FORTRESS STUDY GROUP : STUDY TOUR – PORTUGAL (30MAI/06JUN 2015)
Por Miguel Machado • 13 Jun , 2015 • Categoria: 08. JÁ LEMOS E..., 14.TURISMO MILITAR PrintAcaba de nos chegar às mãos este interessante documento, que aborda uma temática na qual Portugal ainda está a dar os primeiros passos, mas que pode, até por influência deste tipo de organizações – como o Fortress Study Group – conhecer algum desenvolvimento.
Esta publicação não é mais do que um “guia de viagem” a Portugal, tendo como objectivo mostrar algumas das fortificações do nosso país a um grupo de pessoas interessadas na temática. A visita terminou já este mês de Junho, e os resultados serão divulgados através das publicações deste Fortress Study Group (FSG), algumas das quais já aqui mostramos.
Como tem sido público, tem sido várias a iniciativas em Portugal tendentes a estimular o chamado “Turismo Militar”, havendo mesmo um site dedicado ao tema, fruto de uma anterior “Carta de Turismo Militar”, com alguns roteiros já publicitados e outros em preparação. Nas Linhas de Torres Vedras também tem sido feito muito trabalho e há mesmo uma Rota Histórica das Linhas de Torres Vedras e iniciativas autárquicas sobre o tema e algumas outras de iniciativa de associações de defesa do património como o Linhas de Torres Vedras.
No caso concreto desta organização não oficial britânica, as visitas foram todas feitas fruto de contactos directos com as entidades a ser visitadas (*), nomeadamente o Ministério da Defesa Nacional, o Exército e a British Historical Society of Portugal, sempre muita activa na divulgação da Guerra Peninsular.
A publicação foi feita com base em visitas anteriores e em informações recolhidas por associados do FSG e inclui além das questões administrativas (hotéis, restaurantes, transportes e horários), pequenas sínteses históricas dos locais a visitar, informações práticas (estado de conservação, horários, etc) e um enquadramento mais demorado sobre a história de Portugal e das relações Luso-Britânicas.
O extenso programa abrangeu visitas a:
Elvas (Forte da Graça; Forte de Santa Luzia; Museu Militar e cidade)
Évora monte (Castelo)
Espanha – Badajoz (Forte de San Cristóbal)
Estremoz (Muralhas e Castelo)
Lisboa e linha de Cascais (Torre de Belém; Forte do Bom Sucesso; S. Julião da Barra, Bateria de São Gonçalo; Bateria da Lage; Bateria da Parede; Forte de Santo Amaro; Bateria da Praia do Santo; Forte de São Jorge de Oitavos; Cidadela de Cascais e Fortaleza de Nossa Senhora da Luz)
Torres Vedras (Mafra; Forte de S. Vicente; Pero Negro; Alqueidão; Bucelas).
Margem Sul e Setúbal (Bateria da Raposa; Bateria do Outão; Bateria de Albarquel; Forte de São Filipe; Castelo de Palmela)
É um interessante guia para estas nossas fortificações, quem sabe um dia também se elabore por cá um roteiro dedicado por exemplo à Artilharia de Costa em toda a região de Lisboa e Setúbal ou mesmo um mais abrangente, incluindo outro tipo de fortificações e castelos.
Seja como for, visitas como esta provam que há pessoas interessadas neste “nicho de mercado”, sabemos que não foi nada fácil a preparação da viagem – nós aqui no Operacional demos uma modesta ajuda indicando possíveis pontos de contacto, instituições e pessoas, que de outro modo, a partir do Reino Unido, lhes estava a ser impossível descobrir – e que, quem sabe, possa vir a criar entre nós um núcleo de gente capaz de acompanhar e esclarecer os visitantes que nos procuram para este tipo de turismo.
Leia também no Operacional sobre a revista do FSG:CASEMATE
(*) Já depois deste artigo publicado soubemos também da intervenção da Comissão Instaladora da Associação dos Amigos da Artilharia de Costa, nomeadamente no acompanhamento e explicação de algumas da baterias de artilharia de costa visitadas.
Miguel Machado é
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