A Força Aérea Portuguesa está a comemorar o 57º Aniversário com uma série de eventos que se vêem desenrolando desde o dia 16 de Junho e terminam no próximo dia 5 com um Festival Aéreo em Sintra. Das muitas actividades a que o público em geral pode assistir,  que aliás o “Operacional” inseriu na sua Agenda de Eventos, estivemos na Exposição da Força Aérea na Base Aérea n.º 1, que agora vos apresentamos.

O Junkers JU-52 que foi recuperado para o Museu do Ar, é uma das novidades desta exposição.

2009 é ainda o ano em que a Força Aérea assinala os 100 da Aviação em Portugal – foi em 17 de Outubro de 1909 que junto à Torre de Belém em Lisboa teve lugar o 1º voo em território nacional – facto que aliás está bem expresso na exposição.

Uma primeira nota para referir que o facto do Museu do Ar ter já parte substancial do sei acervo em Sintra veio potenciar esta exposição uma vez que muitas as aeronaves do Museu foram também inseridas no espaço visitável. Este é composto basicamente por 2 áreas, uma coberta e outra ao ar-livre, onde pode tomar contacto com as principais áreas de actividade deste ramo das Forças Armadas e ainda com participações do Exército – através das Tropas Pára-quedistas – e da Marinha – com a Esquadrilha de Helicópteros – bem assim como de entidades civis ligadas à causa do ar. Entre estas destacamos: TAP; NAV; ANA; OGMA; Aero Club de Portugal; Associação Portugal Spotters; Câmara Municipal de Sintra.

Na área coberta, à qual se tem acesso junto à porta-de-armas da unidade, estão 4 aeronaves – JU52; F-16; Alpha-Jet (Asas de Portugal); AL III (Rotores de Portugal) – e parte de uma – Boeing 707 – e os “stands” das entidades civis já referidas, do Exército e da Marinha e das Áreas de Actividade da Força Aérea: Saúde; Recrutamento; Academia da Força Aérea; Formação; Defesa Aérea; Operações de Transporte Aéreo; Operações em Ambiente Marítimo; Busca e Salvamento; Missões de Interesse Público; Segurança Militar; Apoio às Operações; Informática; Museu do Ar; Assistência e Socorro; Sobrevivência e Salvamento Individual; Associação de Especialista da FAP;  Associação da Força Aérea; Relações Públicas; Missões Humanitárias e de Paz; Infra-Estruturas Aeronáuticas; Banda da Força Aérea; Serviço de Assistência Religiosa; Exposição Fotográfica “100 anos de Aviação”, que incluí referência às operações da Força Aérea em África durante a última guerra que Portugal ali travou. No interior deste hangar há ainda uma Loja Aeronáutica com artigos ligados “ao ar”, desde kits a camisolas e bonés, passando por muitos emblemas e livros.

No exterior além de algumas das aeronaves do Museu podem-se ver viaturas da Policia Aérea, das Comunicações Tácticas, de ataque a incêndios, e armamento individual e colectivo além de outros equipamentos pesados (na chamada “base táctica”). Há também espaço para demonstrações e actividades destinadas aos mais novos como a torre de slide. É ainda no exterior que se encontra a Radio Lages, uma viatura do Recrutamento e daqui se tem acesso a uma exposição, separada fisicamente da primeira, dedicada à heráldica e filatelia. Também no exterior, já a caminho das pistas onde muitos tiveram oportunidade de voar nestes dias, que se encontra um sector de grandes dimensões destinado à purificação de água, que pode ser usado quer em campanha quer em situações de urgência em qualquer local onde se torne necessário.

A história (ou a lenda?) de João Torto e o seu vôo em 20 de Junho de 1540, a partir da Sé de Viseu, são lembrados logo à entrada da Exposição.

O espaço dedicado às Tropas Pára-quedistas no momento presente, convive com aquele que foi primeiro avião usado em Portugal para lançamento destas tropas em 1956.

O F-16 e toda a sua panóplia de armamento é sempre motivo de interesse para muitos dos visitantes.

Na manhã que estivemos em Sintra eram várias as escolas que visitavam a Exposição. Aqui o ALIII dos "Rotores de Portugal" não tinha "mãos a medir" para tanta curiosidade.

Os uniformes da TAP mostram em alguma medida a evolução que se verificou na aviação.

A fotografia aérea está bem explicada no espaço ocupado pelos equipamentos das Esquadras 401 e 504.

Os recuperadores actuam a partir dos SA330 e dos EH 101, quer nos Açores e Madeira quer no Continente, 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Havendo falta de voluntários para testar um equipamento de salvamento individual, foi mesmo uma militar da Força Aérea que o fez.

Um C-295M de passagem por Sintra...

A manutenção do C-212 AVIOCAR que tantos anos esteve em Sintra, pode ser vista agora em versão museológica.

O MAN 432 4X4 veículo de combate a incêndios em aeronaves.

Outro veículo de combate a incêndios em aeronaves, o MTEC 670 6X6.

Pouco conhecido, mas potencialmente muito útil, quer em campanha quer em caso de catástrofe. A capacidade para purificar água. Em muitos cenários da actualidade ela é um bem rarissimo.

A "base táctica" está repleta de equipamento da Policia Aérea. Aqui a Condor 4X4, veterana da Bósnia e do Kosovo.

A última aquisição da Força Aérea: o HUMMER 1165, destinado aos Controladores Aéreos Avançados. Veremos como se comportam numa próxima missão no Afeganistão.

Pode parecer simples mas o tripé e o sistema de pontaria que está adaptado a esta MG 3 7.62, pode fazer toda a diferença entre acertar no "alvo" ou não. E se não se acerta no inimigo para que serve a arma?

Este UMM Cournil foi preparado pelo Batalhão de Apoio Aeroterrestre da Escola de Tropas Pára-quedistas para ser lançado em pára-quedas.

Quem gostar de andar de "Condor" e manejar um bitubo 20mm pode fazê-lo em Sintra.

E agora alguma nostalgia do "reporter". Entre esta foto captada em 3de Julho de 2009...

...e esta, em 4 de Julho de 1976, vão 33 anos. Aqui tinha 16 anos, mas o local é o mesmo: Sintra, no Dia da Força Aérea.