e das VBR 8X8 Pandur II. Se com as viaturas M11 Panhard os militares Pára-quedistas já tinham algum grau de familiarização, com as Pandur II foi a primeira vez que foram operadas no seio das Tropas Pára-quedistas e pelo que nos foi dado a observar o desempenho dos “boinas verdes” está em perfeita sintonia com os objectivos delineados para este tipo de tropa que passa por ter unidades altamente treinadas com elevado grau de prontidão e capazes de actuar em todo o espectro da conflitualidade actual.

Ao nível do pelotão, este encontra-se constituído por três secções de atiradores e quatro viaturas Pandur II, uma de cada secção e uma do Comandante do Pelotão. Cada VBR tem na sua constituição um grupo de dois homens (denominado de esquadra de viatura) o apontador de metralhadora pesada (Ap MP) e o condutor, que operam o veículo e se constituem como base de fogos em apoio à Secção que desembarca da viatura. O chefe de viatura na situação da secção apeada é responsável pelo emprego da VBR, operando o armamento defensivo desta. O Pelotão é constituído por 35 militares e cada uma das 3 Secções é constituída por um Comandante de Secção e 7 militares. A complexidade das VBR Pandur II, resulta na necessidade de ser operada por soldados e comandantes bem treinados.

As duas funções chave para operar e rentabilizar a viatura, são o chefe de viatura e o condutor. Os requisitos necessários para as funções de chefe de viatura e de condutor, não apresentam qualquer especificidade que invalide a formação de militares de qualquer unidade para operar a respetiva viatura, à semelhança do que historicamente já aconteceu com as viaturas M11 Panhard, HMMWV ou com a antiga Chaimite. A maior parte dos países aliados e amigos que se encontram em diversos teatros de operações por esse mundo fora utilizam as viaturas como um meio de transporte com incremento à capacidade (proteção e sobrevivência) da própria força projetada, independentemente da sua tipologia de origem.

Neste caso do 1BIPara foi definido superiormente, talvez por ser ainda uma novidade o uso das Pandur em FND e como salvaguarda de boa utilização, que os condutores são indigitados pela BrigInt. Os chefes de viatura e a restante guarnição são militares do 1BIPara.

Do que nos foi dado compreender a orgânica e a complexidade do Pelotão e Secção VBR Pandur II são perfeitamente compatíveis com o Pelotão e a Secção de Pára-quedistas.

O sistema de intercomunicação dentro da viatura PANDUR II, é de fabrico nacional (EID) e dele fazem parte os capacetes do condutor (na foto) e do apontador 12,7mm.

O sistema de intercomunicação dentro da viatura PANDUR II, é de fabrico nacional (EID) e dele fazem parte os capacetes do condutor (na foto) e do apontador 12,7mm.

As Pandur II chegaram ao Exército Português em 2007, estando hoje atribuídas à Brigada de Intervenção, sua utilizadora principal. Em 2013 começaram a ser usadas no Kosovo.

As Pandur II chegaram ao Exército Português em 2007, estando atribuídas à Brigada de Intervenção, sua utilizadora principal. Em 2013 começaram a ser usadas no Kosovo. As viaturas usadas neste exercício pertencem ao Regimento de Infantaria n.º 13 (Vila Real), unidade onde alguns militares do 1BIPara, receberam formação nesta viatura.

A Viatura Blindada de Rodas 8X8 Transporte de Pessoal Pandur II com reparo para a Metralhadora Pesada Browning 12,7 mm. Uma das limitações desta versão é precisamente a falta de protecção do operador da arma pesada.

A Viatura Blindada de Rodas 8X8 Transporte de Pessoal Pandur II com reparo para a Metralhadora Pesada Browning 12,7 mm. Uma das limitações desta versão é precisamente a falta de protecção do operador da arma pesada. Inclui ainda 8 lança-potes de fumo de 76mm.

O compartimento de transporte dá para uma Secção de Atiradores, composta por 1 sargento e 7 praças. Em termos de segurança e conforto, deu-se um salto qualitativo enorme em relação à V-200.

O compartimento de transporte dá para uma Secção de Atiradores, composta por 1 sargento e 7 praças. Em termos de segurança e conforto, deu-se um salto qualitativo enorme em relação à V-200. Os atiradores podem usar o armamento pelas escotilhas superiores, colocando-se para isso em pé dentro deste compartimento com os bancos recolhidos.

A utilização mais frequente para a infantaria será fora da viatura, desembarcando/embarcando através da rampa, com relativa rapidez.

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Para a história: Pandur II substitui Chaimite V-200 no Kosovo

Em Novembro 2013 seis VBR 8X8 Pandur II (5 viatura de combate de infantaria e 1 viatura oficina de recuperação) chegaram ao Kosovo para substituir as nove Chaimite V-200 que ali permaneciam. Foram inicialmente utilizadas pelo 2.º Batalhão de Infantaria da Brigada de Intervenção, até final de Março de 2014 mantendo-se as Chaimites ao serviço na Força Nacional Destacada. Actualmente as viaturas Pandur II são operadas pelo 1.º Batalhão de Infantaria Mecanizado da Brigada Mecanizada, tendo-se iniciado o processo de repatriação das V-200. No último trimestre deste ano inicia a missão o 1.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista da Brigada de Reacção Rápida, sendo portanto o primeiro batalhão a usar exclusivamente as Pandur. Neste processo o 2.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, que serviu no Kosovo entre Março e Setembro de 2013, foi o último a usar exclusivamente as V-200 como viatura blindada de transporte de pessoal. Coincidência da história, este mesmo batalhão, em Janeiro de 1996 rumou à Bósnia sob a designação de 2.º Batalhão de Infantaria Aerotransportado com 26 viaturas V-200, tendo-se tornado assim a primeira unidade a usar estes blindados num teatro de operações europeu e numa missão de apoio à paz e, ao mesmo tempo, o batalhão que maior número deste tipo de viaturas usou de uma só vez em missões fora do território nacional. Em Portugal, já nos idos de 1975/1976 coube ao então Regimento de Comandos ser a unidade que maior número de Chaimites usou: 50.

As Chaimites serviram na Bósnia até ao final da missão em 2007, durante 11 anos portanto, e depois no Kosovo, primeiro entre 1999 e 2001 e depois desde 2005 até 2013, ou seja durante outros 11 anos. Agora, em finais de 2013, mas sobretudo em 2014, inicia-se o ciclo Pandur II nas Forças Nacionais Destacadas. Certamente muito menos expressivo quer em número de viaturas usadas quer em tempo de utilização, mas representando um enorme salto tecnológico, aumentando significativamente, entre outros aspectos de carácter operacional, o conforto, a capacidade de protecção e a segurança para os utilizadores.

1. Threat Detection System; 2. Lança potes de fumo; 3.Escape de gases do motor; 4. O "V" invertido para identificação, em cima apequena coluna do Thermal Identification Beacon; Porta o filtro NBQ (sob o algarismo);5. Serra-cabos que protege o condutor

1. Threat Detection System; 2. Lança potes de fumo; 3.Escape de gases do motor; 4. O “V” invertido para identificação, em cima apequena coluna do Thermal Identification Beacon; Porta o filtro NBQ (sob o algarismo);5. Serra-cabos que protege o condutor.

O "render da guarda" em Abrantes na Escola Prática de Cavalaria. Sai a Chaimite, entra a Pandur, uma nova época está a começar.

O “render da guarda”! Fotografadas em Abrantes na antiga Escola Prática de Cavalaria no ano de 2008, a Chaimite dava lugar à Pandur II, uma nova época estava a começar. Este “Programa Pandur”, tem estado envolvido em várias polémicas e atrasos, acabando em 2012 por ser cancelado. O contrato assinado entre o Estado Português e a firma austríaca Steyr previa a entrega de 240 viaturas em 11 versões para o Exército e 20 viaturas em 4 versões para a Marinha. O Corpo de Fuzileiros não chegou a receber uma única viatura e o Exército recebeu 166. Polémicas à parte, do ponto de vista técnico e operacional, a Pandur II representa um salto tecnológico enorme para o Exército Português, sobretudo para a Brigada de Intervenção, mas também na Força Nacional Destacada no Kosovo.

 

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