Militares de 5 países, entre os quais Portugal, testaram em Itália, o Posto de Comando da EUROFOR para eventual “operação de estabilização” da Aliança Atlântica.

Foto de família dos militares que participaram no exercício "FIESOLE 2009" em Itália.

As Forças Armadas Portuguesas mantêm no estrangeiro, como é de um modo geral conhecido, as chamadas Forças Nacionais Destacadas. São unidades mobilizadas em Portugal e daqui projectadas para o cumprimento de missões de apoio à paz ou humanitárias, no quadro de organizações internacionais às quais o nosso país pertence. Estas forças, quando são do Exército ou Fuzileiros da Marinha, cumprem normalmente missões por períodos de 6 meses. No caso da Força Aérea e dos seus destacamentos aéreos estas rotações de pessoal costumam ser por períodos de tempo mais reduzidos. Menos conhecida no entanto é a actuação dos militares portugueses em serviço no estrangeiro, mas em quartéis-generais multinacionais – usualmente por períodos de 3 anos . Por vezes também estes  militares têm participado em missões em tudo semelhantes às das FND, só que actuam como elementos das organizações onde estão inseridos. Hoje o “Operacional” dá-lhe a conhecer, a propósito de um exercício realizado em Itália neste final de Maio, a EUROFOR – Força Europeia de Reacção Rápida e onde actualmente o cargo de Chefe de Estado-Maior é desempenhado por um português, o Brigadeiro-General Agostinho Costa.

Exercício
O “FIESOLE 2009” (nome de uma localidade na Toscana em Itália) destinou-se a treinar o Quartel-General da EUROFOR para que este possa ser empregue como posto de comando de uma unidade escalão brigada, numa operação de estabilização da NATO, com um mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Durante 10 dias, em turnos que permitiram a operação  contínua  – 24h sobre 24h – o exercício contou com a presença de 280 militares de Portugal, Espanha, França, Itália e EUA, estudantes do Curso de Estado-maior Francês e do NRDC Itália (Corpo de Reacção Rápida Italiano atribuído à NATO), bem como importantes meios indispensáveis ao funcionamento de um posto de comando deste nível.

Na EUROFOR estão em permanência 15 militares portugueses, repartidos pelas diferentes células de um estado-maior verdadeiramente multinacional.

Quem já viu num dos actuais teatros de operações um “posto de comando” de brigada a funcionar, sabe bem a enorme panóplia de equipamentos, muitos de alta tecnologia, indispensáveis ao sucesso de uma operação, e sem os quais é hoje impensável envolver em campanha uma força operacional desta grandeza.

O Posto de Comando da EUROFOR tem capacidade para comandar uma Divisão Ligeira em operações

EUROFOR
Trata-se de uma força terrestre, com o comando e estado-maior localizado em Florença (Itália), preparada para levar a cabo missões “Humanitárias”, de “Manutenção de Paz” e de “Imposição de Paz”. Dispõe de um corpo permanente de militares que asseguram o funcionamento e treino do seu Quartel-General, composto por militares de Espanha, França, Itália, e Portugal. Este QG está preparado para comandar uma operação de uma unidade de escalão Divisão (Ligeira).
Desde a sua fundação em 1996 foi empregue em 3 operações reais: “Joint Guardian” na Albânia entre Novembro de 2000 e Abril de 2001, no âmbito da NATO; “Concórdia” na Macedónia entre Setembro e Dezembro de 2003 no âmbito da União Europeia; “Althea” na Bósnia-Herzegovina entre Dezembro de 2006 e Junho de 2007 no âmbito da União Europeia.

Apesar das novas tecnologias a carta topográfica continua em uso

Fotos: EUROFOR

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