Está em curso o exercício “Apolo 09” da Brigada de Reacção Rápida do Exército Português e no qual participam pessoal e meios aéreos da Força Aérea Portuguesa e elementos do Exército Espanhol. Alfredo Serrano Rosa esteve no Montijo e em Alcochete nos dias 24 e 25 de Junho e acompanhou o exercício.

Militares de países amigos tomam contacto com os equipamentos das Tropas Pára-quedistas Portuguesas.

A finalidade do “Apolo 09” foi a de exercitar o planeamento e condução de operações militares, desenvolvendo e aperfeiçoando os procedimentos e a doutrina de emprego das subunidades da Brigada de Reacção Rápida e ao mesmo tempo proporcionar as condições necessárias à avaliação da prontidão para o combate de unidades que estão envolvidas nas Forças de Reacção Rápida da NATO (NRF).
Neste âmbito NRF participaram no exercício o 2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista que vai entrar neste 2º semestre de 2009 (NRF 13) na fase dita de “stand-by”, ou seja, está certificado e pronto para ser empenhado numa missão real da NATO desde que Portugal autorize; uma Bateria Light Gun do Grupo de Artilharia de Campanha que está atribuído para o 1º semestre do próximo ano (NRF 14) e para o mesmo período uma Equipa de Controlo de Movimentos. Estes elementos “NRF 14” estão actualmente na fase de Aprontamento/Certificação.

O "lançamento de cargas" do Batalhão de Apoio Aeroterrestre da Escola de Tropas Pára-quedistas é uma valência única em Portugal, de grande utilidade quer em guerra quer em situações de catástrofe natural. Hoje em dia no Afeganistão muitas unidades da NATO são abastecidas por esta via.

As Operações Especiais de Lamego, participaram no exercício e apresentaram parte do seu armamento e equipamento na exposição no DGME.

Neste semestre que agora termina o Exército manteve em “stand-by” um Agrupamento Mecanizado da Brigada Mecanizada, parte do qual aliás o “Operacional” acompanhou em Santa Margarida.

O cenário criado para o “Apolo 09” baseou-se na situação no Darfur, uma das regiões do globo onde as NRF podem hipoteticamente vir a se empregues.
Na realidade, o exercício decorreu no Campo de Tiro de Alcochete, tendo como base de apoio a Base Aérea n.º 6 no Montijo.

Os chefes máximos dos exércitos de Portugal e de Espanha visitaram o exercício. Na imagem o comandante da BrigRR, MGen Raúl Cunha, acompanha o CEME, Gen. Pinto Ramalho (ao centro) e o Gen. Fulgencio Coll Bucher (CEME de Espanha).

No total o Exército envolveu cerca de 1.300 militares de todas as subunidades da BrigRR e bem assim como elementos das Forças de Apoio Geral do Exército, da Brigada Mecanizada e da Brigada de Intervenção.
O exercício contou com um dia (25 de Junho) destinado a visitas de altas entidades, tendo estado presentes no Depósito Geral de Material do Exército, numa exposição de materiais e equipamentos, e depois na zona onde se desenrolaram algumas acções, observadores de vários países aliados e amigos e o Chefe do Estado-Maior do Exército Espanhol.
Terminada a fase do exercício de campo haverá, em 27 de Junho, uma cerimónia militar na cidade de Setúbal, na qual o “Operacional” espera estar presente.

A inspecção aos militares que vão saltar é feita por instrutores de pára-quedismo. Aqui verifica-se o sistema de abertura do pára-quedas ventral (reserva).

A capacidade de projecção da Brigada de Reacção Rápida foi mais uma vez avaliada e diversos tipos de acções foram treinadas por elementos de todas as especialidades que formam esta grande unidade do Exército. Vocacionada para a intervenção imediata e rápida pretende-se que seja um instrumento capaz, treinado, armado, motivado, à disposição do Estado Português para situações especialmente delicadas.

Inspecção ao pára-quedas principal e à tira extractora do comandante da BrigRR. Mantendo-se uma tradição que vem do primeiro brigadeiro pára-quedista e se tem mantido, o "general salta com a tropa".

Muitos dos seus elementos têm já um longo historial de participação em missões exteriores, dos cenários mais “suaves” aos mais “complicados”, onde têm ombreado com forças semelhantes de outros países.

Num altura em que se prevê uma nova fase na intervenção portuguesa no Afeganistão, a concretizar-se, fazemos votos para que a estes militares não faltem os meios tecnológicos, o armamento, as viaturas e o equipamento individual, indispensáveis ao cumprimento da missão.

Na placa do Montijo o 2º batalhão de pára-quedistas, pronto, aguarda a sua hora de embarcar.

Cargas de porta, neste caso contentores do sistema de armas Milan, foram também lançadas.

"Levantar, em direcção ao avião, embarcar". Esta é a voz de comando mais aguardada nestas ocasiões. Armados e equipados para combate e ainda com o peso dos dois pára-quedas, os militares dirigem-se para o avião.

Um pelotão da Brigada Pára-quedista do Exército Espanhol também saltou no "Apolo 09".

Mais de 400 militares saltaram na noite de 24 para 25 de Junho, no Campo de Tiro de Alcochete, a partir de Hércules C-130 da "501".

Um militar espanhol a ser assistido por ter efectuado uma fractura. Os saltos em pára-quedas, todos os pára-quedistas o sabem bem, mesmo em treino, são a sério.

Os ALIII da "552" efectuam um helitransporte de elementos do Batalhão de Comandos.

A "artilharia pára-quedista" está de volta. Uma BBF Light Gun foi empregue no "Apolo 09".

A Policia do Exército também esteve presente em Alcochete.

A participação dos "paracas" espanhóis nos exercícios dos "páras" portugueses iniciou-se ainda no tempo da Brigada de Pára-quedistas Ligeira da Força Aérea, manteve-se no Exército com a Brigada Aerotransportada e continua com a Brigada de Reacção Rápida. Dia 27, em Setúbal, os espanhóis que saltaram em Alcochete irão receber o brevet honorifico de pára-quedista militar português.

E aqui, a reportagem sobre o encerramento, em Setúbal:  ENCERRAMENTO DO “APOLO 09″ EM SETÚBAL