logotipo operacional.pt

MAJOR-GENERAL RAUL CUNHA FALA AO “OPERACIONAL”

Por • 24 Mar , 2010 • Categoria: 02. OPINIÃO Print Print

O “Operacional” foi a Tancos entrevistar o Major-General Raul Cunha comandante da Brigada de Reacção Rápida. Assim se inicia uma nova fase do nosso trabalho, falando com as pessoas que têm a mais alta responsabilidade no comando de grandes unidades operacionais.
No Exército Português o comandante de uma brigada é o general que está mais próximo “da tropa”. É ele que olha diariamente os soldados nos olhos e a ele compete fazer chegar através do seu canal de comando – Comandante das Forças Terrestres – a realidade “do terreno” ao Chefe do Estado-Maior.

O Chefe do Estado-Maior do Exército, General Pinto Ramalho, de visita a Tancos no decurso de um exercicio da BrigRR.

O Chefe do Estado-Maior do Exército, General Pinto Ramalho, de visita a Tancos no decurso de um exercício da BrigRR.

O Exército, como qualquer outro ramo, é um sistema onde todos fazem falta e todos têm uma missão importante a cumprir, seja na frente seja na retaguarda. Mas é para ele, para o “seu general”, que os soldados, os sargentos e os oficiais que cumprem missões operacionais, os que estão na “frente”, é para ele que olham quando há problemas. Nele depositam confiança e dele esperam soluções.
Sendo certo que as novas tecnologias de informação têm contribuído para uma melhor circulação da informação entre os vários níveis hierárquicos da Instituição Militar, e – potencialmente – desta para o exterior, parece-nos ainda assim que o “Operacional”, ao iniciar este novo capítulo – entrevistas – pode continuar a ajudar civis interessados e mesmo muitos militares, a melhor conhecer a realidade militar nacional.

O Major-general Raul Cunha recebeu o "Operacional" em Tancos em 18 de Março de 2010.

O Major-general Raul Cunha recebeu o "Operacional" em Tancos no passado dia 18 de Março de 2010.

O Major-General Raul Luís de Morais Ferreira da Cunha tem 57 anos de idade e 38 de serviço militar. Da sua longa carreira destacamos duas ou três áreas, desde logo a parte em que desempenhou funções na área das Forças Especiais, tendo sido instrutor no Centro de Instrução de Operações Especiais, comandante de companhia no Regimento de Comandos e comandante do 1º Batalhão de Infantaria Aerotransportado.
Foi ainda professor no Instituto de Altos Estudos Militares e tem larga experiência internacional, nomeadamente na missão da Comunidade Europeia na antiga Jugoslávia em 1991/1993; oficial de ligação no quartel-general do EUROCORPO em 1995 e de seguida (quando Portugal se afastou dessa estrutura) como oficial de pessoal na EUROFOR; Chefe da divisão de instrução do KFOR em Pristina em 2000; Já como oficial general foi Chefe dos Oficiais de Ligação Militares da Missão das Nações Unidas no Kosovo entre 2005 e 2009. Foi também, ainda coronel em 2003/2004, chefe de estado-maior do comando NATO de Monsanto (Lisboa), o “Joint Analysis and Lessons Learned Center”.
Em 2001/2002 comandou o Regimento de Infantaria n.º 15 em Tomar e em 16 de Março de 2009 assumiu o comando da Brigada de Reacção Rápida.
Esta entrevista não pretendeu abarcar todas as áreas de actividade da BrigRR mas apenas aquelas que nos pareceram importantes no actual momento da unidade e do seu empenhamento operacional.

Antes de comandar a BrigRR Raul Cunha chefiou os Oficiais de Ligação Militares da UNMIK no Kosovo de 2005 a 2007

Raul Cunha é um profundo conhecedor dos Balcãs onde serviu em diversas missões e funções. Antes de comandar a BrigRR chefiou os Oficiais de Ligação Militares da UNMIK no Kosovo de 2005 a 2007

Operacional: Acaba de concluir-se o período de um ano em que está a comandar a BrigRR, gostaríamos de saber como decorre na prática a integração – se é que decorre? – dos militares das diferentes armas e serviços, sobretudo os pára-quedistas, operações especiais e comandos?

MGen Raúl Cunha: A integração entre Pára-quedistas, Comandos e Operações Especiais tem sido plena e é patente a todos os níveis, a interoperabilidade entre estas forças tem inclusive sido testada anualmente no Exercício Apolo e numa dimensão mais reduzida ao nível das FND (Forças Nacionais Destacadas), nomeadamente no que se refere à inclusão de Forças de Operações Especiais nos contingentes destacados para a KFOR (Kosovo Force) e ISAF (International Security Assistance Force / Afeganistão). Por outro lado, as diferentes armas e serviços são mais valências de todo um sistema que já provou poder funcionar como um todo, com os diferentes componentes de apoio de fogos, de combate e de serviços a contribuírem eficazmente para a missão comum.

Op: A BrigRR tem 3 locais onde se ministra instrução de características especiais (Tancos, Lamego e Carregueira), há alguma componente da formação ministrada às diferentes especialidades que sejam vocacionadas para a criação de um conhecimento e mesmo um espírito comum?
MGenRC: Se considerarmos o rigor, a estrita disciplina, o aprumo e a intensidade e dureza da instrução como componentes da formação, todas são idênticas neste âmbito. Em termos técnicos, desde logo identifico a instrução aeroterrestre e as de sobrevivência no campo de batalha e técnicas de montanhismo, como algumas áreas onde esse desiderato se verifica, contudo, estamos a trabalhar no sentido de alargar esta uniformização de procedimentos e conhecimentos e para garantir uma rentabilização das valências dos diferentes centros focalizando algumas instruções em áreas específicas: a aeroterrestre obviamente na ETP (Escola de Tropas Pára-quedistas), a de patrulhas no CTOE (Centro de Tropas de Operações Especiais) e a de tiro no CTC (Centro de Tropas Comandos), por exemplo.

Militares do CTOE destinados ao curso de pára-quedismo militar recebem a "meia-asa" de alunos pára-quedistas. Hoje muitos militares das operações especiais de Lamego estão habilitados a saltar em pára-quedas.

Militares do CTOE destinados ao curso de pára-quedismo militar recebem a "meia-asa" de alunos pára-quedistas. Hoje muitos militares das operações especiais de Lamego estão habilitados a saltar em pára-quedas.

Op: O seu objectivo é que se esbatam as diferenças entre estes três tipos de forças, ou pelo contrário, que mantenham a sua identidade bem vincada mas que trabalhem juntos?
MGenRC: Não se pretende de forma nenhuma esbater as diferenças. A identidade de cada uma das forças encerra características e sobretudo um código de valores e tradições muito próprios, que há que preservar a todo o custo. No entanto, é inevitável que se ponha a tónica no aproveitamento de sinergias no treino destas forças e já se estão a desenvolver iniciativas neste sentido.

Op: O modelo escolhido para a BrigRR no âmbito da chamada “Transformação do Exército” funciona ou acha que deve ser melhorado?
MGenRC: Estou convicto que este modelo está a funcionar, em particular após as ligeiras alterações que a experiência ditou, mas tal não irá obstar a que se introduzam os necessários melhoramentos sempre que se justificarem e o Comando do Exército aprovar.

"Passamos a ter uma Companhia de Engenharia e uma Bateria de Artilharia Anti-Aérea em vez dos pelotões... ...o Batalhão Operacional Aeroterrestre sofreu ligeiras adaptações e vai-se voltar a dotar a brigada com apoio de serviços próprio..."

"Passamos a ter uma Companhia de Engenharia e uma Bateria de Artilharia Anti-Aérea em vez dos pelotões... ...o Batalhão Operacional Aeroterrestre sofreu ligeiras adaptações e vai-se voltar a dotar a brigada com apoio de serviços próprio..."

Op: O que pensa das capacidades operacionais da “sua” unidade neste momento? Houve alguma evolução nestes últimos 12 meses ou a “força operacional” da brigada é a mesma?
MGenRC: Tem havido um enorme esforço do Estado-Maior do Exército, com a estreita colaboração da BrigRR, no sentido de rever os QOP (Quadros Orgânicos de Pessoal) com o intuito de corrigir lacunas detectadas e assim reequilibrar a estrutura da BrigRR face aos desafios que lhe são colocados. Decorrente do trabalho desenvolvido foram identificadas duas unidades que tinham de receber um “upgrade” em termos de escalão e assim passámos a ter uma Companhia de Engenharia e uma Bateria de Artilharia Anti-Aérea em vez dos pelotões anteriormente existentes. Também o agora designado BOAT (Batalhão Operacional Aeroterrestre) sofreu umas ligeiras adaptações, e vai-se voltar a dotar a BrigRR com Apoio de Serviços próprio através da reactivação do BApSvc (Batalhão de Apoio de Serviços), sendo neste momento o trabalho no sentido de concretizar os seus QO (Quadros Orgânicos) de pessoal.

Em Tancos a porta-de-armas da antiga Base Aérea 3 mostra bem que a chegada dos helicópteros NH-90 é levada a sério. Algumas das mudanças em curso a nível orgânico que estão em curso em esse objectivo.

Em Tancos a porta-de-armas da antiga Base Aérea 3 mostra bem que a chegada dos helicópteros NH-90 é levada a sério. Algumas das mudanças em curso a nível orgânico têm esse objectivo.

Op: A BrigRR vai enviar sub-unidades para o Afeganistão e para o Kosovo. Como avalia os desafios que esperam os seus homens em cada um destes dois Teatros de Operações?
MGenRC: Como ainda recentemente tive oportunidade de afirmar por ocasião da cerimónia da entrega dos Estandartes Nacionais ao 2º BIPára (2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista) e à OMLT (Operational Mentor and Liaison Team), que irão desempenhar missões no âmbito da KFOR e da ISAF, respectivamente, o grau de exigência em termos operacionais está colocado em patamares muito elevados, mas possuo a inabalável convicção que tenho a honra de comandar uma grande unidade com um capital humano de excelência que me dá garantias de um cumprimento cabal das missões que lhes forem confiadas.

Op: Qual é a missão da força de comandos?
MGenRC: Força de Reacção Imediata do Comando Regional da Capital (Cabul).

Op: Acha que quer do ponto de vista individual quer colectivo a força para o Afeganistão está adequadamente equipada?
MGenRC: Nenhum Comandante se considera plenamente satisfeito com o equipamento da sua força e a oferta nessa área, hoje em dia, não conhece praticamente limitações, no entanto face à nossa dimensão e às missões que nos são atribuídas, considero haver bastante equilíbrio, o que me leva a concluir que estão adequadamente equipados para o cumprimento do tipo de missões que vão desempenhar.

Op: Quais são as “peças-chave” do ponto de vista do equipamento que têm que estar asseguradas para esta missão no Afeganistão?
MGenRC: Obviamente o armamento principal, as viaturas HMMWW e os coletes anti-balísticos.

A capacidade de sobrevivência dos militares que estão no Afeganistão perante as ameaças locais são naturalmente uma das preocupações sempre presentes

A capacidade de sobrevivência dos militares que estão no Afeganistão perante as ameaças locais são naturalmente uma das preocupações sempre presentes

Op: Qual é a missão da força de pára-quedistas no Kosovo?
MGenRC: Reserva táctica do Comando da KFOR.

Op: Quais são as “peças-chave” do ponto de vista do equipamento que têm que estar asseguradas para esta missão no Kosovo?
MGenRC: Além do armamento principal, coletes anti-balísticos e as viaturas já existentes no TO (Teatro de Operações), acrescentaria o equipamento anti-tumultos.

Op: As Operações Especiais mantêm um pequeno destacamento no Kosovo e uma equipa sniper no Afeganistão. Sendo este último um autêntico “laboratório” para as novas abordagens técnicas e tácticas das OE, não gostaria de ver as OE mais empenhadas no Afeganistão, integrada em forças multinacionais com estas características?
MGenRC: Claro que sim, mas esse tipo de contributos são negociados a nível estratégico e portanto decididos ao nível político; está-se entretanto a equacionar um outro tipo de emprego, com o intuito de proporcionar uma maior rodagem em ambientes operacionais reais, mas essa equação ainda não está resolvida.

As operações especiais têm capacidade para aumentar a sua participação em missões exteriores quer com sub-unidades quer com quadros para ministrar instrução.

As operações especiais têm capacidade para aumentar a sua participação em missões exteriores quer com sub-unidades quer com quadros para ministrar instrução.

Op: Tem havido alguma espécie de actividade entre a BrigRR e o Quartel-General de Operações Especiais? Quais?
MGenRC: A cooperação tem sido muito pouca, mas penso que existem condições para uma melhoria. De facto, em relação aos outros Ramos individualizados as actividades de cooperação são exemplares e estou convicto que ao nível do QGOE a tendência será sempre a de aprofundar e intensificar a cooperação com a BrigRR quando finalmente se aceitar a sua óbvia utilidade.

Op: A experiência das OMLT da BrigRR no Afeganistão (as que estiveram e as que estão) teve em alguma medida influência na formação da força que agora parte ou são “coisas” completamente diferentes?
MGenRC: Existe sempre uma partilha de experiências e informações sobre o Teatro de Operações, sendo concretizada através de sessões específicas com esse objectivo. Há contudo que salientar que a OMLT centra a sua acção ao nível da mentorização das forças do Exército Afegão, mais concretamente a Kabul Capital Division, ao invés da Quick Reaction Force que é um elemento de manobra do Regional Command Capital.

Op: A BrigRR tem certamente programas de aquisição de novos equipamentos e armamento. Quais?
MGenRC: Como saberá, certamente, a BrigRR não é responsável pela execução de qualquer projecto previsto na Lei de Programação Militar…
; Op: Na realidade desconhecia, julgava que uma unidade com a experiência operacional da BrigRR desse o seu contributo para a definição das novas aquisições do Exército; MGenRC: Apenas o Comandante da ETP tem essa responsabilidade e num nicho muito específico que é o material aeroterrestre (e avisadamente ausculta a opinião do seu Comandante, ou seja, a minha), nessa medida está prevista a aquisição de pára-quedas para lançamentos em massa, também conhecidos como automáticos, a fim de substituir os actualmente existentes (Aerazur) que estão já em fim de ciclo.

Op: Como está a concretização do projecto de trazer para Portugal – para a ETP – um centro de excelência aeroterrestre da NATO?
MGenRC: Está no bom caminho, aliás esse desiderato está bem explicito na directiva de S.Exª o General CEME para o Biénio 2010-2011, no entanto o processo só agora se iniciou, mas pelo conjunto de vontades congregadas em redor deste projecto, que reputo de fundamental, tenho a convicção que iremos conseguir concretizá-lo em Tancos.

Pára-quedistas e aeroaves belgas esta semana em Tancos. As potencialidades da localização do Aerodromo Militar e da Escola de Tropas Pára-quedistas e outras caracteristicas que estão identificadas e são muito apreciadas internacionalmente, poderão levar à criação de um Centro de Excelência da NATO para a área aeroterrestre em Portugal

Pára-quedistas e aeronaves belgas esta semana em Tancos. As potencialidades da localização do Aeródromo Militar e da Escola de Tropas Pára-quedistas e outras características que estão identificadas e são muito apreciadas internacionalmente, poderão levar à criação de um Centro de Excelência da NATO para a área aeroterrestre em Portugal

Op: Apesar dos empenhamentos exteriores a BrigRR conseguirá manter as cooperações internacionais (exercícios/competições) que habitualmente tem?
MGenRC: É sem dúvida um enorme esforço a que seremos sujeitos, mas para além das cooperações aeroterrestres com a Bélgica e Alemanha por exemplo e com a realização e/ou participação no “Challenge”, conseguimos também materializar essa cooperação com a presença assídua de forças estrangeiras no Exercício Anual da BrigRR – APOLO, tendo inclusive, desde o ano passado, contado com a presença ao nível da estrutura HICON (High Control) de oficiais do ARRC (Corpo de Reacção Rápida da NATO), a grande unidade da NATO à qual a BrigRR está afiliada. Por outro lado o EM (Estado-Maior) da Brigada participa em pleno e anualmente no Exercício principal dessa Grande Unidade.

O recrutamento feminino tem vindo a diminuir mas em Tancos está-se a desenvolver esforços para inverter esta tendência.

O recrutamento quer masculino quer feminino já teve melhores dias. Em Tancos está-se a desenvolver esforços para inverter esta tendência.

Op: Qual a previsão de empenhamento para a BrigRR nestes próximos dois anos?
MGenRC: Este ano de 2010 entre forças que já projectámos e forças que iremos projectar estamos a falar de qualquer coisa como:
– 2 Batalhões de Pára-quedistas a serem empregues no âmbito da KFOR no Kosovo;
– 2 OMLT a serem empregues no âmbito da ISAF;
– 2 QRF centradas em CCMDS (Companhias de Comandos) a serem empregues no âmbito da ISAF.
Durante o ano de 2011 os compromissos no âmbito da ISAF ir-se-ão manter com a mesma tipologia de forças que referi para este ano.

Comandos no Afeganistão. A BrigRR prevê manter companhias de comandos neste teatro de operações no minimo pelo periodo de uma ano

Comandos no Afeganistão. A BrigRR está preparada para manter companhias de comandos equipadas com HUMMERs, neste teatro de operações, no mínimo pelo período de mais um ano.

Op: Muito obrigado por nos ter recebido. Desejamos ao sr. major-general e a todo o pessoal  militar e civil sob o seu comando, as maiores felicidades pessoais e profissionais, com um pensamento especial nos que se encontram longe de Portugal a cumprir a sua missão.

Obrigado meu general: o "Operacional" espera ter contribuido para melhor informar a opinião pública sobre o momento presente da Brigada de Reacção Rápida.Da direita: Sucena do Carmo, Serrano Rosa, MGen Cunha, Armando Marques, Miguel Machado.

«Obrigado meu general»: o "Operacional" espera ter contribuído para melhor informar a opinião pública sobre o momento presente da Brigada de Reacção Rápida. Da direita: Sucena do Carmo, Serrano Rosa, MGen Cunha, Armando Marques, Miguel Machado.

Artigos relacionados:

NATAL EM CABUL

NATO TV FAZ REPORTAGEM COM PORTUGUESES

KOSOVO: A ÚLTIMA MISSÃO DA CHAIMITE

BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA TESTA PRONTIDÃO

ENCERRAMENTO DO “APOLO 09″ EM SETÚBAL

DESFILE DA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA

DESFILE DA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA – parte 2

DIA DA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA ASSINALADO EM SINTRA

1º e 2º BATALHÕES DE PÁRA-QUEDISTAS CONDECORADOS

NOVO COMANDANTE DA BRIGADA DE REACÇÃO RÁPIDA

COMANDANTE DO CORPO DE REACÇÃO RÁPIDA EM TANCOS

MAIS MILITARES PORTUGUESES PARA O AFEGANISTÃO

AFEGANISTÃO: O QUE ESTÃO LÁ A FAZER?

“PROTEGER A POPULAÇÃO É A MISSÃO”

PREPARAR A PRÓXIMA MISSÃO

DE SARAJEVO A CABUL, AS NOVAS CAMPANHAS DOS MILITARES PORTUGUESES

"Tagged" como: , , , , , , , , , ,

Comentários não disponíveis.