CURSO DE PÁRA-QUEDISMO DAS FORÇAS ESPECIAIS ANGOLANAS
Por Miguel Machado • 11 Fev , 2015 • Categoria: 03. REPORTAGEM PrintO pára-quedismo nas Forças Armadas Angolanas ultrapassou uma nova fase com a formação em Cabo Ledo de quadros e praças das suas Forças Especiais, dotando a Brigada de Forças Especiais de capacidade autónoma para lançar em pára-quedas várias centenas de militares.
No primeiro semestre de 2014 as Forças Especiais Angolanas adquiriram pára-quedas e material necessário à prática desta actividade, formaram dobradores, pára-quedistas, operadores de zonas de lançamento, largadores e instrutores de pára-quedismo, de tal modo que neste momento estão autónomos para formação, treino e operações fazendo uso de pára-quedas de abertura automática. Foi um processo que durou meses, dividido em várias fases, que já permitiu como aqui referimos no artigo sobre o Exercício Vale do Keve 2014, realizar lançamento de pára-quedistas, angolanos e de outros países, em diversos pontos de Angola, fazendo uso de aeronaves de asa rotativa do Regimento Aéreo de Helicópteros da Força Aérea Nacional de Angola.
A história do pára-quedismo militar em Angola desde a independência, passou pelos tempos da Guarda Presidencial e da Força Aérea no período da guerra civil, seguindo-se um relativo interregno nesta actividade, agora levantada em novos moldes nas Forças Especiais. Se antes se usavam os materiais e técnicas “soviéticas”, agora, num curto espaço de tempo, foram formados com material e técnicas “ocidentais”, perto de 400 militares e deu-se um passo decisivo para dotar a brigada de efectiva capacidade de assalto aéreo.
Hoje, através de um pequeno mas esperamos esclarecedor vídeo, mostramos o que foi a primeira fase desta formação decidida ao mais alto nível das Forças Armadas Angolanas, dirigida pela Direcção de Forças Especiais, ministrada por instrutores portugueses de uma firma portuguesa – o Grupo Milícia – actuando no quadro da Escola de Formação de Forças Especiais, acção que garantiu o renascimento, em força, da capacidade em pára-quedismo militar da Brigada de Forças Especiais. Militares comandos, operações especiais, fuzileiros e também já pára-quedistas angolanos ou formados em países estrangeiros, receberam as suas “asas”, depois de realizarem um curso de pára-quedismo com o novo material de abertura automática.
Veja aqui o Curso de Pára-quedismo das Forças Especiais Angolanas.
Miguel Machado é
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